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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 30 de junho de 2012

ANIMAIS E ESPIRITUALIDADE

P: Como é possível a presença de animais no umbral, partindo do princípio de que a lei de causa e efeito não é tão rígida com eles?
R: A lei de causa e efeito é universal, portanto os animais estão sujeitos a ela também. No entanto esta lei visa, no caso dos animais, a um meio de aprenderem com os erros e acertos. Ela age para eles de modo mais imediato e está mais relacionada ao aprendizado de conceitos básicos de sobrevivência e não como meio de resgatar dívidas morais (como acontece conosco). Os animais não criam dívidas cármicas que necessitem ser quitadas para evoluírem. Como a evolução deles baseia-se em aprendizado constante, algumas vezes são capturados por seres trevosos e levados ao umbral com finalidades equivocadas. É permitido que alguns deles tenham contato com as energias densas das regiões umbralinas, mas são em geral resgatados rapidamente. Como seres espirituais, ao serem capturados e tidos no umbral, eles não sofrem como se estivem encarnados, mas adquirem o aprendizado de que necessitam com esta experiência nestas regiões de baixas vibrações. Existem seres espirituais ao nível de animais que vivem no umbral. Não foram capturados nem subjugados por alguma entidade. Estão naquele ambiente como meio de mantê-lo livre do excesso de energias perniciosas as quais absorvem e as transformam em energias mais leves e menos perigosas. Assim auxiliam sem que estejam sofrendo. Tudo é aprendizado.
É importante salientar que nem sempre os seres que se apresentam em forma de animais são verdadeiramente animais. Podem ser seres humanos decaídos vibracionalmente que adquirem este aspecto, que lembra o de animal. Há pessoas (Espíritos desencarnados) que se tornam amarguradas e rancorosas e adquirem aspecto de equinos, caninos, caprinos, símios e outros tantos, sem serem na verdade animais propriamente ditos. Estas aparências são como máscaras que usam para atestar sua decadência moral e vibratória.

Os cães são auxiliares preciosos nas regiões escuras do umbral.” (André Luiz - Nosso Lar)

Marcel Benedeti – Site Comunidade Espírita


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sexta-feira, 29 de junho de 2012

O ADOLESCENTE, O AMOR E A PAIXÃO III

É nesse período que, muitos compromissos se firmam, sem estrutura para o prosseguimento, para os desafios, para o futuro, quando as aspirações se modificam por imperativo da própria idade e os quadros de valores se apresentam alterados. Tais uniões, nessa fase de paixões, tendem ao
fracasso, se por acaso não forem assentadas em bases de segurança bem equilibradas. Passado o fogo dos desejos, termina a união, acaba o amor, que afinal jamais existiu...
É indispensável que, no período juvenil, todos se permitam orientar pela experiência e maturidade dos pais e mestres, a fim de transitar com segurança, não assumindo compromissos para os quais ainda não possui resistência psicológica, moral, existencial.
Cabe, portanto, ao adolescente, a submissão dinâmica, isto é, a aceitação consciente das diretrizes e roteiros que lhes são apresentados pelos genitores, no lar, pelos educadores, na Escola, a fim de seguirem sem deixar marcas na retaguarda.
A disciplina sexual, nessa ocasião, contribui muito para equilibrar as emoções e dinamizar as experiências físicas, dando resistência para enfrentar os apelos das paixões traumatizantes que surgem com freqüência no curso da vida.
A paixão, na adolescência, quando cultivada no silêncio da timidez, transforma-se em verdugo caprichoso que dilacera por dentro, conduzindo a sua vítima a estados patológicos muito graves, de onde podem nascer manifestações psicóticas portadoras de tendências criminosas e perversas.
Realizar a catarse das paixões, comunicando-se com todos e vivendo fraternalmente, em clima de legítima amizade, abre campo para as manifestações da afetividade sadia, que se converte em amor, à medida que transcorre o tempo e a pessoa adquire compreensão e discernimento a respeito dos objetivos essenciais da sua reencarnação.

