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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


segunda-feira, 10 de julho de 2017

FETO ANENCÉFALO OU MICROCEFÁLICO

                Dentro da lógica e da evidência da realidade, não temos dúvidas em concluir que somos espíritos eternos, criados por Deus na simplicidade e na ignorância, tendo como objetivo atingir a perfeição, onde lograremos usufruir da paz e da felicidade que tento almejamos.
                Mas, no contexto dessa linga jornada, que nos conduzirá do estado inferior à angelitude, fazemos uso do livre arbítrio e do e do esforço próprio.
                A Providência Divina, no âmbito da sua sabedoria, fraternidade e justiça, nos aquinhoa com os recursos e mecanismos de que temos necessidade, visando a concretização da nossa proposta de evolução, mas a tarefa de crescer espiritualmente é totalmente nossa.
                Somos absolutamente livres para decidir e escolher caminhos, devendo apenas, dentro da lei de ação e reação e de causa e efeito, colher os reflexos de cada ação praticada. “Do que plantares, colherás”. (Paulo, Gálatas 6:8)
                Em relação ao aborto, esse lamentável e covarde gesto de aniquilar o corpo em formação, de quem não tem como se defender:
                Vislumbremos o sofrimento de um espírito familiar nosso, depois de ter falido na sua existência física, deixando o mundo material pelas nefastas vias do suicídio, mediante o disparo de uma arma de fogo contra a sua cabeça ou mesmo pelo uso infeliz de suas faculdades mentais.
                O ferimento provocado no corpo físico ou no campo mental, por deliberação própria, em momento de aflição e desespero, deixando fortes sequelas em seu corpo espiritual, ao ponto de remetê-lo ao mundo dos desencarnados em grave estado de perturbação e desequilíbrio, somente poderá ser sanado com a volta do espírito, numa nova reencarnação, para reparar na matéria, os danos perpetrados.
                Precisa de um novo corpo, a se formar no ventre de uma mãe que possa entender as suas dores e angústias. Acontece, então, a gravidez e esse espírito ferido, desarrumado, perturbado e sofrido, cheio de esperança na harmonização emocional, psíquica e física, comanda a formação do novo corpo, que tem como modelo o seu períspirito.
                No entanto, o seu períspirito, devido ao suicídio de ontem ou pelo mau uso da inteligência, encontra-se destrambelhado o que determinará a formação de um corpo também destrambelhado, dando origem a u feto anencéfalo ou portador de microcefalia. Nessas condições, quanto mais tempo o espírito ficar ligado à matéria, mais condições tem de reparar os danos perispirituais.
                Assim, mesmo que o feto do anencéfalo ou do portador de microcefalia viva tão somente até o seu nascimento ou quem sabe um pouco mais, terá o espírito reencarnante feito um valiosos trabalho de reequilíbrio mental e emocional.
                Abortá-lo será negar-lhe a possibilidade de recuperação. Isso acontecendo, o espírito ferido vê suas esperanças esvaírem.
                Onde, então, os nossos princípios cristãos?
                Onde o nosso amor e fraternidade por um familiar necessitado?
                Como determinar a morte de um ser amado, cujas mãos suplicantes nos imploram socorro?
                Abortar o feto anencéfalo ou microcefálico em nome do amor, não façamos isso...

Waldenir Cuin

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – abril/2016
imagem: google

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