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domingo, 28 de abril de 2013

ÓDIO E SUICÍDIO II


Sem discutirmos a validade ou não da experiência, o ho­mem é pássaro cativo fadado a grandes vôos; ser equipado com recursos superiores, que viaja do instinto para a razão, desta para a intuição e, por fim, para a sua fatalidade plena, que é a perfeição.
Uma psicologia baseada em terapêutica de agressão e li­bertação de instintos, evitando as pressões que coarctam os anseios humanos, certamente atinge os primeiros propósitos, sem erguer o paciente às cumeadas da realização interior, da identificação e vivência dos valores de alta monta, que dão cor, objetivo e paz à existência.
Se não é recomendável para as referidas escolas, a repres­são, pelos males que proporciona, menos será liberar alguns, aos outros agredindo, graças aos falsos direitos que tais paci­entes requeiram para si, arremetendo contra os direitos alheios.
A sociedade, considerada como castradora, marcha para terapias que canalizem de forma positiva as forças humanas, suavizando as pressões, eliminando as tensões através de pro­gramas de solidariedade, recreio e serviços compatíveis com a clientela que a constitui.
O ódio pressiona o homem que se frustra, levando-o ao suicídio. Tem origens remotas e próximas.
Nas patologias depressivas, há muito fenômeno de ódio embutido no enfermo sem que ele se dê conta. A indiferença pela vida, o temor de enfrentar situações novas, o pessimis­mo disfarçam mágoas, ressentimentos, iras não digeridas, ódios que ressumam como desgosto de viver e anseio por interromper o ciclo existencial.
Falhando a terapia profunda de soerguimento do enfer­mo, o suicídio é o próximo passo, seja através da negação de viver ou do gesto covarde de encerrar a atividade física.
Todos os indivíduos experimentam limites de alguma pro­cedência.
Os extrovertidos conquistadores ocultam, às vezes, lar­gos lances de timidez, solidão e desconfiança, que têm difi­culdade em superar.
Suas reuniões ruidosas são mais mecanismos de fuga do que recursos de espairecimento e lazer.
Os alcoólicos que usam, as músicas ensurdecedoras que os aturdem, encarregam-se de mantê-los mais solitários na confusão do que solidários uns com os outros.
As gargalhadas, que são esgares festivos, substituem os sorrisos de bem-estar, de satisfação e humor, levando-os de um para outro lugar-nenhum, embora se movimentem por cidades, clubes e reuniões diversos.
O ser humano deve ter a capacidade de discernimento para eleger os valores compatíveis com as necessidades reais que lhe são inerentes.
Descobrir a sua realidade e crescer dentro dela, aumen­tando a capacidade de ser saudável, eis a função da inteligên­cia individual e coletiva, posta a benefício da vida.
As transformações propõem incertezas, que devem ser enfrentadas naturalmente, como as oposições e os adversári­os encarados na condição de ocorrências normais do proces­so de crescimento, sem ressentimentos, nem ódios ou fugas para o suicídio.
O homem que progride cada dia, ascende, não sendo atin­gido pelas famas dos problematizados que o não podem acom­panhar, por enquanto, no processo de crescimento.
Alcançado o acume desejado, este indivíduo está em con­dições de descer sem diminuir-se, a fim de erguer aquele que permanece na retaguarda.
Ora, para alcançar-se qualquer meta e, em especial, a da paz, torna-se necessário um planejamento, que deflui da au­toconsciência, da consciência ética, da consciência do conhe­cimento e do amor,
O planejamento precede a ação e desempenha papel fun­damental na vida do homem.
Somente uma atitude saudável e uma emoção equilibra­da, sem vestígios de ódio, desejo de desforço, podem plane­jar para o bem, o êxito, a felicidade.

Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis


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2 comentários:

  1. veja de novo o Blog Irmãos de luz.
    Um verdadeiro espírita não é egoísta.
    : )

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  2. Amiga Denise, passando por aqui para apreciar teus sempre edificantes posts. Um abraço. Tenhas uma linda semana.

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