ADOLESCÊNCIA E VIDA       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

O ADOLESCENTE, O AMOR E A PAIXÃO II


O amor, na adolescência, é um sentimento de posse, que se apresenta como necessidade de submeter o outro à sua vontade, para que sejam atendidos os caprichos da mais variada ordem. Por imaturidade emocional, nessa fase, não se tem condições de experimentar as delícias do respeito aos direitos do outro a quem se diz amar, antes impondo sua forma de ser; não há capacidade para renunciar em favor daquele a quem se direciona o afeto, mas se deseja receber sempre sem a preocupação da retribuição inevitável, que é o sustentáculo basilar do amor.
O amor real é expressão de maturidade, de firmeza de caráter, de coerência, de consciência de responsabilidade, que trabalham em favor dos envolvidos no sentimento que energiza, enriquecendo de aspirações pelo bom, pelo belo, pela felicidade. Envolve-se em ternura e não agride, sempre disposto a ceder, desde que do ato resulte o bem-estar para o ser amado. Rareia, como é natural, no período juvenil, que o tempo somente consolida mediante as experiências dos relacionamentos bem sucedidos.
Há jovens capazes de amar em profundidade, sem dúvida, por serem espíritos experientes nas lutas evolutivas, encontrando-se em corpos novos, em desenvolvimento, porém investidos da capacidade vigorosa de sentir e entender.
O amor produz encantamento e adorna a alma de beleza, vitalizando o corpo de hormônios específicos, porém oferecendo capacidade de sacrifícios inimagináveis.
Não somente o amor na sua feição espiritual, mas também o maternal, o fraternal, o sexual, quando não tem por meta somente o relacionamento célere, mas sim, a convivência agradável e vitalizadora que se converte em razão da própria vida.
A paixão é como labareda que arde, devora e se consome a si mesma pela falta de combustível. O amor é a doce presença da alegria, que envolve as criaturas em harmonias luarizantes e duradouras. Enquanto uma termina sem deixar saudades, o outro prossegue sem abrir lacunas, mesmo quando as circunstâncias não facultam a presença física. A primeira é arrebatadora e breve; o segundo é confortador e permanente.
Desse modo, explodem muitas paixões na adolescência, e poucas vezes nasce o amor que irá definir os rumos afetivos do jovem.

ADOLESCÊNCIA E VIDA       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

O ADOLESCENTE, O AMOR E A PAIXÃO I

Período de exuberância hormonal, a adolescência se caracteriza pelos impulsos e desmandos da emotividade. Confundem-se as emoções, e todo o ser é um conjunto de sensações desordenadas, num turbilhão de impressões que aturdem o jovem. Irrompem, naturalmente, os desejos da sensualidade, e se confundem os sentimentos, por falta da capacidade de discernir gozo e plenitude, êxtase sexual e harmonia interior.
É nessa fase que se apresentam as paixões avassaladoras e irresponsáveis que desajustam e alucinam, gerando problemas psicológicos e sociais muito graves, quando não são controladas e orientadas no sentido da superação dos desejos carnais.
Subitamente o jovem descobre interesses novos em relação a outro, àquele com quem convive e nunca antes experimentara nada de original, que se diferenciasse da fraternidade, da amizade sem compromisso. A libido se lhe impõe e propele-o a relacionamentos apressados quão ardorosos, que logo se esfumam. Quando não atendida, por circunstâncias violentas, dá surgimento a estados depressivos, que podem perturbar profundamente o adolescente, que passa a cultivar o pessimismo e a angústia, derrapando em desajustes
psicológicos de curso demorado.
O ideal, nesse momento, é a canalização dessa força criadora para as experiências da arte, do trabalho, do estudo, da pesquisa, que a transformam em energia superior, potencializada pela beleza e pelo equilíbrio. Nesse sentido, deve-se recorrer aos desportos, à ginástica, às caminhadas e atividades ecológicas que, além de úteis à comunidade, também gastam o excesso hormonal, tanto físico quanto psíquico.
As licenças morais da atualidade e os veículos de comunicação pervertidos contribuem para um amadurecimento precoce, indevido, e a irrupção da libido, em razão das provocações audio-visuais, das conversações insanas, que têm sempre por base o sexo em detrimento da sexualidade, do conjunto de valores que se expressam na personalidade, leva os jovens imaturos a relacionamentos inoportunos, por curiosidade ou precipitação, impondo-lhes falsas necessidades, que passam a atormentá-los, seviciando-os emocionalmente, ou empurrando-os para os mecanismos exaustivos da autosatisfação, com desajustes da função sexual em si mesma agredida e mentalmente mal direcionada.

