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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CAMUFLAGENS E PROJEÇÕES II


Vigiemos esse comportamento de fuga, perguntando-nos, com honestidade, qual a certeza e fundamento lógico temos para afirmar que as raízes de tais emoções pertencem ao passado de outras existências corporais. Para vós outros que estais na carne, agraciados com o esquecimento cerebral, torna-se mais difícil ainda tecer afirmativas verdadeiras sobre semelhante ocorrência. Ainda que sejam sentimentos ou lembranças de outras vidas, se elas se encontram ativas na vida presente, importa o que se sente hoje, devem ser elaborados como pertencentes à atualidade.
                Se tais incursões mnemônicas são permitidas é com função educativa e não para que tenhamos um lugarzinho na mente, como se fosse um álibe com o qual possamos justificar, uns perante os outros, tudo aquilo que sentimos ou deveríamos. Isso não nos torna menos responsáveis pela vida afetiva. Assumamos com responsabilidade os nossos sentimentos, conhecendo-lhes os motivos, olhando para eles de frente, sem temor ou vergonha. Essa a primeira condição para os transformarmos em valores espirituais que impulsionam a evolução.
                Entendamos por assumir sentimentos, o serviço de autoconhecimento e auto-aceitação dos mesmos em nós com finalidades superiores, longe do assumir de alguns profissionais levianos e descuidados que induzem seus pacientes a admitirem e viverem intensamente o seu lado sombra.
                Tenhamos sobriedade e dispamos dessas máscaras perniciosas do relacionamento.
                Rompamos com essas fantasias de outras vidas e definamos o processo das afinidades e desafeições, buscando entender as razões atuais de tais ocorrências do coração. Entendamos as causas presentes das antipatias e simpatias e honremo-las com uma conduta ética e ilibada.
                Não podemos deixar de nomear essa situação como uma atitude infeliz. Ao ficar camuflando sentimentos que temos uns com os outros, atribuindo-os a existências anteriores, perdemos o ensejo responsável de travar contato com nosso mundo profundo e subjetivo em busca do autêntico amor e dos necessários ajustes emocionais que fazem parte do aprimoramento pessoal.
                Nossa primeira tarefa ao depararmos com os sentimentos que não gostaríamos ou deveríamos estar sentindo, em favor do bem alheio e de nós próprios, é estudar nossas reações e edificar as soluções adequadas ao melhor encaminhamento dos pendores da afetividade.

(continua)

Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux                 

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

CAMUFLAGENS E PROJEÇÕES I



                As transferências e camuflagens são mecanismos de defesa do inconsciente, as projeções e camuflagens afetivas ocorrem em razão de processos educacionais da infância centradas no ego, ou por impulsos de núcleos afetivos consolidados em outras reencarnações, ou ainda pelo desconhecimento de si mesmo, sendo capazes todas essas causas de gerar extensas lutas íntimas e trágicas provas no quadro dos envolvimentos passionais.
                O reflexo mais eminente da presença de semelhantes defesas psíquicas é a perda da autenticidade humana. Na medida em que vai amadurecendo física e psicologicamente, a criança, o jovem e mais tarde o adulto aprendem a esconder-se de si e do mundo, gerando um complicado mecanismo para atendimento dos apelos sociais e paternais, em desacordo com sua autêntica personalidade.
                Perdendo a autenticidade o ser não se plenifica, arroja-se no desajuste ensejando o ebulir de culpas de outras vidas que não foram absorvidas, vivendo infeliz e sob intensa pressão interna em neuroses de longo curso.
                Dependencia, ciúme, possessividade e medo comanda as atitudes em direção a relações imaturas, sofríveis, pobres de confiança e caráter, ensejando a potencialização dessas camuflagens psicológicas junto aos grupos de ação do ser humano.
                Os esconderijos psíquicos têm como origem mais saliente o medo: medo de si mesmo, medo de seus verdadeiros sentimentos. Não havendo coragem suficiente e nem desejo para tal, a criatura foge do auto-encontro, incapacitando-se, a cada fuga, em dominar sua vida interior, deixando escapar a chance de olhar-se no espelho da consciência e cuidar de sua realidade transitória, resgatando a sua realidade natural e Divina.
                Esse encontro, porque é doloroso, quanto mais for adiado mais a constrange a ombrear com um eu falso que lhe impinge sentimentos de desconforto e falsidade, caso possua um mínimo de formação ética, ou então faz-lha penetrar na conduta degenerada caso ela desista de entender o que se passa consigo mesma, ante o caleidoscópio de seus sentimentos e pensamentos confusos e inconstantes acerca do querer e do gostar.
                Nas relações espíritas camuflam-se desejos sexuais e afetivos, que são transferidos para outras vivências reencarnatórias, escondendo o verdadeiro sentimento de sua presente existência, evitando admiti-lo. Sentimentos esses que masceram e doem na acústica do coração e da consciência, mas que, queiramos ou não, despontam na vida de relação.
                Muitos amigos queridos do ideal, utilizando-se de expedientes humorísticos pouco sérios, zombam desses sentimentos tratando-os com brincadeiras, a fim de não ter que olhar para os mesmos com a seriedade que eles merecem em favor da própria paz. Frases que parecem ingênuas podem, em muitos casos, carregar dramas de largo curso.
(continua...)
                
Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux                 

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SELO GANHO

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.::TeAchei::.

Selinho ganho da amiga Dalila do Blog A Felicidade Começa em Mim. Obrigada Dalila.
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

EVOLUÇÃO ESPIRITUAL


          
            Jesus nos fala sobre nossa destinação: a perfeição relaltiva, para nos conduzirmos a Deus.
            “A princípio, submetido ao automatismo da evolução nas forma primárias pelas quais transita em inconsciência, dormem os valores que lhe são próprios, a fim de lentamente despertar a consciência do Si, quando o discernimento se encarrega de propiciar-lhe direcionamento aos passos, atraído pelo Deotropismo para o qual ascende.
            Jesus afirmou sermos deuses, portanto fazermos o que ele faz. É uma proposta-desafio para seres amadurecidos psicologicamente, capazes de ambicionar o além do habitual, e que estão dispostos a conseguí-lo. Para lograr o êxito é necessário possuir autoconfiança e fé, a certeza que existe entre o desejar e o poder realizar, saindo do mesmismo das ambições de natureza material, imediata.”
            O processo de evolução é automático, e o Ser está mergulhado na inconsciência de si mesmo, da sua destinação ao bem. Somente lentamente vai despertando para a consciência de si.
            Com relação à questão da consciência, os seres humanos podem estar em três posições distintas: duas desequilibradas, extremistas e uma equilibrada. Num extremo temos a inconsciência, que propicia a indiferença, em outro a ansiedade de consciência, causadora da culpa, e no meio termo a autoconsciência, geradora do dever consciencial.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                                    

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domingo, 28 de agosto de 2011

