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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 4 de agosto de 2015

CASAMENTO, ESPIRITISMO E RITO RELIGIOSO

                O espiritismo é claramente a favor do casamento e da família, sem pretender uma indissolubilidade conjugal, por ser esta absolutamente fora das Leis Naturais da Vida.
                Casamento não é um ato marcado por assinatura de papéis, muito embora as leis civis de um país assim o possam requerer, como formalidade para atender a necessidades legais, dando-se “a César o que é de César”.
                O matrimônio se alicerça num processo de união de alma para alma, exigindo do par um contrato de coração a coração, que se vai afirmando no tempo. Compreensível, portanto, considerar o casamento não somente como o ato de casar-se, mas sim como um hábito de caminhar no acasalamento.
                É natural consignar-se a importância do rito de passagem, o qual funciona como uma necessidade psicológica perfeitamente aceitável. Isto não significa ritual religiosos, muitos embora possa estar associado à cultura social, de acordo com as crenças dos nubentes.
                Na perspectiva espírita não há rito religioso, não comportando, pois, atitudes que lembrem celebrações litúrgicas oficiadas por autoridades eclesiásticas, dentro de uma hierarquia sacerdotal que é de todo inexistente no espiritismo.
                Para a Doutrina Espírita, o casamento deve observar a lei divina, ou seja, se estabelece pela lei de amor, aliada à união sexual em nível material, conforme propõe Allan Kardec. A dimensão religiosa do espiritismo não contempla culto externo como manifestação de crença, dispensando, desse modo, todo e qualquer ritualismo, simbolismos religiosos e sacramentos, não obstante respeite profundamente as religiões que se valem desses expedientes como parte de sua estrutura de funcionamento.
                Também é justo lembrar que são os noivos que estão se consorciando, e não seus pais. Estes, com freqüência, fazem chantagens emocionais perante os filhos, a fim de imprimir, nas celebrações, seus modos, gostos e crenças, às vezes em completo desrespeito ao fator individualidade. Em muitas ocorrências chegam ao despropósito de afirmar que, caso não se concretize o matrimônio religiosos dentro das determinações que tentam impor aos filhos, não reconhecerão o enlace conjugal, ou não se farão presentes às bodas.
                É perfeitamente adequado que os nubentes orem na intimidade, a sós, ou na companhia daqueles que compartilham a experiência, rogando diretamente a Deus as bênçãos com que se fortalecerão para arcar com a responsabilidade de direcionar o navio do casament6o pelo mar da vida.
                Para a doutrina espírita, o que, efetivamente, torna sagrado um matrimônio não é a intermediação de alguém a quem se atribui uma autoridade religiosa, nem sempre em dia com a Divindade, mas sim, a qualidade divina da interação das almas que se entrelaçam nas juras de amor.
                O que diviniza um casamento não são as festividades das bodas de um dia, fáceis de concretizar, porém o quanto de amor se acrescenta a cada dia na conjugação afetiva, por meio do cuidado, do respeito, da fidelidade, da compreensão, do devotamento, da ternura, do perdão.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

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