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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 31 de julho de 2015

6 ANOS DE EXISTÊNCIA

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Hoje o Blog Conheça o Espiritismo completa 6 anos de existência. Por acreditar e vivenciar que o espiritismo tem o poder de consolar, de explicar nossos questionamentos interiores, por nos mostrar a beleza da vida e a grandeza do Criador, resolvi criar esse blog, para dividir com os leitores essa vivência. Nesse tempo, fizemos vários amigos virtuais, recebemos uma média de 200 visitas diárias e compartilhamos de leituras e cursos que realizamos no decorrer desse período.
Que Deus possa continuar permitindo que possamos continuar juntos, unidos pelas mensagens do Cristo e buscando nosso progresso espiritual. Agradeço aos amigos que caminharam conosco. Que não percamos nunca nossa vontade de crescer. Muita paz!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

NO RETOQUE DA PALAVRA

Cap. XI – Item 7
Seja onde for, não afirme: – “Detesto esse lugar!”
Cada criatura vive na terra dos seus credores.
Ouvindo a frase infeliz, não grite: – “É um desaforo!”
Invigilância alheia pede a nossa vigilância maior.
Atravessando a madureza, não se lamente: – “Já estou cansado”.
Sintoma de exaustão, vontade enferma.
Sentindo a mocidade, não assevere: – ”Preciso gozar a vida!”
Romagem terrestre não é excursão turística.
À frente do amigo endividado, não ameace: – “Hoje ou nunca!”
Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.
Ao companheiro menos categorizado, não ordene: – ”Faça isso!”
Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.
Perante o doente, não exclame: – ”Pobre coitado!”
Compaixão desatenta, crueldade indireta.
Ao vizinho faltoso, nunca diga: “Dispenso-lhe a amizade.”
Todos somos interdependentes.
Sob o clima da provação, não se queixe: – ”Não suporto mais!”
O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.
No cumprimento do dever, não clame: – ”Estou sozinho.”
Ninguém vive desamparado.
Colhido pelo desapontamento, não reclame: – ”Que azar!”
A Lei Divina não chancela imprevistos.
À face do ideal, não se lastime: – “Ninguém me ajuda.”
No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo.
André Luiz

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

quarta-feira, 29 de julho de 2015

GLÓRIA AO BEM

“Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem.” — Paulo (ROMANOS 2:10.)

A malícia costuma conduzir o homem a falsas apreciações do bem, quando não parta da confissão religiosa a que se dedica, do ambiente de trabalho que lhe é próprio, da comunidade familiar em que se integra.
O egoísmo fá-lo crer que o bem completo só poderia nascer de suas mãos ou dos seus. Esse é dos característicos mais inferiores da personalidade.
O bem flui incessantemente de Deus e Deus é o Pai de todos os homens.
E é através do homem bom que o Altíssimo trabalha contra o sectarismo que lhe transformou os filhos terrestres em combatentes contumazes, de ações estéreis e sanguinolentas.
Por mais que as lições espontâneas do Céu convoquem as criaturas ao reconhecimento dessa verdade, continuam os homens em atitudes de ofensiva, ameaça e destruição, uns para com os outros.
O Pai, no entanto, consagrará o bem, onde quer que o bem esteja.
É indispensável não atentarmos para os indivíduos, mas, sim, observar e compreender o bem que o Supremo Senhor nos envia por intermédio deles.
Que importa o aspecto exterior desse ou daquele homem? que interessam a sua nacionalidade, o seu nome, a sua cor? Anotemos a mensagem de que são portadores. Se permanecem consagrados ao mal, são dignos do bem que lhes possamos fazer, mas se são bons e sinceros, no setor de serviço em que se encontram, merecem a paz e a honra de Deus.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: google

terça-feira, 28 de julho de 2015

MOTIVOS DE SOFRIMENTOS III

                A mente e o corpo susceptíveis à dor pela posse ou perda das coisas externas sempre atravessarão largos períodos de sofrimentos, transferindo-se de uma para outra forma de sofrimento, sem conseguir a libertação. Essa ocorre quando o homem se esvazia de ambição, instalando a abnegação no íntimo e superando os desejos.
                O ato de querer (desejar para si, manifestando apego) é fator prenunciador de perda (transferência para outrem, porque o que se detém se deve, não se possui), assim suscitando o domínio responsável pelas sensações de ansiedade, insegurança, medo, que são geradores de sofrimentos.
                O autoconhecimento coopera para que se possa discernir em torno do que é útil ou supérfluo, indispensável ou secundário à vida feliz.
                As conquistas dispensáveis pesam na economia emocional e passam a constituir preocupação que desvia a mente das metas que deve perseguir.
                É muito difícil liberar-se dos atavismos: pertences e hábitos que se impregnam ao comportamento passam a constituir uma nova natureza, e predominante. Sob o fardo dessas dependências, o ser não logra ver a luz, discernir a meta, libertar-se para encontrar-se.
                Confunde a paz com a tranquilidade dos recursos que possui, dos quais aufere conforto, destaque social; através dos quais desperta inveja, podendo perdê-los, de um para outro momento, na existência física, em razão das normais vicissitudes que a todos surpreende, como da compulsória pela morte, que o obriga a deixar tudo, nem sempre facultando a liberação, desde que o tormento prossegue além das vibrações orgânicas...
                O sofrimento deve ser superado pelo amor, pela meditação, pela compreensão da sua presença na vida dos seres, fator de progresso, necessidade de reeducação, mecanismo da evolução que é, e que permanece nos indivíduos que discernem e pensam por eleição deles mesmos, já que a meta da reencarnação é a de lograr a vitória sobre ele.