CONFLITOS E DOENÇAS II



A criança tem necessidade de ser amada, protegida, nutrida, orientada, a fim de desenvolver os sentimentos da afetividade, da harmonia, da saúde, do discernimento. Esquecida, momentaneamente, desses valores, que o véu da carne abafa, deve receber de fora – dos pais, da família, da sociedade – os estímulos que lhe propiciem o despertamento desses tesouros para os multiplicar através dos investimentos da evolução.
                Quando se sente atendida nessas necessidades, logra com facilidade alcançar os objetivos da reencarnação, devolvendo aos grupos familial e social todas as conquistas ampliadas e felicitadoras.
                Ao experimentar carência, desenvolve quadros patológicos que assumem gravidade a partir da juventude, quando não se tornam pesadas cruzes da fase infantil, exigindo terapias psicossomáticas, espirituais, de natureza moral, a fim de libertar-se da opressão e do desespero que a estiola.
                Desamada, a criança, o seu inconsciente chama a atenção através de distúrbios do sono – pesadelos, inquietação noturna, choro, insônia – agressividade e rebeldia, medos e mau desenvolvimento psicofísico.
                O amor é alimento para a vida, que atua nos fulcros do ser e harmoniza os equipamentos eletrônicos do perispírito, responsáveis pela interação espírito-matéria. A sua vibração acalma e dá segurança, ao mesmo tempo reabastece de forças e vitalidade insubstituíveis.
                Quando o indivíduo se identifica desamado – hoje ou no passado – faz, inconscientemente, um quadro regressivo e descobre que não foi necessariamente nutrido, passado a experimentar um sentimento de reação através da anorexia nervosa ou inapetência, que pode tornar-se um perigo para a sua saúde. O seu curso pode ser acidental, passageiro ou de largo tempo, gerando graves danos orgânicos.
                De outra forma, pode apresentar reação totalmente contrária e faz uma patologia de voracidade alimentar, a bulimia, em que a insatisfação leva a comer até a exaustão, propiciando perturbações digestivas e nervosas muito complexas.
                Ainda ocorrem, nesse capítulo, os casos de vômitos nervosos, em que o alimento é expelido por automáticas contrações do estômago e pelos distúrbios gástricos, levando o paciente ao enfraquecimento, à desnutrição.
                Indigestão, dispepsia nervosa, diarréia, prisão de ventre, fazem parte dessa patogênese decorrente da ausência do amor no capítulo da reencarnação do espírito.
                A necessidade de cada um digerir os próprios problemas é indiscutível e inadiável, devendo fazer parte da agenda diária de todo aquele que desperta para a consciência de si, não se permitindo agasalhar conflitos, mesmo que sob hábeis camuflagens do inconsciente.
                Mediante uma auto-análise honesta, na qual se dispensem o elogio, a condenação e a justificação, o indivíduo deve permitir-se a identificação do erro, do problema, e sem consciência de culpa digerir o acontecimento, buscando os meios para reparação e a libertação do sentimento perturbador.
                Não são poucos os males orgânicos que defluem das emoções e sentimentos nas áreas da afetividade e do comportamento, que podem ser evitados e solucionados graças a uma atitude de boa vontade para consigo mesmo e para com os outros, permitindo-lhes o direito de serem como são e não conforme gostariam que fossem.
                A cuidadosa auto-análise, sem caráter exigente nem condenatório, abrirá possibilidades inúmeras para o equilíbrio e ajudará a desenvolver a tolerância em relação aos outros, produzindo harmonia interior.
                Surgem, então, os ensejos de recuperação pelo trabalho e bem orientada canalização das energias, que se transformam em dínamos geradores de força, que propiciem saúde, bem-estar e harmonia.

Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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sábado, 27 de agosto de 2011

CONFLITOS E DOENÇAS I



                As reencarnações comuns, sem destaques missionários, invariavelmente são programadas pelos automatismos das Leis, que levam em conta diversos fatores que respondem pelas afinidades ou desajustes entre os seres, assim como pelas realizações ético-morais, unindo-os ou não, de forma a darem cumprimento aos imperativos, responsáveis pela evolução individual ou dos grupos humanos. Em outras circunstâncias, são planejadas por técnicos no mister, que aproximam as criaturas, formando os clãs, nem sempre, porém, levando em consideração a afetividade existente entre eles, mas, também, situando-os próximos, na mesma consangüinidade, a fim de serem limadas as arestas, corrigidas as imperfeições morais, desenvolvidos os processos de resgates, próprios dos estágios em que permanecem.
                Encontros para primeiras experiências são organizados com o fito de facilitar a fraternidade, ampliando o círculo das afeições; reencontros são estabelecidos para realizações dignificadoras e também retificações impostergáveis.
                Por isso, são comuns os choques domésticos, os conflitos de idéias e de interesses, as preferências e os repúdios, os entendimentos e as reações familiares.
                Um espírito que, na infância corporal, não recebe afeto no ninho doméstico, face à sua historiografia perturbadora, e desenvolve futuros quadros de enfermidades psicológicas ou orgânicas, expia suavemente os delitos que não resgatou e agora são cobrados pela vida, reestruturando a consciência de dever, ou despertando para ela. Quando se trata, porém, de gravame severo, são impressos pelo perispírito no ser em formação física os limites e anomalias de natureza genética, propiciadores da expiação compulsória, que funciona como recurso enérgico para a reabilitação do calceta.
                Nada ocorre na vida por acaso ou descuido da consciência cósmica impressa na individual.
                Assim sendo, adquirir consciência, no seu sentido profundo, é despertar para o equacionamento das próprias incógnitas, com o conseqüente compreender das responsabilidades que a si mesmo dizem respeito.
                O ser consciente é um indivíduo livre e realizador do bem operante, que tem por meta a própria plenitude através da plenificação da humanidade.
                Alcançar esse nível de entendimento é todo um processo de crescimento interior, mediante constante vigilância e desdobramento das potencialidades adormecidas, que aguardam os estímulos que fomentam o seu despertar e a sua realização.
                Não conscientes das respostas da vida, obedecendo aos automatismos, muitas criaturas permanecem adormecidas em relação aos deveres, tornando-se instrumento de sofrimento para si mesmas, como para outros, que lhes experimentam a presença ou delas dependem.
                Uma das finalidades primaciais da reencarnação é a aquisição do amor, para o crescimento espiritual e o auto-aprimoramento.
                Vitimado pelos atavismos do desamor, pelos caprichos do egoísmo, o ser fecha-se na rebeldia e passa a sentir dificuldades em espalhar a luz do sentimento do bem, permanecendo indiferente ao seu próximo, mesmo quando ele faz parte do grupo familial. O problema se apresenta mais complexo quando esse mesmo sentimento egoísta registra antipatia ou surda animosidade por alguém do grupo doméstico. Tal reação ocorre em forma de desamor dos pais pelos filhos, desses por aqueles, entre irmãos ou outros membros do ninho doméstico.
                A atitude injustificada faz-se responsável por inúmeros conflitos psicológicos – fobias, insegurança, instabilidade emocional, complexos de inferioridade ou superioridade, soberba, etc – e enfermidades orgânicas que aí se instalam.
                                                                                                                                                                                            
Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MÁGOAS

               A mágoa pode surgir por muitos motivos, entre os quais:

  • Rompimento afetivo
  • Maledicência sobre a vida sexual de alguém
  • Preconceito determinado por idade e trabalho
  • Ingratidão dos filhos
  • Abandono de amizades queridas
  • Traição amorosa
  • Discriminação social
  • Exclusão motivada por raça, cor e credo religioso.
                Aliás, ninguém consegue viver sem nunca se magoar com alguém ou com certas ocorrências.
Na realidade, a mágoa é uma das muitas emoções humanas. Só não se emocionam os corpos inanimados, visto que as emoções nas criaturas vivas revelam a importância que elas dão a si mesmas, aos outros e aos acontecimentos. Se nada nos importasse, nunca teríamos mágoa, mas isso é impossível – a importância que damos a tudo que existe mede o grau de sentimento que possuímos por algo ou por alguém.
Aconselhar uma pessoa ofendida a imediatamente esquecer, não se magoando com a ofensa, seria o mesmo que pedir-lhe que agisse como se a agressão nunca tivesse acontecido.
Pode ser uma idéia equivocada a de nunca se magoar e sempre esquecer, pois a não aceitação de uma emoção real resulta no seu deslocamento para coisas fora do mundo interior – o fato desagradável fica focalizado no exterior, e a verdadeira causa da emoção permanece no escuro. Essa postura comportamental recebe o nome de ocultação dos sentimentos ou repressão.
Conseguiremos trabalhar melhor nossas mágoas não as reprimindo nem as intensificando, e sim desprendendo-nos, desligando-nos, ou melhor, colocando-nos a certa distância mental/emocional dos fatos ocorridos e das pessoas que neles se envolveram.
No entanto, isso não significa que devemos nos afastar hostil e friamente, viver alienados e impermeáveis aos problemas ou nos  deixar de importar com tudo o que aconteceu, mas que podemos viver mais tranqüilos e menos transtornados para analisar e, por conseqüência, concluir que as situações e os acontecimentos que nos cercam são reflexos ou criações materializadas dos nossos pensamentos e convicções.
Acreditamos que, ao fazer o proposto distanciamento psicológico, teremos sempre mais possibilidades para perceber o processo interno que há por trás de toda mágoa.
Admita a mágoa, não viva com emoções recalcadas, porque quem assim vive transita cotidianamente em constante irritabilidade, sem saber de onde veio, para onde vai e quanto tempo vai ficar.
Não intensifique, não  reviva fatos doloridos, não transporte-os do passado para o presente.
Não se magoar é impossível, mas perpetuar ou ignorar o fato desagradável pode ser  comparado ao comportamento do escorpião que, quando enraivecido, inocula veneno em si mesmo com o próprio ferrão.
Perdoar não significa apenas esquecer as mágoas ou mesmo fechar os olhos para as ofensas alheias. Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão e aceitação dos sentimentos humanos, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes do agir corretamente.


Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER          
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed                                                   

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A CASCA DE BANANA


Irmão X
 Secundino renasceria entre os homens para socorrer crianças desamparadas, e, para isso, organizou-se-lhe grande missão no Plano Espiritual.
Deteria consigo determinada fortuna, a fortuna produziria trabalho, o trabalho renderia dinheiro e o dinheiro lhe forneceria recursos para alimentar, vestir e educar duas mil criaturinhas sem refúgio doméstico.
Atendendo à empreitada, Lizel, o instrutor desencarnado que o seguiria entre os homens, dar-lhe-ia, em tempo devido, o necessário suprimento de inspirações.
Estariam juntos, e Secundino, internado no corpo terrestre, assimilaria as idéias que o mentor lhe assoprasse.
A experiência começou, assim, promissora...
Da infância à mocidade, o tarefeiro parecia encouraçado contra a doença. Extravagante como ninguém, descia, suarento, de vigoroso cavalo do sítio paterno, mergulhando no sorvete, sem qualquer choque orgânico, e ingeria frutos deteriorados, como se possuísse estômago de resistência invencível.
Em todas as particularidades da luta, contava com a afeição de Lizel, e, muito cedo, viu-se em contacto com o amigo espiritual, que não só lhe aparecia em sonhos, como também através dos médiuns, com os quais entrasse em sintonia.
O benfeitor falava-lhe de crianças perdidas, pedia-lhe proteção para crianças sem rumo, rogava-lhe, indiretamente, a atenção para o noticiário sobre crianças ao desabrigo.
E tanto fez Lizel que Secundino planeou o grande cometimento.
Seria, sim, o protetor dos meninos desamparados... Entretanto, considerando as necessidades do serviço, pedia dinheiro em oração.
E o dinheiro chegou, abundante...
Ao influxo do amor providenciai de Lizel, sentia-se banhado em ondas de boa sorte... Explorou a venda de manganês e ganhou dinheiro, negociou imóveis e atraiu dinheiro, comprou uma fazenda e fez dinheiro, plantou café e ajustou dinheiro...
Começou, porém, a batalha moral.
Lizel falava em crianças e Secundino falava em ouro.
– “Protegeria a infância desditosa – meditava, convicto – ; contudo, antes, precisava escorar-se, garantir a família, assegurar a tranquilidade e arranjar cobertura.”
Casado, organizou fortuna para a mulher para o pai, acumulou fortuna para os filhos e para o sogro, amontoou riquezas para noras e genros, e, avô, adquiriu bens para os netos...
Porque tardasse demais na execução dos compromissos, a Esfera Superior entregou-o à própria sorte.
Apenas Lizel o seguia, generoso. E seguia-o arrasado de sofrimento moral, assinalando-lhe frustração.
Secundino viciara-se nos grandes lances da vantagem imediata e algemara-se francamente idéia do lucro a qualquer preço.
Lembrava os antigos projetos como sonhos da mocidade...
Nada de assistência a menores abandonados, que isso era obra para governos... Queria dinheiro, respirava dinheiro, mentalizava novas rendas e trazia a cabeça repleta de cifras.
Lizel, apesar disso, acompanhava-o, ainda... Agoniava-se para que Secundino voltasse a pensar nos meninos sem ninguém... Ansiava por rever-lhe o ideal de outra época!... Tudo seria diferente se o pobre companheiro despertasse para as bênçãos do espírito!...
Aconteceu, no entanto, o inesperado.
Ao descer de luzido automóvel para estudar o monopólio do leite, Secundino não percebe pequena casca de banana estendida no chão.
Lizel assinala o perigo, mas suplica em vão o auxílio de outros amigos espirituais.
O negociante endinheirado pisa em cheio no improvisado patim, perdendo o equilíbrio em queda redonda.
Fratura-se a cabeça do fêmur e surge a internação no hospital ; contudo, o coração cansado não corresponde aos imperativos do tratamento.
Aparece a cardiopatia, a flebite, a trombose e, por fim, a uremia...
No leito luxuoso, o missionário frustrado pensa agora nas criancinhas enjeitadas, experimentando o enternecimento do princípio... Chora. Quer viver mais tempo na Terra para realizar o grande plano. Apeia para Deus e para Lizel, nas raias da morte...
Seu instrutor, ao notar-lhe o sentimento puro, chora também, tomado de alegria... No entanto, emocionado consegue dizer-lhe apenas :
- Meu amigo! Meu amigo!.... Agradeçamos ao Senhor e à casca de banana a felicidade do reequilíbrio!... Seu ideal voltou intacto, mas agora é tarde... Esperemos que o berço lhe seja e propício...   

