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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 20 de novembro de 2010

ANSIEDADE I

Psicogênese da Ansiedade
                Além das conjunturas ancestrais defluentes dos conflitos trazidos de outras existências, a criança pode apresentar, desde cedo, os primeiros sintomas de ansiedade no modo inato do desconhecido – vinculação – e do não familiar. Essa vinculação apresenta um lado positivo que é o de oferecer-lhe conforto e segurança, principalmente junto à mãe com a qual interage em forma de prazer. Havendo este sentimento desde o nascimento, a criança prepara-se para uma sólida interação com a sociedade.
                Quando isso não ocorre, há a possibilidade da criança não sobreviver ou atravessar períodos difíceis, em face do medo inespecífico, originado pela ausência da mãe, chamado ansiedade livre flutuante.
                Apresenta um medo exagerado, e porque não sabe de quê, fica com mais medo. Dessa ansiedade, as aparentes ameaças externas, tornam-se enormes, culminando, na idade adulta, com uma dependência infantil.
                Quando a criança é severamente punida pelos pais, há maior necessidade de apego, tornando-a mais dependente, buscando refúgio, neles mesmos, que são os fatores de seu medo.
                Esse medo do desconhecido, impõe uma vinculação familiar que, ao ser desfeita amplia a área da ansiedade.
                O fenômeno tem as suas raízes na necessidade de reparação da afetividade que vem de outras existências espirituais, quando houve desgoverno de conduta, gerando animosidade e necessidade de apoio.
                A vinculação com o pai produz segurança, a separação proporciona angústia.
                No período inicial, essa vinculação pode ser transferida para outrem, mais tarde, a criança não tendo a mãe, chora, perturba-se e transfere a insegurança para os outros períodos da existência.
                Essa ansiedade representa a segurança que resulta de sentir-se sós, num mundo hostil, em total desamparo, levando-a a um tormento, no qual nunca está emocionalmente onde se encontra, desejando conseguir o que ainda não aconteceu.
                Como decorrência da instabilidade que a caracteriza, anseia por situações proeminentes, destaques, conquistas de valores, realização pelo amor, em mecanismos espetaculares de fuga do conflito...
                A busca do amor faz-se-lhe, tormentosa e desesperadora, como se pudesse, através desse recurso, amortecer a ansiedade. No íntimo, porém, evita envolvimentos emocionais verdadeiros por medo de os perder e vir a sofrer-lhes as conseqüências.
                Existe uma necessidade e identificação de pensamentos irracionais que são os responsáveis pelo desencadeamento da ansiedade.
                No inconsciente do indivíduo inseguro existe uma necessidade de auto-realização que, não conseguida, favorece-lhe a fuga pela ansiedade, normalmente produzindo-lhe desgaste no sistema emocional, por efeito gerando estresse no comportamento.
                No problemática dos conflitos humanos surge o recalcamento, resultado da ansiedade intensa, de um estado emocional muito semelhante ao medo.
                Por ser a ansiedade muito desagradável, o indivíduo esforça-se por ver-se livre. Não conseguindo, foge para dentro de si mesmo, experiênciando a insegurança por sentir-se impossibilitada de reprimir o que a desperta – o ato interdito.
                Processos enfemiços no organismo físico igualmente respondem pelo fenômeno da ansiedade, especialmente se o indivíduo não se encontra com estrutura emocional equilibrada para os enfrentamentos que qualquer enfermidade proporciona.
                O medo de piorar, de não se libertar da doença, recuperando a saúde, o receio da falta de recursos para atender às necessidades defluentes da situação, o temor dos comentários maliciosos de pessoas insensatas em torno da questão, o pavor da morte favorecem o distúrbio da ansiedade, que se agrava na razão direta em que as dificuldades se apresentam.
                A ansiedade é, na conjuntura social da atualidade, um grave fator de perturbação e de desequilíbrio, que merece cuidados especiais, observação profunda e terapia especializada.

Do livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS

Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis

2 comentários:

Jorge (Nectan) disse...

Denise,

tem um desafio no meu blog Boa Nova prá você.
Espero que possa aceitar.

Beijo!!!

Teresa Cristina disse...

Oiee!
Joaninha como sempre arrasa e acaba por dizer e fazer vir a tona justamente o q um ansioso sente, mas q por tanta ansiedade em si não consegue expressar....eu que o diga, é bom se propor a se autoconhecer, este é o grande convite não só de Joanna mas de Jesus.....parece fácil....mas não é, porém sei q tbém não é impossível, td é uma questão de tempo.
boas vibrações pra ti!!
bjss