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

segunda-feira, 27 de julho de 2015

MOTIVOS DE SOFRIMENTOS II

                Há indivíduos que dispõem de somas consideráveis, prestigio social, fama e inteligência, graças aos quais adquirem o que lhes apraz, viajam para onde desejam, relacionam-se com os mais diferentes indivíduos e, não obstante, são atormentados pelo vazio, pelo tédio, pela insatisfação, fortes causas de sofrimento.
                Invariavelmente as pessoas colocam os acontecimentos e interesses fora de sua realidade, no mundo exterior, passando a considerá-los a fonte dos sofrimentos ou dos gozos, conforme conseguem fruí-los ou não. Todavia, a questão é mais profunda e pertinente à sua vida íntima. Não havendo um real significado interior, o aparente sentido que demonstram perde-se tão logo sejam conseguidos. Nisso reside a maior soma de frustrações e de insatisfações que causam sofrimentos.
                Algo vale somente quando inspira o mesmo sentido para todas as pessoas, que projetam as suas necessidades íntimas e aspirações legítimas na sua conquista.
                Os lugares belos, as cidades ricas e cosmopolitas que a uns indivíduos causam impacto, provocando o desejo incomum de aí ficarem, noutros despertam mal-estar, desconforto e desagrado. Ilhas paradisíacas e refúgios de oração que a uns fascinam, a outros causam sensações desencontradas, angústias e desesperos insuportáveis. Vestuários luxuosos e jóias cobiçadas, que aumentam a cupidez em alguns, noutros não conseguem a sensibilização, não lhes geram qualquer interesse, nem qualquer sofrimento, por não possuí-los.
A busca da realidade, do Eu, deve partir de uma análise profunda e interna das necessidades legítimas da vida, jamais da preferência de adornos, objetos e situações, que destacam o ego e perturbam-no, tornando-o jactancioso, prepotente ou, na sua falta, magoado, ressentido, receoso...
Primeiro, é necessário adquirir um estado de espírito de paz, para passar por tudo sem ater-se a nada.
A chama que clareia exteriormente projeta luz, mas faz sombra; enquanto a que se manifesta do interior, irradia-se por igual em todas as direções, sem gerar qualquer escuridão.

(continua)
               
Fonte: PLENITUDE         

Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem:google

domingo, 26 de julho de 2015

MOTIVOS DE SOFRIMENTOS I

                Na busca incessante do prazer, o homem transfere-se, exteriormente, de uma para outra sensação, sem dar-se conta de que o desequilíbrio gerador de ansiedade é responsável pelo sofrimento que o aturde, ameaçando-o de desespero cruel. Enquanto não se resolva por selecionar os valores reais daqueles aos quais atribui significado e que são apenas fogos-fátuos, terá dificuldade em afirmar-se e seguir uma diretriz propiciadora de paz.
                Vivendo sob a injunção de uma máquina, que lhe impõe necessidades a serem atendidas e o predispõe a falsas necessidades perturbadoras, ele opta pelas últimas, que são produto das sensações do ego dominador, empurrando-o para as aspirações mais grosseiras, em detrimento daqueloutras sutis e enobrecedoras, que adquirem resistência na renúncia, no esforço elevado, na abnegação, no cultivo da vida interior, no domínio da matéria pelo espírito.
                O corpo deve ser considerado um instrumento transitório para o ser eterno, temporariamente um santuário, face à finalidade edificante de propiciar à alma a sua ascensão, mediante as experiências iluminativas que faculta, nos aspectos moral, espiritual, intelectual, pelo exercício das virtudes que devem ser postas em prática, e jamais para atendimento das sensações que lhe caracterizam a constituição molecular.
                Certamente, aqui não cabe também o comportamento asceta, alienador, que fomenta a fuga da realidade aparente, porquanto, o importante é a vida mental modeladora da física. Pode-se mudar de lugar sem alterar a conduta, vivendo-se um estado exterior e outro íntimo. Pela falta de sintonia entre as duas formas de vida, surge a desagregação do indivíduo, com aparecimento de neuroses e psicoses devastadoras, impondo sofrimentos que poderiam ser evitados, caso se permitisse uma melhor compreensão das finalidades existenciais.
                O exame racional e lúcido das necessidades legítimas faculta o direcionamento saudável, com as compensações da harmonia íntima e do equilíbrio emocional.
                A ambição desmedida pelas coisas, divertimentos e gozos nunca preenche os espaços do prazer, pelo contrário, frustram aqueles que lhe tombam nas armadilhas.