Do livro Contos Desta e Doutra Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CILADAS II

            Um gênero de ciladas perversas que merecem atenção redobrada. Trata-se daquelas que são programadas no mundo espiritual inferior, nas quais se comprazem os espíritos invejosos, atrasados, primários e os malvados que se transformam em obsessores, verdadeiros verdugos das demais criaturas humanas, individualmente, assim como da sociedade terrestre como um todo.
            Odiando o progresso moral, do qual se alijaram por vontade própria, elegendo o sofrimento decorrente da ignorância em relação à verdade como diretriz de segurança pessoal, esses espíritos infelizes transformam-se em inimigos do bem, que pensam impedir de expressar-se, assim como da felicidade do próximo que invejam.
            Quando alguém se alça acima da craveira comum e chama a atenção pelos valores éticos, culturais, políticos, religiosos ou de qualquer outra natureza, investem, furibundos, contra, gerando situações embaraçosas, complicando-lhes os relacionamentos e comprazendo-se em afligi-los.
            São hábeis nas técnicas de inspiração doentia, trabalhando as reflexões mentais daqueles a quem antipatizam com vibrações perniciosas e extravagantes que desajustam as suas vítimas.
            Noutras ocasiões, trata-se de inimigos de existências passadas, que mantêm ressentimento em forma de rancor e desejo incontrolável de vingança, na sua morbidez dominadora.
            Insinuam idéias de enfermidades simulacros, transmitem sensações doentias, envolvem em ondas mentais depressivas, suspeitosas ou  de violência, em contínuas tentativas de alienar aqueles que lhes caem nas ciladas mentais.
            Ociosos e insensíveis à compaixão ou à fraternidade, persistem com virulência nos seus propósitos infelizes, tornando-se inflexíveis na razão direta em que encontram  resistência naqueles que pretendem azorragar.
            Atiram pessoas irresponsáveis e igualmente ignorantes contra quem se esforça por superar as inclinações inferiores, tornando-se patrulheiros inconseqüentes dos seus atos, em razão de não desejarem sintonia com as suas mazelas.
            Estimulam a sensualidade e provocam paixões tórridas de conseqüências desastrosas, desrespeitam os sagrados vínculos do matrimônio, da fidelidade, da consideração que todos se devem reciprocamente.
            Acompanham aqueles que estão sob a sua alça de mira na condição de vigias impiedosos, sempre aguardando qualquer brecha mental, emocional ou moral, a fim de iniciarem as vinculações obsessivas, mediante as quais pensam em destruí-los.
            No que diz respeito aos trabalhadores do evangelho de Jesus através da revelação espírita, iracundos e violentos tudo investem, na sua sanha alucinada, para impedir-lhe o cumprimento dos nobres deveres abraçados.
            Certamente, ninguém se encontra sem a proteção do Senhor da Vinha por meio dos seus emissários e dos seus próprios benfeitores que lhe executam a vontade.
            Nada obstante, as ciladas que padecem os trabalhadores do bem fazem parte do esquema para a aprendizagem superior a respeito da realidade imortalista na qual todos nos encontramos mergulhados.
            Essas experiências também ensinam como se deve comportar o obreiro de Jesus diante dos famigerados enfermos da alma, que se demoram na erraticidade necessitados de compaixão e de socorro.
            Constituem treinamento para o futuro, quando convocados às tarefas de misericórdia em regiões dolorosas onde eles se homiziam.

Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

HOMENAGEM AO BLOG ESPIRITUAL-IDADE


Hoje o blog Espiritual-idade da amiga Rosélia está completando 2 anos de existência. Quero homenageá-la nesse dia tão festivo participando da blogagem coletiva organizada por ela.




