Páginas

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A CRIANÇA E O ESPIRITISMO II

                Nossos filhos são espíritos! Tal afirmativa é axiomática, ou seja, ninguém a coloca em dúvida. Isso nos leva à reflexão sobre como o Centro Espírita pode auxiliar a nova geração que precisa se transformar e que reencarnou buscando exatamente isso. É importante questionar a eficiência do modelo escolar tradicional. Copiá-lo nas atividades do Centro pode nos conduzir aos mesmos erros. O que realmente é essencial, no ensino e na aprendizagem, é o tipo de relação entre educador e educandos e dos educandos entre si. Não há uma receita, um padrão único, mas, sem dúvida, algumas premissas são fundamentais. A primeira é desligar-se da ideia de que aprendizagem somente ocorre na sala de aula. A segunda é aceitar que temos múltiplas inteligências, o que acaba com a supremacia das atividades lápis-papel em detrimento de outras. A terceira é assumir como um equívoco que há: uma pessoa que educa e outra que é educada. A educação é um processo coletivo e, nessa perspectiva, cada Centro pode ter uma experiência singular de evangelização infantil e, no entanto, com resultados que se assemelham a outros. O intercâmbio e a troca de experiência entre Centros deveriam ser dinamizados.
                O envolvimento dos pais nas atividades de evangelização no Centro é fundamental e as novas concepções de educação precisam ser conhecidas e discutidas. Há muita coisa nova acontecendo no âmbito da educação e antigos educadores também estão sendo revisitados. Filmes vêm registrando discussões de temas recorrente, como, por exemplo, a educação proibida. Enfim, precisamos encarar os novos desafios e não podemos nos acomodar com medo de experimentar novos procedimentos e, sobretudo, não podemos ignorar os riscos que a infância atual enfrenta. Se há algum tempo atrás podíamos alegar ignorância, hoje, graças às novas tecnologias, dispomos de muito conhecimento, facilmente acessado. E, nesse sentido, é importante criar espaços no Centro para acessar e usar o conhecimento disponível, auxiliando os pais na arte de educar as futuras gerações.
 Almir Del Prete
 Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – março/2014
imagem: umolharespirita1.blogspot.com

Um comentário:


  1. Transferir os métodos da escola tradicional
    para o centro espírita não deve contribuir
    muito para a formação de um adulto consciente.
    Muito menos copiar a "escola dominical" americana,
    que deve ser (não conheço) memorização
    de trechos bíblicos.
    Também não é boa a tradicional catequese católica,
    que não enfatiza a essência, mas o aparato exterior.
    No Espiritismo temos que valorizar a
    'ideia interna', a essência das coisas, e não
    memorizar textos ou rituais.
    Beijos.

    ResponderExcluir

Adoro saber sua opinião sobre os textos aqui postados. Obrigada por sua visita.