Dentro da lógica e da evidência da realidade, não
temos dúvidas em concluir que somos espíritos eternos, criados por Deus na
simplicidade e na ignorância, tendo como objetivo atingir a perfeição, onde
lograremos usufruir da paz e da felicidade que tento almejamos.
Mas, no contexto dessa linga jornada, que nos conduzirá
do estado inferior à angelitude, fazemos uso do livre arbítrio e do e do
esforço próprio.
A Providência Divina, no âmbito da sua sabedoria,
fraternidade e justiça, nos aquinhoa com os recursos e mecanismos de que temos
necessidade, visando a concretização da nossa proposta de evolução, mas a
tarefa de crescer espiritualmente é totalmente nossa.
Somos absolutamente livres para decidir e escolher
caminhos, devendo apenas, dentro da lei de ação e reação e de causa e efeito,
colher os reflexos de cada ação praticada. “Do que plantares, colherás”.
(Paulo, Gálatas 6:8)
Em relação ao aborto, esse lamentável e covarde gesto
de aniquilar o corpo em formação, de quem não tem como se defender:
Vislumbremos o sofrimento de um espírito familiar
nosso, depois de ter falido na sua existência física, deixando o mundo material
pelas nefastas vias do suicídio, mediante o disparo de uma arma de fogo contra
a sua cabeça ou mesmo pelo uso infeliz de suas faculdades mentais.
O ferimento provocado no corpo físico ou no campo
mental, por deliberação própria, em momento de aflição e desespero, deixando
fortes sequelas em seu corpo espiritual, ao ponto de remetê-lo ao mundo dos
desencarnados em grave estado de perturbação e desequilíbrio, somente poderá
ser sanado com a volta do espírito, numa nova reencarnação, para reparar na
matéria, os danos perpetrados.
Precisa de um novo corpo, a se formar no ventre de
uma mãe que possa entender as suas dores e angústias. Acontece, então, a
gravidez e esse espírito ferido, desarrumado, perturbado e sofrido, cheio de
esperança na harmonização emocional, psíquica e física, comanda a formação do
novo corpo, que tem como modelo o seu períspirito.
No entanto, o seu períspirito, devido ao suicídio de
ontem ou pelo mau uso da inteligência, encontra-se destrambelhado o que
determinará a formação de um corpo também destrambelhado, dando origem a u feto
anencéfalo ou portador de microcefalia. Nessas condições, quanto mais tempo o
espírito ficar ligado à matéria, mais condições tem de reparar os danos
perispirituais.
Assim, mesmo que o feto do anencéfalo ou do portador
de microcefalia viva tão somente até o seu nascimento ou quem sabe um pouco
mais, terá o espírito reencarnante feito um valiosos trabalho de reequilíbrio
mental e emocional.
Abortá-lo será negar-lhe a possibilidade de
recuperação. Isso acontecendo, o espírito ferido vê suas esperanças esvaírem.
Onde, então, os nossos princípios cristãos?
Onde o nosso amor e fraternidade por um familiar
necessitado?
Como determinar a morte de um ser amado, cujas mãos
suplicantes nos imploram socorro?
Abortar o feto anencéfalo ou microcefálico em nome do
amor, não façamos isso...
Waldenir Cuin
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – abril/2016
imagem: google
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