(continua)
               
Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sábado, 25 de julho de 2015

DESAFIO À CARIDADE II

                Não são poucos os desafios à caridade.
                O delinquente, pela ação infeliz de que se tornou responsável, inspira animosidade; amá-lo, na condição de um enfermo necessitado de recuperação, é caridade.
                O rebelde provoca reação equivalente de agressividade; auxiliá-lo com paciência até conquistá-lo para o equilíbrio, constitui relevante caridade.
                Aquele com quem te sentes enfadado ou que te provocou antipatia, representa um teste para as tuas realizações espirituais; superar a condição negativa e trazê-lo à província do teu coração, é significativa caridade.
                O ingrato, naturalmente inspira desprezo, senão indiferença; prosseguir ajudando-o, conquanto as dificuldades no relacionamento, representa elevada caridade.
                Quem te ofendeu por qualquer razão, legítima ou injusta – como se razão houvesse para que alguém a outrem ofendesse -, provoca um natural retraimento; insistir na ação cordial com esquecimento do mal, constitui verdadeira caridade.
                Caridade para com todos, mediante uma revolução íntima de superação pessoal.
                Sempre a caridade como diretriz.
                Nunca é demasiado a sua presença; ninguém que a dispense.
                Sem a caridade do Pai Criador para conosco, prosseguiríamos no primitivismo ou rentearíamos ainda com a barbárie.
                A caridade, porém, alimenta a vida e impele para a paz.
                Não olvides que a caridade é o amor que se expande e o amor que retorna em força harmonizadora.
                Coroando todo o ministério de amor com a estrela de primeira grandeza dentre as virtudes, a caridade moral  do Cristo, na cruz, expressou-se no perdão a todas as faltas perpetradas contra Ele, e corporificada no seu retorno paciente ao convívio com os companheiros enfraquecidos, no esplendente amanhecer da As perene ressurreição.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sexta-feira, 24 de julho de 2015

DESAFIO À CARIDADE I

                Sempre que o tema da caridade seja trazido a considerações, recorda que ela é a luz da razão, mantida pelo combustível do sentimento, a projetar claridade pelo caminho em sombras de quem avança em sofrimento ou limitação.
                A caridade resulta da irradiação do amor, que jamais se exaure.
                Estrutura-se no esforço pessoal e robustece-se no sacrifício de quem a cultiva, sem o que não passa de filantropia ou emoção de transitório prazer.
                Mais se engrandece a caridade, quanto mais difícil se apresenta a circunstância pelo praticá-la.
                Por isso, tem uma elasticidade imensa o seu exercício.
                Transcendendo às doações materiais – que são, igualmente, suas manifestações respeitáveis -, sublima-se, santificando quem se propõe vivê-la, na área dos contributos morais.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quinta-feira, 23 de julho de 2015

QUANTO MAIS

Quanto mais alto estejas,
Mais apoio a prestar.

De quanto mais disponhas,
Mais poder de servir.

Quem possui mais cultura
Pode ensinar melhor.

Não recuses doar
Do que tenhas ou sejas.

Virtude sem trabalho
Lembra riqueza morta.

Recorda: Deus te dá
Par que também dês.


Fonte: Momentos de Paz – Chico Xavier/Emmanuel
imagem: google

quarta-feira, 22 de julho de 2015

REENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS

P - Os animais mantém a sua individualidade depois que desencarnam e reencarnam?
R - Cremos que a resposta seja positiva, pois o princípio inteligente já foi criado como uma individualidade desde o início, se mantém e continuará eternamente como indivíduo.
          O princípio inteligente preserva todos os seus arquivos mentais de aprendizados anteriores. Sua personalidade não será outra, pois continuará a ser o mesmo princípio inteligente que era antes da desencarnação.
            Um animal que tenha vivido conosco como um cão, por exemplo, ao desencarnar não deixará de ser o mesmo espírito que teve a experiência ao nosso lado.
              Por isso, Kardec perguntou ao Espírito de Verdade:
          “Os animais possuem uma inteligência que lhes faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum princípio independente da matéria? R: Há e que sobrevive ao corpo.”
            Nesta pergunta, Kardec deixou implícito o desejo de saber se os animais mantém intato o seu princípio inteligente depois que desencarnam, pois havia uma corrente, a Teosofia, que prega que o espírito dos animais perde-se no Todo Universal depois de sua morte.
        A resposta indica que o espírito animal mantém a individualidade, mas sua consciência se mantém em suspenso, enquanto estiver na espiritualidade, em alguns casos.
  “Se as almas se confundissem num amálgama só teriam as qualidades do conjunto, nada as distinguiria umas das outras.”


