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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

DESCONHECIMENTO DE SI MESMO I


                Aturdindo-se com as preocupações a que empresta importância demasiada – opinião dos outros, aparência, conquista das coisas externas, convívio social e disputas insignificantes – a pessoa descuida-se de si mesma e permanece ignorante da sua realidade profunda, das suas potencialidades latentes.
                Considerando, com uma óptica pessimista, que apenas a sua é uma existência trabalhosa e difícil, perde os parâmetros do equilíbrio para uma análise correta sobre os acontecimentos, descambando no abismo da autocompaixão, das depressões, da infelicidade.
                A sua auto-estima esmaece, vaticinando a ruína da jornada e não se esforçando para reverter a ordem dos pensamentos derrotistas, que vitaliza durante os largos períodos de ócio físico e mental.
                A vida apresenta-se com as mesmas características para todos os seres vivos. Ocasiões são mais severas, circunstâncias surgem penosas, enfermidades se apresentam desgastantes, problemas caracterizam períodos que devem ser enfrentados com naturalidade e valor, como se fossem impostos a resgatar pela honra de existir.
                Excetuando-se as conjunturas expiatórias da miséria sócio-econômicas, das enfermidades congênitas e degenerativas, dos comprometimentos físicos, mentais e morais decorrentes das reencarnações repletas de loucura, os acontecimentos aflitivos fazem-se experiências iluminativas para o crescimento interior. Essas provações constituem recursos propiciatórios para a evolução. Assim não ocorressem, e seria já a Terra o paraíso anelado, e a vida física se tornaria de natureza eterna a que está sujeita, atestam a limitação do seu curso e a finalidade educativa para o Eu Superior que a organiza.
                É necessário um exame profundo, sério, constante do Si, da sua constituição, dos objetivos que deve perseguir, dos meios a utilizar, de como encontrar os recursos para lográ-lo. Essa análise tem por meta a autoconscientização, mediante a qual se aplainam as arestas, e o curso do rio existencial desliza na direção do mar da paz. Para tanto, é imprescindível o auto-exame dos comportamentos mentais, emocionais e físico-sociais.

(continua)

Do livro - AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis         

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4 comentários:

  1. Divaldo e sua magnifica explicação para nossas provações. Nem sabe como tenho pensado nisto. Das minhas provações tirei o aprendizado de não reclamar, e quando vejo as pessoas sentindo-se o ser mais miseravel do mundo...estou aprendendo a não ficar julgando.
    Tenha uma ótima noite
    Abraços

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  2. Oi Denise!
    me vi um pouco neste brilhante texto. Sou um tanto bipolar.rsss
    E confesso nem sempre é fácil este autoexame.
    Beijinhos!

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  3. A opinião do outros deve ser levada em conta na justa medida , nem mais, nem menos. Sempre analisar com cuidado o que dizem.
    Beijos.

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  4. Olá, querida
    O auto conhecimento é um trablho extensivo e de muito valia...
    Bjm de paz

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