BLOGAGEM COLETIVA


O QUE É A ESPIRITUALIDADE PARA MIM

                É a crença em algo superior ao ser humano. É nos pautarmos no Evangelho, como orientador de nossas ações, buscando estarmos mais próximos de Deus. Para isso temos que observar Suas Leis. Jesus, ao ser inquirido sobre o resumo das Leis de Deus, respondeu que se resume em dois itens: 1- Amar a Deus sobre todas as coisas; 2- Amar ao próximo como a si mesmo.
                Como espírita, acredito:
- Na comunicação entre os dois planos da vida: o espiritual e o material;
- Na continuação da vida após a morte;
- Que não nos tornamos santos após a morte e sim continuamos sendo como somos e só progrediremos se nos empenharmos para isso;
- Que após a morte temos que trabalhar em benefício de nossos pares. (enquanto vivos também);
- Que recebemos auxílio dos habitantes do plano espiritual, de acordo com nosso merecimento;
- Que o objetivo da vida é a evoluirmos: na parte do conhecimento e na parte afetiva.
- Que nosso pensamento é energia e com isso controlamos nossa saúde física.
- Que podemos doar vibrações, ajudando outras pessoas em suas necessidades.
                
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domingo, 21 de agosto de 2011

A VIDA NO ESPAÇO



                A condição dos espíritos na vida de além-túmulo, sua elevação, sua felicidade, tudo depende da respectiva faculdade de sentir e de perceber, que é sempre proporcional ao seu grau evolutivo.
                Os espíritos, envolvidos em fluidos espessos, sofrem as leis da atração e são inclinados para a matéria. Sob a influência dos apetites grosseiros, as moléculas do seu corpo fluídico fecham-se às percepções externas e os tornam escravos das mesmas forças naturais que governam a humanidade.
                Não há de insistir neste fato, porque ele é o fundamento da ordem e da justiça universais.
                As almas colocam-se e agrupam-se no espaço segundo o grau de pureza do seu respectivo invólucro; a condição do espírito está em relação direta com sua constituição fluídica, que é a própria obra, a resultante do seu passado e de todos os seus trabalhos. Determinando a sua própria situação, acham, depois, a recompensa que merecem.  Enquanto a alma purificada percorre a vasta e fulgente amplidão, repousa à vontade sobre os mundos e quase não vê limites ao seu vôo, o espírito impuro não pode afastar-se da vizinhança dos globos materiais.
                Entre esses estados extremos, numerosos graus permitem que espíritos similares se agrupem e constituam verdadeiras sociedades do invisível. A comunhão de sentimentos, a harmonia de pensamentos, a identidade de gostos, de vistas, de aspirações, aproximam e unem essas almas, de modo a formarem grandes famílias.
                Sem fadigas, a vida do espírito adiantado é essencialmente ativa. As distâncias não existem para ele, pois se transporta com rapidez do pensamento. Seu invólucro, semelhante a tênue vapor, adquiriu tal sutileza que o torna invisível aos espíritos inferiores. Vê, ouve, sente, percebe não mais pelos órgãos materiais que se interpõem entre nós e a natureza, mas, sim, diretamente, sem intermediário, por todas as partes do seu ser. Suas percepções, por isso mesmo, são muito mais precisas e aumentadas que as nossas. O espírito elevado desliza, no seio de um oceano de sensações deliciosas. Entretanto, por mais agradáveis que sejam essas impressões, pode subtrair-se a elas, e, se lhe aprouver, recolher-se-á, envolvendo-se num véu fluídico e insulando-se no seio dos espaços.
                 O espírito adiantado está liberto de todas as necessidades materiais. Para ele, não tem razão de ser a nutrição e o sono. Ao abandonar a Terra, deixa para sempre os vãos cuidados, os sobressaltos, todas as quimeras que envenenam a existência corpórea. Os espíritos inferiores levam consigo para além do túmulo os hábitos, as necessidades, as preocupações materiais. Não podendo elevar-se acima da atmosfera terrestre, voltam a compartilhar a vida dos entes humanos, intrometem-se nas suas lutas, trabalhos e prazeres. Suas paixões, seus desejos, sempre vivazes e aguçados pelo permanente contacto da humanidade, os acabrunham; a impossibilidade de os satisfazerem torna-se para eles causa de constantes torturas.
                Os espíritos não precisam da palavra para se fazerem compreender. O pensamento, refletindo-se no perispírito como imagem em espelho, permite-lhes permutarem suas idéias sem esforço, com uma rapidez vertiginosa. O espírito elevado pode ler no cérebro do homem e conhecer os seus secretos desígnios. Nada lhe é oculto. Perscruta todos os mistérios da natureza, pode explorar à vontade as entranhas do globo, o fundo dos oceanos, e assim apreciar os destroços das civilizações submersas. Atravessa os corpos por mais densos que sejam e vê abrir-se diante de si os domínios impenetráveis à humanidade.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

