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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 5 de julho de 2016

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI II

                A pluralidade dos mundos e das existências é um dos pilares do espiritismo. Se, por um lado, algumas religiões e doutrinas espiritualistas até aceitam a existência de um Deus, a imortalidade da alma e a vida futura, já não é tão frequente a aceitação dos conceitos da reencarnação e pluralidade dos mundos habitados. Mas, para quem se diz adepto do espiritismo, é fundamental crer que, num universo infinitamente grande, existem muitos mundos habitados por espíritos como nós, só que em diferentes graus de evolução. Essa aceitação nos aproxima da frase do Mestre de que são as muitas moradas na casa do Pai e exalta a grandeza da criação e o seu propósito. Claro que é preciso entender o homem como resultante da composição espírito+períspirito+corpo. Na condição de espíritos fora da carne, somos inteligências incorpóreas, vivendo em outra dimensão, caracterizada por organização e constituição diferente da Terra. São colônias ou comunidades de transição, onde os espíritos se reúnem de forma homogênea baseados em laços de afinidade, caracterizados pelo estágio de elevação moral.
                A literatura espírita nos dá conta da existência de várias esferas de vida no Mundo Maior, cada uma com suas peculiaridades. E o que torna a ideia palatável, tangível e muito mais adequada aos conceitos de Justiça, Poder e Bondade, atributos de Deus, é a de que estamos todos integrados ao trabalho. Ao contrário do que se prega, o labor não é castigo divino, trabalhar é a grande misericórdia divina atuando em nosso favor. Para conhecer e passar pelas diferentes moradias da Casa do Pai, precisamos aprender a labutar na seara do Mestre. É por isso que a doutrina espírita não se baseia na prosperidade terrena e, sim, na evolução moral. O ensino dos espíritos sobre a vida de além-túmulo é um constante lembrete ao espírito apraz o trabalho, porque a ociosidade não é o paraíso; no universo não há lugar algu destinado à contemplação estéril ou à beatitude ociosa. Não existe espaço vazio na criação de Deus, os buracos negros exaltados pela Ciência são aparentes, pois em tudo há vida. Todas as regiões do espaço estão povoadas por espíritos laboriosos. Aqui, ali e acolá, todos os dias, horas, minutos e segundos há bandos, enxames de almas que sobem, descem ou agitam-se no meio da luz ou na região das trevas. Seareiros da luz levam socorro e consolação aos desgraçados que os invocam. Na Terra ou em qualquer outra morada, cada um tem o seu papel e concorre para a grande obra, na medida de seu mérito e de seu adiantamento. Como León Denis vaticina, “o universos inteiro evolui. Como os mundos, os espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas. Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a aclamar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida.
                A imobilidade e a inação é o retrocesso. É a morte. Sob o impulso da Grande Lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gifantesca traçada pela vontade divina”. (Depois da Morte)

Orlando Ribeiro


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – julho/2015
imagem: google

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