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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 7 de julho de 2012

QUESTÕES SOCIAIS

As questões sociais preocupam vivamente a nossa época. Vê-se, não sem espanto, que os progressos da civilização, o aumento enorme dos agentes produtivos e da riqueza, o desenvolvimento da instrução não têm podido extinguir o pauperismo nem curar os males do maior número. Entretanto, os sentimentos generosos e humanitários não desapareceram. No coração dos povos aninham-se instintivas aspirações para a justiça e bem assim anseios vagos de uma vida melhor. Compreende-se geralmente que é necessária uma divisão mais equitativa dos bens da Terra. Daí mil teorias, mil sistemas diversos, tendentes a melhorar a situação das classes pobres, a assegurar a cada um os meios do estritamente necessário. Mas, a aplicação desses sistemas exige da parte de uns muita paciência e habilidade; da parte de outros, um espírito de abnegação que lhes é absolutamente essencial. Em vez dessa mútua benevolência que, aproximando os homens, lhes permitiria estudar em comum e resolver os mais graves problemas, é com violência e ameaças nos lábios que o proletário reclama seu lugar no banquete social; é com acrimônia que o rico confina no seu egoísmo e recusa abandonar aos famintos as menores migalhas da sua fortuna. Assim, um abismo abre-se; as desavenças, as cobiças, os furores acumulam-se de dia em dia.
                A causa do mal e o seu remédio estão, muitas vezes, onde não são procurados, e por isso é em vão que muitos se têm esforçado por criar combinações engenhosas. Sistemas sucedem a sistemas, instituições dão lugar a instituições, mas o homem permanece desgraçado, porque se conserva mal. A causa do mal está em nós, em nossas paixões e em nossos erros. Eis o que se deve transformar. Para melhorar a sociedade é preciso melhorar o indivíduo; é necessário o conhecimento das leis superiores de progresso e de solidariedade, a revelação da nossa natureza e dos nossos destinos.
                Conhecida a verdade, compreender-se ia que os interesses de uns são os interesses de todos e que ninguém deve estar sob a pressão de outros. Daí a justiça distributiva, sob cuja ação não mais haveria ódios nem rivalidades selvagens, porém, sim, uma confiança mútua, e estima e a afeição recíprocas; em uma palavra, a realização da lei de fraternidade, que se tornará a única regra entre os homens.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis


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2 comentários:

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Seria muito importante que a lei da fraternidade se "instalasse", de vez, entre os homens.
Excelente, o texto!

Um abraço, Denise

Flora Maria disse...

Às vezes fico pensando como será a vida em planetas mais evoluídos...
Certamente que eles não terão esses problemas por lá !

Portanto, ainda existe esperança para nós...
Um dia chegaremos lá, não é mesmo !

Beijo