ADOLESCÊNCIA E VIDA       
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS

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terça-feira, 26 de junho de 2012

DEUS SEMPRE III

            É certo que compreender Deus torna-se algo impossível na atual conjuntura do processo evolutivo.

            O efeito não tem capacidade de penetrar na sua causalidade, entendendo-a, manipulando-a, dispondo dos meios de alterar o curso dos acontecimentos. No entanto, sentir-Lhe a presença em todas as coisas é conquista da sensibilidade moral e das conquistas da inteligência que reconhece a sua incapacidade de decifrar todos os mistérios à sua volta.
            Lentamente, graças à evolução da ciência e da tecnologia, muitos mistérios de ontem tornaram-se realidade hoje, e cada dia, em razão das incursões nos diversos campos da vida, mais se compreende a funcionalidade da harmonia cósmica e dos aspectos que formam a vida.
            A medida que são identificadas novas galáxias e registradas outras nebulosas, incontáveis formações de gases, de poeira cósmica, a inteligência humana engrandece-se e o ser pensante, ao invés de apequenar-se, agiganta-se, tornando-se também deus e podendo fazer muito mais do que nunca supôs ser possível.
            Tudo isso, porém, porque Deus está presente.
            O Pai não deseja que a ignorância governe a vida, por isso mesmo encontra-se intimamente gravado no âmago do ser humano, a fim de que se autopenetre e descubra a realidade existencial interna, identificando-se com a grandeza da Criação.
            Desse modo, abre-te conscientemente ao amor de Deus, e permite que o deus que és desabroche, facultando-te contribuir em favor de todos aqueles que se encontram na retaguarda do progresso, atados ao desconhecimento e às superstições, perdidos na romagem espiritual, necessitados de ajuda e de bondade.
            Transforma a tua vida em um evangelho de feitos, de tal modo que todos identifiquem Deus em ti e desejem também alcançá-Lo, mediante a compreensão das Suas sublimes leis que, identificadas, transformam as vidas.
            Sob o comando de Deus, nunca te encontrarás a sós, jamais padecerás dificuldades e experimentarás sofrimentos antes considerados absurdos, porque a Sua inspiração te auxiliará a compreender todos os acontecimentos e a trabalhar em favor do processo de liberdade e de espiritualidade.

Do livro: Entrega-te a Deus     
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

DEUS SEMPRE II

Experienciando mais amiúde a sensação, as suas emoções ainda são primitivas, defluentes dos prazeres nos quais chafurda, esquecendo-se do processo inevitável da evolução, mediante a qual são superados os estágios vivenciados no rumo dos altiplanos da imortalidade.
            Distanciando-se da contemplação da harmonia cósmica diante da sua percepção, detém-se na insignificância das ocorrências existenciais, valorizando-as além do crédito que lhes deve conceder, enquanto o turbilhão de bênçãos encontra-se-lhe ao alcance para a conquista da inadiável plenitude.
            Confessa possuir capacidade intelectual para decifrar as incógnitas da vida, perdendo-se em conjunturas falsas e conclusões infantis, atribuindo tudo ao nada, e supondo-se senhor de todo o conhecimento.
            Descomprometido com a realidade, aspira o prolongamento do gozo incessante, como se a máquina orgânica de que se serve houvesse sido elaborada exclusivamente para essa finalidade, não possuindo mecanismos sutis e nobres que se desarticulam quando o pensamento vagueia e nutre-se dos tóxicos da ilusão.
            Tentando arrebentar as amarras das heranças de caracteres de existências anteriores que lhe precede à atual existência, propõe-se à conquista de coisas e de recursos que entulham espaços e estimulam os bancos na sua avareza, temendo o futuro que planeja como sendo a continuação da quimera adulta.
            E por mais que elabore mecanismos de fuga e Deus, mesmo que o ignorando.

