As palavras possuem um caráter sagrado. Há muitas criaturas que as utilizam modificando-lhes o verdadeiro sentido e alterando-lhes os traços essenciais. Nossas expressões apresentam qualidade superior quando precedem conceitos, idéias e planos sublimes da vida.
Em nossas conversações podemos manifestar as mais altas aspirações de religiosidade; portanto, devemos nos servir dela utilizando o verbo que edifica e esclarece todos em nossa volta.
Tudo que não se entende, tudo que não se quer admitir, tudo aquilo que se quer negar, é justificado, de modo repetitivo, por meio de um antigo chavão: “É a vontade de Deus!”.
Reiteramos constantemente essa frase estereotipada que, por ser usada de forma maquinal e indiscriminada, perde totalmente seu valor de expressão, tornando-se vã.
Utilizamo-la para não assumir compromissos de mudança e, igualmente, como álibis filosóficos, evasivas cármicas ou auto-absolvição quando não queremos ser responsabilizados por atos e atitudes.
A expressão “É a vontade de Deus!” quase sempre é empregada para abonar nossos disparates, para dar explicações capengas para os nossos comportamentos inadequados ou para validar decisões equivocadas e precipitadas.
Essa frase feita é uma salvação auspiciosa que supostamente tudo cura. E nós perguntamos: Foi mesmo?
Todos temos tendência para fugir da realidade, desviando a mente para outros entretenimentos. O escapismo vige em nossos meios sociais e religiosos.
Ignoramos as relações dos seres vivos entre si ou com os meios orgânico e inorgânico com os quais interagem; por isso destruímos matas e florestas, poluímos as águas do planeta, contaminamos a atmosfera com gases letais.
E, como conseqüência, grandes calamidades acontecem: secas horríveis, estiagens, ventanias devastadoras, ciclones destruidores, excesso de chuvas, subidas de maré, desabamentos causados por grandes enchentes. E depois repetimos tranqüilos e inconscientes: não temos nada a ver com isso; é a vontade de Deus, tudo isso faz parte deste mundo de provas e expiações.
Não somos moralizados, somos moralistas. Nossa concepção de moral é separada da singularidade dos indivíduos, ignora a distinção e a complexidade de cada ocasião e é baseada em preceitos tradicionais e preconceituosos.
A verdadeira ética considera as diferenças e as mudanças contínuas dos seres, e não se facha numa visão unilateral; legitima, acima de tudo, o bem comum e os valores universais. Por estarmos distanciados da ética, não conseguimos avaliar com justiça e honestidade o que acontece ao nosso redor.
(continua)
(continua)
Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed
Sabe Denise eu não sou espírita, mas me considero um buscador e não há como entender quem não compreende as mensagens de amor passadas e outras mais.
ResponderExcluirSe todos aproveitássemos o melhor de todos os sistemas, veríamos que no final a mensagem é uma só: Amor em todos seus aspectos.
Paz e Luz!
Olá, querida
ResponderExcluirA ética passa longe dos atos humanos constantemente...
Isso se deve que pensamos muito mais em nós mesmos do que em nosso semelhante...
Bjs de paz
oi amiga
ResponderExcluirq saudades daqui
nao achei selinho de niver do blog....
bja
Oi Denise, obrigada por sua visita e cometário no meu blog!
ResponderExcluirAmei o seu! Sou espírita e aqui encontrei lindas lições!
Sobre o tema...as vezes é mais cômodo pensarmos que é vontade de Deus, do que nos responsabilizarmos por nossa própria vida e pelas mudanças que desejamos!
É preciso ampliarmos nossas consciências nos tornando seres mais atuantes na criação do Pai!
Bjs e ótima semana p vc!
tem selinho la no mundo da neusinha brotto pra vc
ResponderExcluirbj
Essa expressão, "Foi a vontade de Deus" é corriqueiramente dita em situações de desdita, nas catástrofes. Esse texto esclarece muito bem, o não "assumir", pela maioria das pessoas, dos seus atos, suas responsabilidades.
ResponderExcluirVoltarei, para ler a continuação. Um Um abraço, Denise
Esteja em paz!
Lucia