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google

terça-feira, 21 de julho de 2015

O DOENTE E O REMÉDIO

(J. Herculano Pires)
Quando os fariseus censuraram Jesus por sentar-se a mesa com publicanos e pecadores, Ele respondeu: “O sãos não precisam de médico, mas sim os enfermos”. As atividades espíritas são o meio certo para a cura dos doentes da alma. A terapêutica, ocupacional, que e a cura por meio do trabalho, muito antes de ser descoberta pela Medicina era empregada no Cristianismo primitivo. Todos os que lutaram pela implantação do Cristianismo encaminharam os fracos, os doentes, os viciosos a cura através da execução de tarefas na seara. Há um princípio pedagógico segundo o qual só se aprende fazendo. Como aprender as lições da elevação espiritual sem praticá-las? A aptidão para o bem se adquire na prática do bem.
As pessoas consideradas sem merecimento para a execução de tarefas espirituais são as que mais necessitam de executá-las. Porque o merecimento vem precisamente do esforço e da dedicação. Comentando que a mediunidade é concedida sem distinção, sem escolha, Kardec lembra que ela é dada “aos virtuosos para os fortalecer no bem e aos viciosos para os corrigir”. E acrescenta: “Estes últimos são os doentes que precisam de médico”.
Maria Dolores, nas suas comparações poéticas, mostra-nos o mesmo principio ao afirmar no poema Sempre Pai: “…só se vence o mal pelo serviço ao bem”. Se o serviço do bem é o remédio para o mal, como curar o doente que se recusa a tomar o remédio? As pessoas que se sentem inúteis porque se reconhecem cheias de imperfeições e defeitos deviam lembrar-se de que Jesus não procurou anjos nem sábios para o serviço do Evangelho, mas homens rudes e imperfeitos que se aprimoraram na execução de tarefas do seu ministério.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
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segunda-feira, 20 de julho de 2015

PAI SEMPRE

(Maria Dolores)
Alguém te disse, alma querida e boa,
Que os Espíritos Nobres
Nunca se valem de pessoa
Claramente imperfeita
Em tarefas de amor a Humanidade…
Por isso mesmo o escrúpulo te invade
E, receando a própria imperfeição,
Foges do privilegio de servir
Em que o Senhor te pede trabalhar
A fim de conquistar
O Celeste Porvir…

Reflitamos, no entanto,
Entre simples lições da Natureza:
A semente germina em lauréis de esperança,
Muita vez sob a lama ascorosa e indefesa;
A fonte não seria exemplo de bondade
Em que a vida enxameia,
Se recusasse deslizar
Sobre tratos de terra e laminas de areia…

Olha as flores do charco
Embalsamando campos e caminhos,
A rosa não desdenha florescer
Entre punhais de espinhos…
Pensa ainda conosco
Nas fraquezas e lágrimas que levas.
O Sol seria o Sol
Se fugisse das trevas?

Esquece pessimismo, acusação, censura,
Nada te desanime, ergue-te e vem…
Conquanto enferma e rude, mesmo assim,
Se te encontras na sombra, avança para a luz,
Sem desertar, porém, de servir com Jesus!
Vem cooperar no amor que devemos ao mundo
E entenderas, por fim,
Que só se vence o mal pelo serviço ao bem
E que a benção de Deus jamais nos desampara
Nem despreza a ninguém.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