Do livro: Entrega-te a Deus     
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


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domingo, 24 de junho de 2012

DEUS SEMPRE I

Mesmo que não estejas consciente desse sublime compromisso, Deus sempre está contigo, desde o momento em que foste criado.
            Deus esta contigo em todos os instantes da tua vida, auxiliando-te, inspirando-te, ajudando-te no desenvolvimento espiritual e moral, a fim de que alcances as cumeadas do progresso.
            Em todos os teus passos e atividades estiveste sob o Seu comando e assim prosseguirás.
            Deus é a força geratriz do universo e de tudo quanto existe.
            Nada, ser algum, jamais poderá alienar-se da Sua misericórdia nem do Seu amor.
            A presunção, filha dileta do egotismo, não poucas vezes assoma à consciência do ser pensante que, dominado pela prepotência animal, nega-Lhe a existência, incapaz, em sua pequenez, de compreender o milagre da vida.
            Prefere ser filho do estúpido acaso onde se teria iniciado e se consumirá, a proceder da Divina Progenitura.
            Insensatez do psiquismo humano que, diante dos desafios que o propelem ao desenvolvimento dos valores que se lhe encontram em germe, rebela-se contra a força inexorável das Leis, refugiando-se no niilismo, afogando-se no pessimismo.
            Tomando atitudes de autossuficiência, impossível de ser mantida, exacerba-se na vã cultura que vem desenvolvendo ao largo dos milênios, para opor-se aos impositivos a que se encontra submetido.
            A dor é-lhe algoz imperdoável, em razão da imaturidade intelecto-moral, que aguarda uma existência vazia de enriquecimento espiritual, preferindo-a fútil e destituída de estímulos para o desenvolvimento ético e iluminativo.

Do livro: Entrega-te a Deus     
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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sábado, 23 de junho de 2012

A EDUCAÇÃO


É pela educação que as gerações se transformam e aperfeiçoam. Para uma sociedade nova é necessário homens novos. Por isso, a educação desde a infância é de importância capital.
            Não basta ensinar à criança os elementos da ciência. Aprender a governar-se, a conduzir-se como ser consciente e racional, é tão necessário como saber ler, escrever e contar: é entrar na vida armado não só para a luta material, mas, principalmente, para a luta moral. É nisso em que menos se tem cuidado. Presta-se mais atenção em desenvolver as faculdades e os lados brilhantes da criança, do que as suas virtudes. Na escola, como na família, há muita negligência em esclarecê-la sobre os seus deveres e sobre o seu destino. Portanto, desprovida de princípios elevados, ignorando o alvo da existência, ela, no dia em que entra na vida pública, entrega-se a todas as ciladas, a todos os arrebatamentos da paixão, num meio sensual e corrompido.
            Mesmo no ensino secundário, aplicam-se a atulhar o cérebro dos estudantes com um acervo indigesto de noções e fatos, de datas e nomes, tudo em detrimento da educação moral. A moral da escola, desprovida de sanção efetiva, sem ideal verdadeiro, é estéril e incapaz de reformar a  sociedade.
            Mais pueril ainda é o ensino dado pelos estabelecimentos religiosos, onde a criança é apossada pelo fanatismo e pela superstição, não adquirindo senão idéias falsas sobre a vida presente e a futura. Uma boa educação é, raras vezes, obra de um mestre. Para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para corrigir um caráter difícil, é preciso às vezes a perseverança, a firmeza, uma ternura de que somente o coração de um pai ou de uma mãe pode ser suscetível. Se os pais não conseguem corrigir os filhos, como é que poderia fazê-lo o mestre que tem um grande número de discípulos a dirigir?
            Essa tarefa, entretanto, não é tão difícil quanto se pensa, pois não exige uma ciência profunda. Pequenos e grandes podem preenchê-la, desde que se compenetrem do alvo elevado e das conseqüências da educação. Sobretudo, é preciso nos lembrarmos de que esses espíritos vêm coabitar conosco para que os ajudemos a vencer os seus defeitos e os preparemos para os deveres da vida. Com o matrimônio, aceitamos a missão de os dirigir; cumpramo-la, pois, com amor, mas com amor isento de fraqueza, porque a afeição demasiada está cheia de perigos. Estudemos, desde o berço, as tendências que a criança trouxe das suas existências anteriores, apliquemo-nos a desenvolver as boas, aniquilar as más. Não lhe devemos dar muitas alegrias, pois é necessário habituá-la desde logo à desilusão, para que possa  compreender que a vida terrestre é árdua e que não deve contar senão consigo mesma, com seu trabalho, único meio de obter a sua independência e dignidade. Não tentemos desviar dela a ação das leis eternas. Há obstáculos no caminho de cada um de nós; só o critério ensinará a removê-los.
            Não confieis vossos filhos a outrem, desde que não sejais a isso absolutamente coagidos. A educação não deve ser mercenária. Que importa a uma ama que tal criança fale ou caminhe antes da outra? Ela não tem nem o interesse nem o amor maternal. Mas, que alegria para uma mãe ao ver o seu querubim dar os primeiros passos! Nenhuma fadiga, nenhum trabalho detém-na. Ama! Procedei da mesma forma para com a alma dos vossos filhos. Tende ainda mais solicitude para com essa do que pelo corpo. O corpo consumir-se-á em breve e será sepultado; no entanto, a alma imortal, resplandecendo pelos cuidados com que foi tratada, pelos méritos adquiridos, pelos progressos realizados, viverá através dos tempos para vos abençoar e amar.
            A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do mundo. Suponhamos cada família iniciada nas crenças espiritualistas sancionadas pelos fatos e incutindo-as aos filhos, ao mesmo tempo que a escola laica lhes ensinasse os princípios da ciência e as maravilhas do universo: uma rápida transformação social operar-se-ia então sob a força dessa dupla corrente.
            Todas as chagas morais são provenientes da má educação. Reformá-la, colocá-la sobre novas bases traria à humanidade conseqüências inestimáveis. Instruamos a juventude, esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos ao seu coração, ensinemos-lhe a despojar-se das suas imperfeições. Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis


