Na mesma trilha, ressalta o domínio do ódio na
paisagem dos sofrimentos humanos. As suas irradiações destrutivas comburem as
energias de quem o sustenta, enquanto, muitas vezes, atingem aqueles contra
quem se dirigem, caso permaneçam distraídos dos deveres relevantes ou em faixas
mentais equivalentes.
Loucura do amor não atendido, o ódio revela a
presença predominante dos instintos agressivos vigentes, suplantando os sentimentos
que devem governar a vida.
Jamais havendo motivo que lhe justifique a
existência, o ódio é responsável pelas mais torpes calamidades sociais e
humanas de que se tem conhecimento.
Quando se instala com facilidade, expande as suas
raízes como tenazes vigorosas, que estrangulam a razão, transformando-se em
agressividade e violência, em constante manifestação.
Em determinados temperamentos, é qual uma chispa
insignificante em um monte de feno, produzindo um incêndio devorador. Por
motivo de somenos importância, explode e danifica em derredor.
O ódio é causador de muitos sofrimentos.
Todo o empenho deve ser envidado para desarticulá-lo
onde se apresente e instale; sem esse trabalho, ele se irradia e infelicita.
Pestilencial, ele contamina com facilidade,
travestindo-se de irritação, ansiedade, revolta e outros danosos mecanismos
psicológicos reagentes.
A frustração, por sua vez, responde por sofrimentos
que seriam evitáveis, não fossem as exageradas esperanças do homem, as suas
confusas idéias de automerecimento, que lhe infundem crenças falsas nas
possibilidades eu não lhe estão ao alcance.
Porque se supõe credor de títulos que não possui, a
criatura se frustra, entregando-se a reações inesperadas de depressão ou
cólera, fugindo da vida ou atirando-se, rebelde, contra ela e os seus valores.
Quando o homem adquire a medida do pouco ou quase
nenhum merecimento pessoal, equipa-se de harmonia e fé, de coragem e paz para
enfrentar as vicissitudes e superá-las, nunca se permitindo malograr nos
empreendimentos. Se esses não oferecem os resultados desejados, como é natural,
insiste, persevera, até a constatação de que outro deve ser o campo de
atividade a desenvolver ou até receber a resposta favorável do trabalho
envidado.
O amor é o antídoto para todas as causas do
sofrimento, por proceder do Divino Psiquismo, que gera e sustenta a vida em
todas as suas expressões.
Luarizado pelo amor, o homem discerne, aspira, age e
entrega-se em confiança, irradiando energia vitalizadora, graças à qual se
renova sempre e altera para melhor a paisagem por onde se movimenta.
O amor é sempre o conselheiro sábio em qualquer
circunstância, orientando com eficiência e produzindo resultados salutares, que
propelem ao progresso e à felicidade.
Na raiz de qualquer tipo de sofrimento sempre será
encontrado como seu autor o próprio espírito, que se conduziu erroneamente,
trocando o mecanismo do amor pela dor, no processo da sua evolução.
A fim de apressar a recuperação, eis que se inverte a
ordem dos acontecimentos, sendo a dor o meio de levá-lo de volta ao amor, por
cuja trilha se faz pleno.
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
Sempre pazeroso e edificante vir lhe visitar! :)
ResponderExcluirUma iluminada semana
Que tudo esteja iluminado em tua existência.
Xerocas e abraço fraterno.
Go