domingo, 19 de julho de 2015

PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO IV

                A vida sempre devolve aos espíritos aquilo que ficou em suspenso, precisando ser solucionado, aprendido.
                Faz-se imprescindível, e com urgência, usar a autoanálise pela reflexão, meditando continuamente para identificar essas encrencas. Trazê-las à luz do consciente, a fim de dissolvê-las, integrando novos e inadiáveis aprendizados para nossa evolução intelecto-moral.
                Este não é um trabalho simples e de rápida execução. Ao contrário, requer o esforço continuado de um garimpeiro para identificar as pedras preciosas da boa convivência, separando-as do cascalho das negatividades arroladas ao longo dos anos de convivência com pais e outras pessoas que foram significativas na formação de nossa personalidade.
                Perceber as pedras preciosas é tomar consciência das virtudes como um legado, e que agora são incorporadas com reverência e gratidão.
                Refazer mazelas destrutivas herdadas dos nossos pais ao é renegá-los ou desconsiderá-los, transformando as dores em dons, com o aprendizado eu se poderá haurir das experiências, agora transformadas em lições.
                Dedicação, tato, paciência são recursos indispensáveis nessa tarefa da própria reeducação continuada.
                Os filhos adultos enxergarão, nos parceiros atuais, espelhos eu refletirão com transparência as suas relações ancestrais, facultando estabelecer, ao mesmo tempo, uma nova compreensão da sua história familiar e a reconciliação com seus pais e com outras figuras psicologicamente representativas da sua infância, bem como a possibilidade de estarem mais livres e maduros para viabilizar relações amorosas mais fecundas no presente.
                O evangelho sob a óptica do espiritismo é matéria-prima de excelência para apoiar os futuros cônjuges na elaboração das sombras de ontem, a fim de transmutá-las em luz no hoje, facultando conquistas de competências virtuosas que se revelarão o casamento, na nova família e na vida em geral.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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sábado, 18 de julho de 2015

PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO III

                Os filhos não são afetados apenas pelo comportamento dos pais como cônjuges, mas também pelas relações pais/filhos. Ou seja, todas as pendências, vazios, abandonos, castrações, agressões e outros conflitos que resultaram da convivência entre pais e filhos pequenos reaparecem nos filhos adultos nas interações amorosas em geral, e, especialmente, nas de natureza conjugal.
                Precisando atualizar as suas relações com seus pais, os filhos transferem essas necessidades na direção de outras pessoas, dentre elas as que ocupam o lugar de namoradas ou esposas, por exemplo.
                Não é por outra razão que buscam pessoas muito parecidas com o pai e/ou a mãe, na ânsia inconsciente de equacionar problemas não resolvidos em sua história de vida.
                Justifica-se, desse modo, o faro com que identificam, mediante micromensagens, pessoas com as quais passam a se relacionar, sem se darem conta de que são escolhas inconscientes, automáticas, estabelecidas por comandos psicológicos estruturados ao longo de sua história de vida, implicadas com seus genitores.

(continua)

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

                                                                                                                                       

sexta-feira, 17 de julho de 2015

PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO II

                Se as figuras parentais foram exemplares nos papéis de cônjuges, a repercussão nos filhos será muito positiva, favorecendo a reedição de comportamentos adequados e virtuosos.
                Os filhos reproduzem com maior ou menor fidelidade e competência a forma apropriada como os pais se tratavam, cuidavam-se, assistiam-se, revelando o que viram quando eram crianças. Como atores, reeditam exatamente o texto que aprenderam, seguindo o roteiro da peça amorosa escrita e encenada por seus pais.
                Todavia, se os filhos presenciaram vivências destrutivas e atitudes infelizes dos seus pais, na posição de consortes, será inevitável que tragam ,inconscientemente, scripts com tendência para repetir, nas relações afetivas de namoro ou de acasalamento, as cenas que assistiram. Reproduzem, assim, comportamentos muito similares àqueles que seus pais tiveram entre si, ou então assumem atitudes outras, radicalmente diferentes, mas raramente equilibradas, em oposição inconsciente ao que experimentaram no lar.
                Escolhemos pessoas que nos suscitam reproduzir o tipo de transação emocional que frequentemente vimos em nossa família de origem. Talvez como uma tentativa de limpar os conteúdos conflituosos que carregamos de nossa história de vida e que não conseguimos elaborar ou resolver.
                É por isso que vemos as cenas familiares se reescreverem, em reprise indesejada, trazendo os mesmos conteúdos, com variações a depender de cada espírito encarnado.
                O eco conjugal dos pais alcança os filhos até em sua idade adulta, exigindo destes apurada atenção para identificá-los e tratá-los, a fim de que tais ruídos não infelicitem a sinfonia da nova conjugalidade.

(continua)
                                                                                                                                                     

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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quinta-feira, 16 de julho de 2015

PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO I

               Aprendemos a ser esposos e esposas na convivência diuturna, especialmente com nossos pais, de forma consciente e inconsciente. Basta observarmos as crianças brincando de casinha e perceberemos, nas encenações, quão fielmente nos traduzem, tanto nas palavras como na mímica, a ponto de nos vermos, tal a perfeição com que reproduzem nossos comportamentos.
               É por mecanismo semelhante que se dá a internalização dos pais pelos filhos, desde tenra idade, e que vai se fixando por toda a infância e adolescência.
               As crianças modelam o comportamento dos pais – deuses de carne e osso – introjetando-o de tal modo que se tornam reféns, pelo menos relativamente, das figuras parentais, vida afora.
                Mais tarde, repetem os conteúdos positivos e negativos, frutos da assimilação pela educação. Há sempre uma tendência em reproduzir a relação conjugal da família de origem nos nossos relacionamentos. É por este motivo que tendemos a nos acasalar com pessoas que lembram nossos pais, notadamente aquele com o qual nossa identificação foi maior.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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quarta-feira, 15 de julho de 2015

PREOCUPAÇÕES

Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.

Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.

Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.

Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para comentar injúria ou ingratidão.

Disse um notável filósofo: "uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acrescentar: "e de enfermidade também".

Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.

Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.

Geralmente, o mal é o bem mal‐interpretado.

Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.

Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre‐se de que Deus, que
aguentou com você ontem, aguentará também hoje.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
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terça-feira, 14 de julho de 2015

COMO ACABAR COM A VIOLÊNCIA E A CRIMINALIDADE? II

                A criminalidade só avança onde morre o amor e nasce o egoísmo. Lá, no Livro dos Espíritos, já está escrito que “numa sociedade organizada segundo a Lei do Cristo ninguém deve morrer de fome” (questão 930). O sistema que aí está, asseado na globalização da economia, do consumo e da miséria, empurra os excluídos na vala da violência sistêmica. A soma competição/ambição/egoísmo, dá como resultados o crime, a violência, a miséria. Enquanto algumas igrejas se perdem na vinda de milagres, transformando o pão da caridade em pisos de mármore de templos suntuosos, adolescentes de dez ou onze anos, para ter seus celulares da moda, integram-se ao tráfico de drogas.
                Já ciente de que o progresso material levaria a humanidade ao estágio atual, Kardec, na questão 919, de O Livro dos Espíritos, perguntou aos Benfeitores Espirituais sobre “qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”, ao que os mentores espirituais responderam: “Um sábio da Antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. Ainda no Pentateuco espírita, vamos encontrar em A Gênese, no capítulo XVIII, outros tantos importantes ensinamentos sobre os graves momentos que ora enfrentamos. Kardec antevê de que passaríamos por momentos de mudanças no mundo, quando afirma que não mais as entranhas do planeta se revolveriam, “mas as entranhas da humanidade”, conforme descrito no item 7 do referido capítulo. Isto, quer dizer que a solução está no íntimo de cada criatura, interior que deve ser modificado, transformado, tocado realmente pelos ensinamentos e vivência dos ensinos de Jesus, iluminados pelos esclarecimentos da Doutrina Espírita.
                Acabar com a criminalidade, extinguir a violência, são atos muito profundos, que jamais serão responsabilidades de parlamentares e governantes. São tarefas nossas, intransferíveis, estabelecendo o Evangelho de Jesus como o Grande Roteiro de nossas almas, de nossas vidas. O amor que nos foi ensinado pelo Mestre é o único leme seguro para reajustar o barco do mundo nos mares dos vícios e dos erros é preciso readquirir forças para combater nossas tendências inferiores, a fim de que possamos deixar nascer em nós o homem novo, a fim de que sejamos a luz da candeia para arrebanhar no caminho do bem os espíritos que caminham conosco. Só assim, transformaremos a Terra na morada do Bem, do Amor e da Paz, na transição para o mundo de regeneração.

Orlando Ribeiro

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – setembro/2014
imagem: google