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sexta-feira, 22 de junho de 2012

ACEITAÇÃO

                Auto-aceitação é um dos desafios que recebemos na vida. Ou vivemos como pessoas libertas do jugo alheio, ou aceitamos ser manipulados e viver afastados ou separados daquilo que sentimos e pensamos.
                Quando aceitamos a nós mesmos, eliminamos as amarras de doentia dependência que nos vinculam aos outros, cujos costumes, crenças e valores não são os nossos. E reconhecemos que podemos viver e nos relacionar respeitando o modo de ser deles, da mesma forma que devemos respeitar a nossa individualidade e liberdade de pensamento, sem nenhum receio de discriminação ou isolamento.
                Uma das maiores preocupações de certas pessoas é o que os outros poderão pensar a respeito delas. Fixam seu estado de ânimo na volubilidade das atitudes alheias, nas opiniões ou pontos de vista instáveis da coletividade.
                O valor e a importância que essas criaturas atribuem a si próprias oscilam de conformidade com o juízo mutável e vacilante das massas, visto que elas se estruturam sobre um padrão de personalidade ciclotímico – caracterizado por períodos de alegria exagerada e hiperatividade, intercalados com outros de depressão, angústia e inércia.
                Quanto mais no preocuparmos com a impressão que causam,os aos outros, menos descobriremos quem realmente somos. A propósito, o ardor do empenho que fazemos para ser valorizados é proporcional à desvalorização que sentimos por nós.
                O que as pessoas pensam de nós é um problema delas; não podemos nos ver tal como os outros nos vêem, pois isso nos levará a viver alienados, ignorando os fatores psicológicos ou sentimentos e emoções que nos fazem agir perante a vida de acordo com nossos impulsos internos.
                Querer parecer impecável diante dos outros é tarefa desgastante e desnecessária. Por mais que nos consumamos energeticamente no esforço de agradá-los, nunca faremos o suficiente para que eles nos vejam melhores ou piores do que realmente somos.
                A esfera intelectual explica aquilo que sentimos, todavia ela pode racionalizar os sentimentos, criar álibis e disfarces que nos afastem da nossa verdade interior. Tenhamos em mente que não somos o que os outros pensam e, muitas vezes, nem mesmo o que pensamos ser; mas somos, verdadeiramente, o que sentimos. Aliás, os sentimentos revelam nosso desempenho no passado, nossa atuação no presente e nossa potencialidade no futuro.
                Os bons dicionaristas definem reputação como conceito de que goza uma pessoa em seu grupo social. Reputar significa computar, contar, achar, julgar, considerar. Ou mesmo, avaliar e ter em conta o bom nome de alguém, ou julgar as pessoas como certas ou erradas.
                Devemos dar mais importância e atenção à nossa consciência do que à nossa reputação. A consciência está ligada à soberania da Vida Superior, enquanto a reputação é condicionada ao caráter instável e temperamento vacilante dos seres humanos.
