(J. Herculano Pires)
O principio da reencarnação é a chave que nos abre a compreensão
para todos os problemas humanos. Sem ele tudo é mistério e confusão em nossos
destinos e a justiça de Deus nos parece absurda. Essa chave foi perdida a
partir do IV século da nossa era. As religiões cristãs, adaptando-se aos
formalismos pagãos e judaicos, perderam a chave que Jesus lhes havia deixado em seus ensinos,
como ainda hoje podemos ver de maneira inegável nos Evangelhos. O Cristianismo
aturdido não pode encontrá-la nos caprichosos labirintos da Teologia, formulada
pelos novos doutores da lei.
Dezoito séculos depois de Cristo os cristãos se veriam desarmados
diante do desafio da razão esclarecida pela evolução cultural. O mundo convertido
ao Cristianismo voltaria então às fontes esquecidas da cultura pagã. Essa
apostasia, como a do Imperador Juliano, o lançaria de novo nos dilemas insolúveis
da razão desprovida de luz espiritual. Há dois séculos nos debatemos nesse
torvelinho de loucuras, mas há mais de um século o Espírito da Verdade,
prometido por Jesus, vem renovando na Terra o ensino do Mestre, graças ao
restabelecimento da comunicação mediúnica permanente e natural que nos devolve
a chave perdida da reencarnação.
A liberdade para a vida afetiva, que procuramos nas ilusões do
corpo carnal, esta na realidade do espírito, onde somos, como Jesus ensinou, semeadores
que saíram a semear. A semeadura que fizermos determinará a nossa colheita,
pois as leis naturais nos escravizam aos seus resultados inevitáveis. Quem planta
joio não pode colher trigo. Se semeamos desequilíbrios afetivos em nosso
caminho, como queremos colher os frutos do equilíbrio?
Por outro lado, se a semeadura do passado foi má, como corrigí-la,
se continuarmos a semear as mesmas sementes? A chave da reencarnação nos abre
as portas do entendimento. Temos de renovar as nossas sementeiras. Mas se
dermos ouvido às teorias loucas da razão pagã, desprovida de luz, que pretendem
considerar como normais as anomalias sexuais, justificando-as com a falsa
plenitude dos gozos materiais, não sairemos do circulo vicioso da escravidão
sensorial.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
2 comentários:
Pois é amiga Denise, a religião cristã regida por Roma pôs a essência ensinada por Cristo numa camisa de força, e pior que as novíssimas religiões ( as evangélicas) as quais dizem discordar da praxis, entretanto, concordam com praticamente tudo, sobretudo, com os dogmas.
Um abração. Tenhas um domingo iluminado.
Marion Zimmer-Bradley, em seus livros "As brumas de Avalon",
mostra personagens (Inglaterra no século 5) abismados com a
teoria cató lica de vida única. O Catolicismo havia sido trazido
pelos romanos, que já se tinham retirado da Inglaterra, mas
tinham deixado esse legado (no caso maléfico) de uma só existência.
As "doutrinas de Orígenes" já tinham sido combatidas com fervor
e derrotadas. Os 1400 anos de trevas nos aguardavam.
Beijos
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