segunda-feira, 13 de julho de 2015

COMO ACABAR COM A VIOLÊNCIA E A CRIMINALIDADE? I

                Com a chegada do período eleitoral, por certo, ouviremos centenas de candidatos apresentarem ou defenderem propostas miraculosas para acabar com a criminalidade e a violência. Construção de mais presídios, redução da maioridade penal, mudanças no Código Penal, aumento do efetivo policial, unificação das policias e por aí afora. Algumas propostas contribuiriam para uma melhoria? Claro, mas longe estão de resolver a situação. O Brasil (e o mundo) precisa mesmo é de uma revolução... Revolução Moral. A verdade mais antiga é: não se muda o mundo, se o homem não muda. É esse momento histórico que coloca a Doutrina Espírita no frontispício da mudança, quando se atesta que Kardec codificou um conjunto de leis e princípios destinado a mostrar à Humanidade que somente seguindo os ensinamentos do Mestre Jesus se poderá alterar o panorama do mundo. É chegada a hora de reconhecer o Consolador, a nova revelação prometida por Jesus. Mais do que nunca, a escalada da violência aponta na direção da urgente reforma espiritual: ou o homem aprende a ser solidário, fraterno, enfim, a amar, ou caminharemos de volta para os mundos infelizes de onde viemos, um dia.
                Hoje, nosso caminhar está pesado, difícil. O orgulho e a cupidez nos aprisionam nos valores terrenos. Precisamos refazer o caminho, pensar no ser espiritual que habita nosso corpo. A doutrina espírita é clara ao afirmar que a evolução moral do homem caminha no sentido do desapego material e isso promove a diminuição da densidade do perispírito. A transformação moral do home, que significa a adoção da ética do amor no coração de cada indivíduo, haverá de tornar o mundo menos material, menos denso. O antigo político e humanista francês Jean Jaurès, antevia a necessidade de mudanças em um de seus livros, quando afirmava “o que me aflige na sociedade presente não são só os sofrimentos materiais que um melhor regime poderá abrandar; são as misérias morais que desenvolvem o estado de luta e uma monstruosa desigualdade, uns são escravos de sua fortuna como outros são escravos da sua pobreza, em cima como embaixo, a ordem social atual faz apenas escravos, pois não são homens livres estes que não tem nem o tempo, nem as forças de viver para as partes mais nobres do seu espírito e da sua alma”. (Ideias Sociais Espíritas, Cleusa Colombo, 1998:93)
                Outro fio condutor da afirmação também está presente nos escritos de Leon Denis, quando este defende que o objetivo do espiritismo é a transformação estrutural da sociedade, a partir da reforma do homem, para que não haja mais classes em conflito a alimentar a competição sistêmica. Ele afirma, sem sofismas, que “para colocar um freio às paixões violentas, às cobiças furiosas, a todos os baixos instintos que entravam o progresso social, não é preciso apelar para a inteligência e a razão, é preciso, sobretudo, falar ao coração do homem, ensiná-lo a reconhecer a finalidade real da vida, seus resultados, suas consequências, suas responsabilidades, suas sanções”. (Socialismo e Espiritismo, Léon Denis, 1982:51) É preciso evangelizar, difundir as verdades espirituais, propagar Jesus. Isso é que mudará o Brasil e o mundo.

(continua)

Orlando Ribeiro

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – setembro/2014
imagem: google

domingo, 12 de julho de 2015

FAZENDO SOL

Cap. V – Item 18
Amanheceste chorando pelos que te não compreendem.
Amigos diletos rixaram contigo.
Nos mais amados, viste o retrato da ingratidão.
Aspiravas a desentranhar o carinho nos corações queridos, com a pureza e a simplicidade da abelha que extrai o néctar das flores sem alterá-las, e, porque não conseguiste, queres morrer...
Não te encarceres, porém, nos laços do desespero.
Afirmas-te à procura do amor, mas não te recordas daqueles para quem o teu simples olhar seria assim como o sorriso da estrela, descerrado nas trevas.
Mostram a cabeça encanecida, à feição de nossos pais, são irmãos semelhantes a nós ou são jovens e crianças que poderiam ser nossos filhos... Contudo, estiram-se em leitos de pedra ou refugiam-se em antros, fincados no solo, quais se fossem proscritos atormentados.
Não te pedem mais que um pão, a fim de que lhes restaurem as energias do corpo enfermo, ou uma palavra de esperança que lhes console a alma dorida.
Não percas o tesouro das horas, na aflição sem proveito.
Podes ser, ainda hoje, o apoio dos que esmorecem, desalentados, ou a luz dos que jazem nas sombras; podes estender o cobertor agasalhante sobre aqueles a quem a noite pede perdão por ser longa e fria, aliviar o suplício dos companheiros que a moléstia carcome ou dizer a frase calmante para os que enlouqueceram de sofrimento...
Sai, pois, de ti mesmo para conhecer a glória de amar!...
Perceberás, então, que a existência na Terra é apenas um dia na eternidade, aprendendo a iluminá-la de amor, como quem anda fazendo sol, nos caminhos da vida, e encontrarás, mais tarde, em cânticos de alegria, todos aqueles que te não amam agora, amando-te muito mais, por te buscarem a luz no instante do entardecer.

Meimei

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

sábado, 11 de julho de 2015

A REGRA ÁUREA

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” — Jesus. (MATEUS, capítulo 22, versículo 39.)

Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”
Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.
Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: google

