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terça-feira, 19 de novembro de 2013

SOLIDÃO III

              
               Todos os livros sacros da humanidade têm como máxima ou mandamento o amor. A base de todo compromisso é o amor. O amor enriquece mutuamente as pessoas e é responsável pela riqueza do seu mundo interior.
                A estrutura do verdadeiro ensino religioso nos deve unir amorosamente uns aos outros e não nos manter unidos pela intimidação, pelo medo do futuro ou pelas convenções sociais.
                O ensino espírita, propagado pelo O Livro dos Espíritos, nos faz redescobrir o sentimento de religiosidade inato em cada criatura de Deus. Religiosidade é o que possuía Allan Kardec em abundância, pois enxergava os fatos da vida com os olhos da alma, quer dizer, ia além dos recursos físicos, usando os sentidos da transcendência a fim de encontrar a verdade escondida atrás dos aspectos exteriores.
                O verdadeiro sentido da religião deve consistir na busca da liberdade, no culto da verdade e na clara distinção entre o temporal/passageiro e o real/permanente.
                Estar com alguém por temor religioso é diferente de estar com alguém por amor. Somente o amor tem significado perante a Divina Providência.
                Lembremo-nos de que a solidão aparece, quando negamos nossos sentimentos e ignoramos nossas experiências interiores. Essa forma comportamental tende a fazer-nos ver as coisas do jeito como queremos ver, ou seja, como nos é conveniente, em vez de vê-las como realmente são. Assim é que distorcemos nossa realidade.
                Não rejeitemos o que de fato sentimos. Isso não quer dizer viver com liberdade indiscriminada e sem controle, mas sim reconhecer o devido lugar que corresponda aos nossos sentimentos, sem ignorá-los, nem tampouco deixá-los ser donos de nossa vida.
                Se devemos permanecer ou não ao lado de alguém, é decisão que se deve tomar com espontaneidade, harmonia e liberdade, sem mesclas de medo ou imposições.
                             

Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed


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2 comentários:

  1. Passando por aqui apreciar tuas postagens, instrução para mim, adepto recente da doutrina espírita.
    Um abraço. Tenhas um dia iluminado.

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  2. Aí que se torna mais evidente a analogia com cavalo (vontade animal), carruagem (corpo) e cocheiro (espírito). Tem-se que dar certa autonomia ao cavalo, mas não deixá-lo conduzir a carruagem a seu bel-prazer. Afinal, o espírito é que tem que chegar a um determinado destino.
    Beijos.

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