                Milhões de criaturas crêem em coisas bem diferentes, porque ensinamentos diversos lhes foram transmitidos quando crianças. Coisas dessemelhantes foram ensinadas a crianças budistas, cristãs, xintoístas, muçulmanas e hinduístas. Se essas mesmas crianças forem chinesas, francesas, indianas, russas ou vietnamitas, cada uma delas crescerá com a firme convicção racial e religiosa de que estão certas e as outras, erradas. Ainda entre as mesmas religiões, há pontos de vista divergentes sobre os tratados teológicos ou doutrinários e, portanto, há dissensões.
                A reputação está vinculada à moral social, às regras, valores, raça, tradição e costumes de uma era, época ou povo, enquanto a consciência está interligada às leis eternas e naturais de todos os tempos.
                Quando as pessoas nos disserem alguma coisa sobre algo ou alguém, deveremos pensar de nós para nós mesmos: Será isso verdade para quem? Que tipo de prova existe? Há elementos mais claros e específicos para fazer essa avaliação? Será que as pessoas envolvidas crêem apenas por força da religião, tradição, autoritarismo ou revelação mística? Há elementos mais objetivos para apreciar essa atitude?
                O espírito que animou o corpo de um homem, em nova existência, pode animar o de uma mulher, e vice-versa, pois na verdade, são os mesmos espíritos que animam os homens e as mulheres.
                Cada individualidade traz consigo uma experiência única e particular na área sexual e, portanto, uma estrutura psicológica também específica, com particularidades masculinas e femininas. Em determinadas situações evolutivas, encarnamos como homem; em outras, como mulher. Em vista disso, a alma atravessa imensos estágios de aprendizagem e desenvolvimento na noite dos tempos, constituindo em sua intimidade o fenômeno da bissexualidade. Dessa maneira, homens e mulheres nada mais são do que espíritos imortais usando temporariamente uma vestimenta masculina ou feminina.
                Ao julgarmos algo ou alguém, quase sempre emitimos pareceres ilusórios, não fundamentados em bases, razões e motivos sólidos. Pronunciamos uma sentença prematura de condenação ou de absolvição, sem conhecimento prévio de tudo o que vem ocorrendo na intimidade humana.
                Não nos damos conta de que um julgamento arbitrário é o declínio do entendimento, da empatia, da complacência e da aceitação para com a nossa diversidade existencial, bem como para a das outras pessoas. O julgamento é o naufrágio da compreensão.
                Ao alterarmos a nossa visão efêmera para uma visão de eternidade, mudamos a concepção de mundo cartesiano e simplista em que vivemos, alterando assim as conclusões equivocadas a respeito das pessoas e da vida. O normal, o anormal, o moral, o imoral, o natural e o não natural são relativos, mesmo quando se trata da configuração ou da aparência externa da matéria.
                O mestre deixou claro que, para Deus, não havia eleitos – o reino dos céus era uma conquista comum a todos aqueles que cultivassem o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. Essa convicção é que levou Paulo da Tarso a afirmar aos cristãos da igreja da Galácia: Deus não faz acepção de pessoas.

Do livro: OS PRAZERES DA ALMA - uma reflexão sobre os potenciais humanos        
FRANCISCO DO ESPIRITO SANTO NETO/ESPÍRITO HAMMED