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sábado, 20 de agosto de 2011

APRENDER A FAZER

                Informação é cultura, mas a cultura em si não abriga o saber, porque o saber implica o uso da informação para gerar a transformação.
                O estudo minucioso do saber fazer inclui a interação do aprendiz com os veiculadores do conhecimento em tarefas grupais, participativas, dialogais, com plena troca de informações na construção do saber.
                Questões acerca do como fazer:
  • Como aprender a dialogar?
  • Como amar a si mesmo?
  • Qual a fórmula para efetivar o perdão verdadeiro?
  • Qual o remédio para o melindre?
  • Existe uma forma de controle da irritação?
  • Como vencer os conflitos sexuais?
  • Como amar os inimigos?
  • Como superar os impulsos mentais de violência?
  • Como dominar as desordens nos raciocínios, quando nos encontramos sob pressão?
  • Como discordar e criticar sem gostar menos?
  • Qual o caminho para formar uma equipe harmoniosa?
  • Qual a forma prática para sermos bons parceiros dos bons espíritos?
  • Como penetrar nos labirintos do personalismo em nossa intimidade?
  • Como fazer o autoconhecimento?

                E ênfase dada à instrução precisa ser seguida de uma pedagogia mais palpável que permita aos estudantes a melhor absorção vivencial dos conhecimentos.
                Enumeremos quatro referências que merecem reciclagem e aperfeiçoamento na criação de ambientes educativos.

1.Transmissão do conteúdo – o importante é saber pensar
2.Pedagogia do afeto – relação parceira, interativa.
3. Projetos vivenciais – propiciar encontros humanos.
4. Relacionamentos educativos – os valores do respeito e da solidariedade mútua garantem a expressão dos significados pessoais e a valorização de todas as atividades.

Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux    

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PERDÃO AOS OUTROS



            É conseqüência do autoperdão. Quem é extremamente rigoroso consigo mesmo, julgando-se, condenando-se e punindo-se, também o faz com os outros.
            O julgamento que fazemos é fruto das máscaras que carregamos, pois julgamos segundo a aparência, com a nossa visão equivocada de que todo erro merece julgamento e condenação, ao invés de reparação. Quando entramos nesse movimento de julgamento, condenação e punição, ficamos entregues às tormentas dos sentimentos egóicos, até que nos disponhamos a julgar segundo a reta justiça. Esse julgamento reto é feito observando-se os erros a partir da compaixão, filha dileta do amor presente em nossa Essência, dando oportunidade a quem erra, a reparar o seu equívoco.
            A compaixão leva a compreender a ignorância de quem erra e permite que o erro seja reparado. É assim que Deus nos trata, com profunda compaixão, nos permitindo a bênção das várias vidas sucessivas, para repararmos todos os nossos erros, até alcançarmos a perfeição relativa e O compreendamos em espírito e verdade. O sentimento da compaixão nos leva a tratar os outros, como gostaríamos de ser tratados.
            O sentimento de compaixão nos leva a aceitar os outros como são, com suas qualidades essenciais e com seus defeitos egóicos, e a compreender que os seus erros, por se originarem no ego, são fruto da ignorância, assim como em nós. Esse pensamento nos aproxima dos outros, nos coloca no mesmo patamar de humanidade, nos possibilitando o perdão aos outros, assim como o autoperdão.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho                         

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

INTERAÇÃO ESPÍRITO-MATÉRIA III




                Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.
                O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.
                Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos autopurificadores; angústias cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã – geradora de ansiedade – do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.
                O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes, são fontes de constantes atritos com o organismo, resultando em cânceres de mama, da próstata, taquicardias, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais...
                Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis, respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição....
                O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.
                A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortalidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.
                Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser  conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.
                Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixa, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.
                Jesus referiu-se ao fato, sintetizando, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: A cada um será dado segundo as suas obras.
                Assim, portanto, como se semeie, da mesma forma se colherá.

Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
                                                                       

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

INTERAÇÃO ESPÍRITO-MATÉRIA II



                As enfermidades, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.
                É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.
                De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.
                Essa seleção de objetivos dilui a ilusão – miragem perturbadora elaborada pelo ego – e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.
                Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.
                A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação.
                Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organogenéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.
                Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.
                O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-as em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.
                Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados, desatrelam as células dos seus automatismos, que degeneram, dando origem a tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.
                Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como forças destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.

Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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