Mesmo nos espíritos gentis remanescem algumas presenças das imperfeições que podem ser modificadas pelo processo de transformação dos sentimentos anestesiantes e perversos em outros de essência superior.
A intolerância e o fanatismo, não poucas vezes, surgem e impõem-se arbitrariamente dando lugar a estados de sofrimento que poderiam ser evitados.
Ambos são heranças persistentes dos estágios primários, responsáveis pelo processo da evolução.
A intolerância cresce como erva daninha há no jardim das atividades humanas, como necessidade de impor-se com as suas maneiras de ser e de compreender, derrapando, quase sempre, em tormentoso fanatismo.
Filho do egocentrismo não ultrapassado, o fanatismo é herança odienta que atormenta e atormenta-se, em razão de desejar que todos se submetam à sua vontade, à sua dominação.
Naturalmente, é expressão da prepotência animal que permanece gerando dificuldades nos relacionamentos e impedimentos no esforço de autoiluminação.
Não apenas na conduta religiosa encontram-se esses dois malfeitores que sabem disfarçar-se, permanecendo como vírus cruel ceifando as possibilidades de crescimento.
O intolerante assim como o fanático somente vêem o que lhes apraz, aquilo que consideram real e, portadores de narcisismo, mantêm a presunção pessoal de que, pelo fato de aceitarem essa conduta, todas as demais pessoas estão equivocadas quando pensam de maneira diferente.
Embora as pessoas possuam equilibrada formação moral e sejam portadores também de outros sentimentos nobres, quando lhes são vítimas, esses enfermos companheiros emocionais podem comprometer os valores da gentileza e da bondade, quando estejam contrariados.
(continua)
Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
Um comentário:
Querida Denise,
Como sempre um texto esclarecedor e rico!
Obrigada pelo carinho, voltando ao blogosfera com força total. ;)
Xerokas e muita luz nessa semana que inicia.
Go
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