É
clara a necessidade de seguir-se uma sequência na evolução do envolvimento
emocional, nomeando-se cada fase, de forma que o casal esteja consciente sobre
o que significa aquele encaixe amoroso e o que ele representa como
responsabilidade afetiva recíproca.
Quando
se faz o enquadramento adequado da dinâmica relacional, fica evidente a
importância do rito psicológico para cada um caracterizar aquele momento de
envolvimento sentimental. Tal ocorre, por exemplo, quando se avança dentro do
namoro para a aliança de compromisso ou para o noivado, devendo-se solenizar a
mudança de cada fase.
Posteriormente,
o casal avançará para a etapa do casamento que, por meio de outro rito de
passagem, lhe facultará melhor apropriação do relacionamento, assumindo com
profundo respeito a conjugalidade estabelecida.
Desse
modo, evitam-se desencontros quanto ao encaminhamento da relação diante da
presença natural dos conflitos que surgem no cotidiano da dinâmica emocional.
Se não estiver explícito qual o significado da relação, o casal poderá
surpreender-se com a impropriedade em seu trato, pelas atitudes de indiferença,
fugas, desconsiderações, deserções, abandonos capazes de acarretar lesões afetivas
imprevisíveis.
Por
tudo isso, quando o casal assume solenemente o casamento, favorecido por um
rito social, estabelece-se no psiquismo um compromisso socioafetivo e também
espiritual, - mesmo sem casamento religiosos formal, - que sugere maior cuidado
com o patrimônio afetivo em construção, evitando, inclusive, a banalização de
separações irresponsáveis.
Em
resumo, para os espiritismo não cabe casamento religioso, tampouco mediação de
figuras de autoridades religiosas em culto exterior.
O
matrimônio, segundo o espiritismo, segue o preceito do “dar a César o que é de
César”, atendendo às necessidades civis, sociopsicológicas, e incluindo, assim,
o rito de passagem. E o “dar a Deus o que é de Deus” significando que, do ponto
de vista divino, o casamento resulta da união dos sexos e da união amorosa.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
2 comentários:
Casamento deve sempre ser bem pensado pois hoje em dia nem dura,.... Bj Lisette.
Nenhum valor dou a ritos sociais (não falo de acertos legais),
no entanto, valorizo enormemente o compromisso assumido, tanto
que estou casado há 36 anos, sem perspectiva de separação.
Hoje Vê-se noivos que se casam em alguma igreja, dão pomposas
festas, fazem enorme alarido, e separam-se após alguns meses.
Convenção social não assegura compromisso, vale mesmo é a
convicção interna.
Beijos.
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