- * - * - * - * - * - * - * - * - * - * -

- * - * - * - * - * - * - * - * - * - * -
Daisypath - Personal pictureDaisypath Anniversary tickers

CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 16 de outubro de 2010

CULPA II

As Conseqüências da Culpa não Liberada


A culpa encontra sintonia com as paisagens mais escuras da personalidade humana em que se homizia.

Os conflitos e as mesquinhezes dos sentimentos nutrem-se da presença da culpa, levando a estertores agônicos aquele que lhe sofre a injunção.

Acabrunha e desarticula os mecanismos da fraternidade, tornando o paciente arredio e triste, quando não infeliz e desmotivado.

As suas ações tornam-se policiadas pelo medo de cometer novos destinos e quase sempre é empurrado para a depressão.

Apóia-se na justificativa que é normal errar, e, sem dúvida o é, mas não permanecendo em contínua postura de equívocos, prejudicando outras pessoas, sem o reconhecimento das atitudes infelizes que devem sempre ser recuperadas.

Tormentosa é a existência de quem se nutre de culpa, sustentando-a com a sua insegurança. Tudo quanto lhe acontece de negativo, mesmo as ocorrências banais, é absorvido como sentimentos necessários à reparação.

A infância conflituosa, não poucas vezes induz o educando à raiva, ao desejo de vingança, à morte dos adultos, isto ocorre como catarse liberadora do desgosto. Quando, mais tarde, ocorre algo de infelicitador com aquele a quem foram dirigidos a ira e o desejo de desforço, a culpa instala-se, automaticamente, no enfermo, provocando arrependimento e dor.

Determinados acontecimentos têm lugar, não porque sejam desejados, mas porque sucedem dentro dos fenômenos humanos. Entretanto, a consciência aturdida aflige-se e procura mecanismos de autopunição, encontrando, na culpa, a melhor forma de descarregar o conflito.

O arrependimento, que deve ser um fenômeno normal de avaliação das ações, mediante resultados decorrentes, torna-se, na consciência de culpa, uma chaga a purgar mal-estar e desconfiança.

Como forma de esconder o conflito, surge autocomiseração, a autocompaixão, quando seria mais correto a liberação do estado emocional, mediante a reparação quando possível.

Reprimir a culpa é tão negativo quanto aceita-la como ocorrência natural, sem o discernimento da gravidade das ações praticadas.

À medida que é introjetada, ela assenhoreia-se da emoção e torna-se punitiva, castradora e perversa.

Porque nutre dos pensamentos atormentadores, o indivíduo sente-se desvalorizado e aflige-se com idéias pessimistas e desagradáveis. Acreditando-se desprezíveis, algumas personalidades de construção frágil escorregam para ações mais conflitivas.

Do Livro : CONFLITOS EXISTENCIAIS


Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis

Um comentário:

Jorge (Nectan) disse...

Quando a culpa se instala na consciência, é o começo do seu real aprendizado. É o sofrimento visitando e dizendo da necessidade da mudança interior.

Um doce beijo, Anjo!