O autoconhecimento desempenha relevante papel no
adestramento do ser para a sua superação e perfeita sintonia com a paz.
Nesse desiderato, são investidos os mais expressivos
recursos psicológicos e morais, de modo a serem alcançadas as metas que se
sucedem, patamar a patamar, até alcançarem o nível de libertação interior.
Mediante esse comportamento, surgem os problemas, as
dificuldades naturais que fazem parte do desempenho pessoal e da sua
estruturação psicológica.
Quando imaturo, o ser lamenta-se, teme e transforma o
instrumento de educação em flagelo que o dilacera, tornando-se desventurado
pela rebeldia ou entrega de ânimo, negando-se à luta e autodestruindo-se, sem
dar-se conta.
Surgem, então, como decorrência de sua falta de valor
moral, os transtornos depressivos ou de bipolaridade, que o conduzem a
lamentável estado de autoabandono portanto, de autocídio.
Há pessoas que afirmam ter problemas, por cultivá-los
sem cessar, transferindo-se de uma dificuldade para outras, vitimadas pelo
egoísmo pela autocomiseração, pelo amor-próprio exacerbado.
Há aqueles que têm problemas e não se encontram
dispostos a enfrenta-los, a solucioná-los, esperando que outros o façam, porque
se consideravam isentos de acontecimentos dessa ordem, negando-se, mesmo sem o
perceberem, à mudança de estágio evolutivo.
Outros há que vivem sob problemas, preservando-os
mediante transferências psicológicas continuadas, assim adiando as soluções no
tempo e no lugar, ignorando-os i ignorando-se. Esses cultivadores da ilusão
fantasiam-se de felizes até os graves momentos, quando irrompem as cobranças da
vida – orgânicas, sociais, econômicas, emocionais – encontrando-os entorpecidos
e distantes da realidade.
Na maioria das vezes, porém, as pessoas são os
problemas, que não solucionam nos pequenos desafios, mas os transformam em
impedimentos, assim deixando-se consumir por desequilíbrios íntimos nos quais
se realizam psicologicamente.
É lícito e natural que cada pessoa se considere
“humana”, isto é, com direito aos erros e aos acertos, não incólume, não
especial.
Quando erra, repara; quando acerta, cresce.
A evolução ocorre por meio de vários e repetidos
mecanismos de erro e acerto, desde os primeiros passos até a firmeza de decisão
e de marcha.
Reflexão e diálogo, honestidade para consigo mesmo e
para com o seu próximo, esforço constante para a identificação dos limites e
ampliação deles constituem terapias e métodos para transformar os problemas em
soluções, as dificuldades em experiências vitoriosas, crescendo sem cessar.
O ser psicológico, amadurecido, ama e confia, fitando
o alvo e avançando para ele, sem ter, nem ser problema na própria trajetória.
AUTODESCOBRIMENTO: UMA
BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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