sexta-feira, 10 de julho de 2015

ALTRUÍSMO VII

                Por fim, após a vivência desses variados itens, a sabedoria se instala na mente e no coração do homem, libertando-o da ignorância, apontando-lhe o objetivo real da existência corporal, impulsionando-o para novos tentames, cada vez mais sedutores e agradáveis, brilhando à frente.
                Confunde-se a sabedoria com o conhecimento intelectual, o burilamento da mente, a fixação da cultura que, apesar de valiosos, são uma conquista horizontal.
                Torna-se indispensável que, ao lado dessa importante aquisição, o sentimento lúcido e profundo do amor se torne a grande vertical do processo evolutivo.
                Essa conquista vertical é a responsável pelo discernimento de como agir, facultando os recursos lógicos para tal, ao mesmo tempo dilcificando pelo afeto a aspereza ocasional do processo de execução.
                A sabedoria faz que o amor seja prudente e um sentimento generoso, doador, altruístico, evitando que se entorpeça com as manifestações do pieguismo, que disfarça os esquemas do ego enfermo. Simultaneamente, proporciona ao intelecto a serena percepção de que à razão se deve unir o sentimento humano, sereno e afável, responsável pelo arrastamento das pessoas.
                O sábio reconhece a área extensa que tem diante dele para ser conquistada, e vive mais do que fala, ensina mais pelo exemplo do que pelas palavras.
                Quando são desenvolvidos os passos que contribuem para o altruísmo e se adquire sabedoria, ilumina-se o espírito, e a vida ganha sentido, superando-se os limites de tempo e espaço, face à grande meta que se deve conquistar.
                Os sofrimentos cedem, então, lugar à paz. Porque desaparecem os fatores cármicos, vencidos pelas novas ações libertadoras, e, porque ao sejam geradas causas atuais negativas, o futuro não se desenha sombrio nem ameaçador. Assim, o altruísmo viceja na mente e no coração, não sendo mais o homem quem vive e sim o Cristo que nele passa a viver, conforme acentuou Paulo e o sentiram outros mártires, heróis e sábios de todos os tempos, que se entregaram ao altruísmo em favor da humanidade.

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quarta-feira, 8 de julho de 2015

ALTRUÍSMO VI

                Outro fator essencial ao altruísmo é a concentração nele, sem cujo contributo a mente se desvia, abrindo brechas para que se instalem idéias pessimistas, desanimadoras.
                Centralizar o pensamento na ação altruística permite o estabelecimento de um programa eficiente, graças ao qual se delineiam técnicas e se logram recursos para executá-la.
                A concentração amplia os horizontes enquanto fortalece o íntimo, por facultar o intercâmbio de energias superiores que passam a vitalizar o indivíduo, renovando-lhe as forças quando em exaurimento, especialmente no mister altruístico.
                Desacostumados aos gestos de elevação, os homens reagem contra eles, tornando-se agressivos e ingratos, para reconhecerem os resultados positivos só posteriormente. Essa atitude não poucas vezes desanima as pessoas abnegadas e menos preparadas, que recuam ou desistem, porque não buscaram o apoio da meditação e deixaram-se intoxicar pelo bafio pestilento em expansão.
                Meditando-se, percebe-se a necessidade de maior contribuição altruística e sacrificial, compreendendo-se que a imensa carência de amor responde pela dureza dos sentimentos, e a agressividade predominante atesta a gravidade das doenças morais em desenvolvimento nas criaturas.
                A meditação amplia a visão a respeito do mal, ao tempo em que equipa o homem de lucidez, fornecendo-lhe os instrumentos próprios para cuidar desse adversário cruel.
                A arte da concentração é uma conquista valiosa e demorada, que exige cultivo e exercício, a fim de responder de maneira eficiente às necessidades emocionais do homem.
                Habituado a concentrar-se nos fenômenos que decorrem das paixões ou sensações mais fortes, tais como o desejo, o ciúme, o ódio, o ressentimento, a sensualidade, a gula, os vícios em geral, quando se trata das aspirações mais elevadas e sutis, o indivíduo justifica-se com escusas de que não consegue concentrar-se, que lhe falta capacidade para deter-se no assunto, exclusivamente por comodidade mental ou porque prefere fugir às responsabilidades que advêm da mudança de programa.
                Sem o contributo da concentração quaisquer atividades perdem o brilho e são mal executadas. É ela que propicia o enriquecimento dos detalhes, a visão particular e geral do empreendimento, revigorando o indivíduo, concedendo-lhe lucidez e inspiração.
                Todos os grandes realizadores devem à  concentração, ao esforço e à paciência o êxito que alcançaram. Esqueciam-se de tudo, quando fixados no propósito de algo realizar.
                Certamente, a tenacidade com que se mantinham era resultado da experiência que se alongava no tempo, propiciando-lhes a capacidade crescente de se afastarem mentalmente de quaisquer outros objetivos, fixando-se na ação a que se entregavam.
                A concentração ilumina o altruísmo e revigora-o nos momentos difíceis, por facultar compreender as circunstâncias dos acontecimentos e os problemas nos quais as pessoas se emaranham. Capacita-o com energia especial e irradia-se em ondas de bem-estar, que impregnam todos quantos se aproximam da pessoa que a exercita. E quanto mais o faz, tanto maior se lhe torna a capacidade de exteriorização. É, portanto, essencial ao altruísmo, propiciando a anulação das causas do sofrimento, por facultar a vigência dos sentimentos elevados da vida em plena realização do bem.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google