Devido à necessidade da conquista de identificação pessoal, fora dos
padrões impostos pela família, assim como da afirmação sexual, desconfiam dos
valores adotados no lar, buscando relacionamentos que compatibilizem com as
suas aspirações, formando grupos de afinidade ideológica e comportamental.
No lar, às vezes, pais indiferentes aos seus problemas, ou
dominadores, que
não lhes respeitam as transições fisiológica e psicológica, frustram os seus ideais
e os tornam inaptos para uma existência madura, harmônica e responsável.
A afirmação do “si” leva o jovem a enfrentar as barreiras domésticas impeditivas,
os fatores agressivos e desequilibrantes, apresentando-se como rebelde
e violento; através dessa conduta arrebenta os grilhões que lhe parecem
aprisionar em casa.
As vezes, uma aparente resignação asfixia a revolta natural que lhe brota
no íntimo, vindo a torná-lo melancólico mais tarde, subserviente, receoso, despersonalizado,
que para sobreviver na sociedade se adapta a todas e quaisquer
circunstâncias, sem jamais realizar-se.
Tornando-se taciturno, tende a patologias conflitivas de transtorno neurótico
como psicótico, graças às frustrações que não sabe digerir, interiorizando-se
e tomando horror pela sociedade, que lhe representa o grupo social
do lar turbulento e instável onde vive.
A socialização da criatura humana, quando não se dá em alto padrão
de equilíbrio,
tende a fazer-se perturbadora, sem estrutura ética, tombando no desvario
que leva à delinquência, porque o homem e a mulher são intrinsecamente
animais sociais.
ADOLESCÊNCIA
E VIDA
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS
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