Páginas

terça-feira, 3 de novembro de 2015

PAPÉIS DENTRO DO CASAMENTO I

                O casamento exige competências variadas para que se estabeleça e se mantenha. Para tanto, é importante perceber a existência de uma dança entre os parceiros; quanto mais ampla em sua flexibilidade, maior será a possibilidade de sucesso e felicidade conjugal.
                Ao lado da lei de amor, há uma função também fundamental que caracteriza o matrimônio – a de natureza sexual – configurando, desse modo, uma união conjugal.
                Contudo, podem coexistir outros papéis, secundariamente, dentro da dinâmica do acasalamento, e que precisam ser considerados e avaliados, a fim de se perceber o quanto a interação está em harmonia e cresce consolidando-se.
                Trazendo cada um a sua história biográfica e espiritual, deve-se considerar a presença de alguns movimentos que falam de várias necessidades passadas e atuais, e que se manifestam nas nossas relações, inclusive dentro do casamento, por meio de papéis como, no parceiro, o de pai, filho, amigo, companheiro, etc, e, do mesmo modo, na parceira, o de mãe, filha, amiga, companheira, etc.
                Assim, é possível detectar vários encaixes funcionais entre a dupla, quando os papéis não colidem entre si e respeitam a conjugalidade, não a excluindo.
                Desse modo, pode-se ter, por exemplo, dentro da amorosidade entre um esposo e uma esposa, além da posição básica conjugal homem/mulher, o desempenho de outros papéis em perfeita harmonia nas interações: pai/filha, filho/mãe, amigo/amiga, etc.
                Portanto, pode o esposo adoecer e, alquebrado como uma criança, buscar a esposa que, prontamente, o atende como uma mãe; pode a mulher ter um achaque emocional no trabalho, e chegar ao lar ansiando pelo pai protetor, e o esposo a acolhe nessa posição, como um pai o faria.
                Muitas vezes, o esposo carente vai em direção à esposa procurando uma amiga confidente, e ela lhe corresponde; doutra feita, é a esposa querendo ouvir um amigo conselheiro, telefona para o esposo que, receptivo, a atende como um amigo.
                Em algumas circunstâncias, o cônjuge encontra, no seu par, o profissional para uma permuta de idéias, e trocam experiências fecundas e enriquecedoras como companheiros profissionais.
                Além desses episódios circunstanciais, o casal pode manter um padrão fixo de funcionamento ao longo de toda uma vida com posições bem definidas, em regime adequado de suplementação.
                Assim sendo, há parceiros que assumem a vida inteira a atitude afetiva no encaixe de homem/mulher somente, ou seja, experimentam apenas a interação relativa à união sexual, embasados pelo vínculo amoroso. É um bailado funcional, porém estreito.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

2 comentários:

  1. Olá Denise. Quando leio esses textos, sinto saudade da época em que fazia os meus primeiros estudos da doutrina espírita. Bjs.

    ResponderExcluir
  2. Amiga Querida..
    Por vezes me pego a pensar no grande mistério que
    existe entre a terra e o céu.
    Quantas vezes me sinto triste nessa incerteza ,
    que aparentemente existe entre a vida e a morte.
    Amiga..
    Como pode alguém pedir perdão e dizer que a partida esta breve,
    que tipo de sentimento a pessoa sente num momento desse.
    Estou muito triste a 4 dias perdi uma pessoa da família
    e isso aconteceu.
    Amada confesso a você para mim não foi a primeira pessoa
    a fazer isso pedir perdão sentindo a partida.
    Li muito sobre isso durante anos mas
    ainda me parece um grande mistério.
    Gosto e aprecio ler seu blog tentando
    através dos seu email estar em permanente contato contigo...
    Um pouco abalada ainda me despeço deixando um beijo carinho e agradecendo sua amizade.
    Evanir.

    ResponderExcluir

Adoro saber sua opinião sobre os textos aqui postados. Obrigada por sua visita.