Quarto atributo:
Felicidade – a busca da felicidade é o que proporciona sentido para a vida humana. Todos a desejamos, mas são poucos que a conseguem, porque a maioria das pessoas a deseja ganhar e não obtê-la, com os próprios méritos. Querem ser felizes, permanecendo numa atitude inercial, de acomodação ás próprias limitações.
É claro que isso nunca será possível dessa forma. Felicidade é algo que se obtém pela ação da vontade. Este atributo é um desdobramento do anterior, pois quem se auto-ama, busca naturalmente ser feliz e fazer a felicidade dos outros, num processo de alo-amor.
Deus não nos dá a felicidade pronta, Ele nos oferece todos os meios para conquistá-la, por nós mesmos. Mas como Deus sabe aguardar, e todos nós fomos criados para a felicidade, todos, sem exceção, subiremos a montanha, mais cedo ou mais tarde.
A felicidade é o estado de plenitude que podemos almejar, portanto quando uma pessoa busca se esforçar para melhorar um pensamento, um sentimento ou um comportamento negativo, está, em realidade, trabalhando para obter a felicidade que almeja. A busca da felicidade é o objetivo máximo da vida e que estará norteando a força e a competência da vontade, para que o indivíduo se esforce para conseguir. Por isso, nessa busca, é fundamental usar poder, inteligência e auto-amor para exercitar o aperfeiçoamento constante e conseguir a felicidade relativa, até que cheguemos à perfeição e conquistemos a felicidade plena.
Na Pirâmide de Vontade, a base é a força, exercício do poder, e a competência, exercício da inteligência cognitiva e emocional, mas que só existe e faz sentido por causa do topo, que é o auto-amor e a busca da felicidade, que ao mesmo tempo em que é sustentada pela base, a reforça e também sustenta, pois lhe dá um sentido.
Sem a destinação que todos temos de desenvolver a felicidade plena, não haveria sentido em se esforçar para superar as nossas limitações. Por isso, o auto-amor e a busca da felicidade nos alimentam a força de vontade e nos fazem desenvolver a inteligência, para conquistarmos a plenitude que almejamos.
Envolvendo tudo está o amor, não apenas o auto-amor, mas o amor à vida, ao próximo, a Deus, ao Cosmos, dando um sentido à vida e auxiliando no esforço de auto-aprimoramento do Ser que ruma em direção à plenitude e à luz maior.
Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
Alírio de Cerqueira Filho
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