Terapia para o Ciúme
Todo e qualquer distúrbio orgânico, psicológico ou mental, necessita de tratamento especializado.
Essas terapias não podem esquecer-se que o espírito, em si mesmo, é o grande enfermo. Esse conhecimento pode minimizar os efeitos perturbadores através do reencontro com as causas da existência presente, que tiveram origem no lar agressivo ou negligente, no grupo social perverso, nas condutas extravagantes ou em processos enfermiços que atingiram a organização física.
Em todos os indivíduos encontram-se os conflitos inconscientes e os mecanismos de defesa, diferenciando-se através de como são resolvidos.
O paciente ciumento, em sua insegurança, não tem qualquer consideração por si próprio, necessitando de ser conduzido à auto-estima, à superação dos conflitos de inferioridade e de insegurança, tomando conhecimento lúcido das infinitas possibilidades de equilíbrio e de afetividade que lhe estão ao alcance.
A libertação das idéias masoquistas que nele permanecem, da culpa inconsciente que necessita de punição, bem direcionada pelo psicoterapeuta, ensejar-lhe-á a compreensão de que todos erram, de que todos devem assumir a consciência dos equívocos, mas a ninguém é concedido o direito de permanecer no muro das lamentações em torno de reais ou imaginárias aflições.
O amor faculta saúde emocional e bem-estar a todos.
Quando buscado com afã, torna-se neurótico e perturbador.
A ação fraternal da solidariedade enseja uma visão diferente daquela na qual o paciente encarcera-se, acreditando-se, apenas ele, como pessoa que vive um tipo de incompletude.
A ação de benemerência direcionada ao próximo conduz ao descobrimento de quanto é saudável ajudar, facultando o entendimento dos dramas alheios e encontrando solução para os próprios conflitos.
A terapêutica da bondade ao lado da psicoterapia especializada constitui elemento constritivo para a superação do ciúme, porque, nesse serviço, o afeto se amplia, os horizontes alargam-se, os interesses deixam de ser personalistas e a visão a respeito do mundo e da sociedade torna-se mais complacente e menos rigorosa.
Do livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis
Um comentário:
Oi Denise! Temos muito que aprender...E eu aprendo muito por aqui! Bjos e obrigada pelo carinho e a visita ao meu blog!
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