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

FILHOS DA LUZ

                A ordem e a plenitude do universo nos são reveladas à proporção que nos tornamos lúcidos para percebê-las. A mente, quando se expande e capta novos conceitos, jamais volta ao seu tamanho anterior.
                A vida exterior é o retrato plasmado do reino interior; portanto, nós criamos, com nossas convicções, idéias e pensamentos, o céu ou o inferno em que vivemos.
                Nossa intimidade nos aproxima ou nos afasta das belezas exteriores, por sintonia e atração.
                Tudo que nos rodeia foi estimulado por nossa mentalidade, que detalha nossa posição diante do mundo, utilizando crenças e pontos de vista correspondentes à nossa estrutura mental, aos padrões de pensamento, às idéias que usamos para compreender nossa existência e realidade.
A capacidade intelectual/emocional é a matriz  - da leitura de mundo e do modo de compreensão – pela qual a pessoa consegue avaliar sua vida interna e externa. Portanto, a nossa clareza de raciocínio e a nossa capacidade de percepção constituem subprodutos mentais, emocionais e espirituais de tudo que vivenciamos e adquirimos na vastidão dos tempos.
Certas criaturas são caracterizadas por processos e atividades psicológicas obscuras e empobrecidas; são escravas da mentalidade alheia. Sua capacidade de sentir e de agir depende, invariavelmente, do humor das pessoas, pois seu equilíbrio emocional está preso ao estado psíquico dos outros. Passam grande parte do tempo tentando mudar o temperamento daqueles com quem convivem, supondo com isso garantir momentos de paz e satisfação pessoal. São denominadas reféns emocionais – ainda não acenderam o próprio archote para iluminar a casa mental.
Quando alcançamos o conhecimento superior, nosso estado de consciência se amplia e a visão interna é imediatamente iluminada.
Quando tomarmos consciência da capacidade de materializarmos fora o que somos por dentro, compreenderemos que cada um de nós vive no mundo de luz ou de trevas que criou para si. A propósito, há tantos mundos quanto o número de pessoas.
O meio ambiente do homem é um espelho onde é refletida sua mentalidade. Jamais enxergaremos algo diferente de nós, visto que nosso interior filtrará dos fatos e dos acontecimentos, iguais para todos, somente aquilo com que temos afinidade.

UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed                     

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

HISTÓRIA - A Lei e as Frutas


                No deserto, as frutas eram raras. Deus chamou um dos seus profetas e disse:
                - Cada pessoa só pode comer uma fruta por dia.
                O costume foi obedecido por gerações, e a ecologia do local foi preservada. Como as frutas restantes davam sementes, outras árvores surgiram. Em breve, toda aquela região transformou-se num solo fértil, invejado pelas outras cidades.
                O povo, porém, continuava comendo uma fruta por dia – fiel à recomendação que um antigo profeta tinha passado aos seus ancestrais. Além do mais, não deixava que os habitantes das outras aldeias se aproveitassem da farta colheita que acontecia todos os anos.
                O resultado era um só: as frutas apodreciam no chão.
                Deus chamou um novo profeta e disse:
                - Deixe que comam as frutas que queiram. E peça que dividam a fartura com seus vizinhos.
                O profeta chegou na cidade com a nova mensagem. Mas terminou sendo apedrejado – já que o costume estava arraigado no coração e na mente de cada um dos habitantes.
                Com o tempo, os jovens da aldeia começaram a questionar aquele costume bárbaro. Mas, como a tradição dos mais velhos era intocável, eles resolveram afastar-se da religião. Assim, podiam comer quantas frutas queriam, e dar o restante para os que necessitavam de alimento.
                Na igreja local, só ficaram os que se achavam santos. Mas que, na verdade, eram pessoas incapazes de enxergar que o mundo se transforma, e que nós devemos nos transformar com ele.

Paulo Coelho

Revista Bem Estar 22/01/2012 – encarte do Jornal Diário da Região
São José do Rio Preto

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

ANENCEFALIA II

                É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
                Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
                Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
                Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central.
                Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
                Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual.
                Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozóide com o óvulo.
                Faltou na gestante o ácido fólico que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
                Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
                Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
                E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hidiondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado ao vasto processo de crescimento intelecto-moral.
                Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade.
                A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
                As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
                Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
                O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida.
                Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
                Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de  outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
                Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
                Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênção e de felicidade.

Joanna de Ângelis

Picografada por Divaldo P. Franco na reunião mediúnica de 11 de abril de 2012
Extraído do jornal Espiritismo Estudado – maio/2012

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domingo, 17 de junho de 2012

ANENCEFALIA I

Nada no universo ocorre como fenômeno caótica, resultado de alguma desordem que nele predomina. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
                O espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as conseqüências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes.
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhado em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila.
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.

Joanna de Ângelis

Picografada por Divaldo P. Franco na reunião mediúnica de 11 de abril de 2012
Extraído do jornal Espiritismo Estudado – maio/2012


Encontrei esse ótimo texto sobre anencefalia e achei importante compartilhar. Dividi-o em duas partes, por ser muito longo. É importante ler as duas partes, pois na primeira, Joanna coloca a justificativa, para na segunda, falar sobre "os porques" acabam ocorrendo esses casos. 

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