A qualquer instante, cada um de nós tem a possibilidade de reescrever o texto, de reelaborar o conteúdo do livro da própria existência.
É a compreensível resistirmos ou ficarmos receosos quando a vida nos solicita tomar uma decisão, mas não podemos nos esquecer de que os “amanhãs” cuidarão de si mesmos e que o importante é vivermos bem o dia de hoje. Disse Jesus: “se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada no forno, quanto mais a vós, homens fracos na fé!”.
O procedimento utilizado diante de cada fato ou acontecimento influenciará, de modo incontestável, nosso desenvolvimento futuro e, acima de tudo, determinará nossa qualidade de vida no presente.
Decidir qual o melhor momento de aceitar ou discordar, conceder ou renunciar, ir junto ou retirar-se, não é tão fácil quanto pensamos, pois fazer escolhas apropriadas requer um trabalho interior intenso ao longo do tempo, alicerçado sobre exame paciencioso e reflexões constantes.
Optar por decisões convenientes é o resultado de um exercício contínuo de afinação com a “vontade de Deus”, que reside em todas as criaturas. Ela – a “imago Dei” – representa um “livro sagrado” que deve desvendar-se no íntimo de cada um. Tem por fim atrair o ponteiro da “bússola interior”, que indica o norte, o porto seguro, na travessia do mar da existência.
Todos aqueles que sintonizaram com essa “bússola interna” conquistaram a fé raciocinada, o senso crítico, a uniformidade no proceder, o nexo causal e a coerência de pensamentos.
O aumento da capacidade de se relacionar com o “Eu Superior” exige treino, coragem, paciência e determinação. A habilidade de escolher adequadamente não é jamais produto do acaso ou de reações acidentais, mas é diretamente proporcional à dedicação da criatura que sabe silenciar a mente e permanecer num estado de espírito que favoreça o isolamento de seu interior dos estímulos externos.
Em muitas ocasiões, o medo de escolhermos errado provém dos inúmeros “erros de cálculo” que fizemos em nosso reino íntimo. Nós não sentimos errado, mas interpretamos errado.
Ao escolhermos, é preciso prestar muita atenção em nossas sensações internas. Em certos momentos, ensinou Buda, “a mente precisa estar presente quando ocorrem os fatos e acontecimentos, e se esvaziar quando eles terminam”.
Nós precisamos estar presente. A mente precisa estar a todo momento ligada aos nossos sentidos e emoções mais profundos, para poder diferenciar quando a vida nos pede uma ação radical ou uma atitude de aceitação.
As nossas escolhas, adequadas ou não, devem ser por nós exercitadas, devem ocorrer por nossa livre escolha. A Espiritualidade Superior não deseja fazer-nos seus dependentes ou indivíduos inconscientes do processo da vida, que pedem e esperam eternas orientações.
Os benfeitores da Terra, ou de qualquer dimensão do Invisível, não querem nos transformar em seres vacilantes ou inseguros, nem em andróides ou fantoches, guiados pelos outros, e sim despertar nossa “dimensão esquecida” e religar nosso “elo perdido” ao Poder da Vida, a fim de que façamos escolhas proveitosas e ajustadas à realidade material e à espiritual.
Vale lembrar que: quem não toma decisões por si só é inseguro e imaturo; e quem não se permite utilizar o livre-arbítrio ou a liberdade de consciência é um escravo das opiniões alheias.
Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
Francisco do Espírito Santo Neto/ Espírito Hammed
4 comentários:
Como é bom ler Hammed. Uma responsabilidade a mais pois compreendendo suas ponderações, faz-se parte do nosso conhecimento e assim, um dever colocar em prática.
Minha amiga, um super-beijo!!!
Lindo texto, Denise... profundo, verdadeiro..
mais do que nunca precisamos despertar a Luz interior para evoluirmos espiritualmente, superando nossas fragilidades e limitações ....
Muito legal teu blog, um espaço de muita luz e conhecimento que alimenta nossa alma..
Beijos carinhosos!
Mariangela (blog O Despertar de uma Alma)
Denise,
muito bom reler este texto do Hammed.
Tudo na vida é uma questao de reflexao, nos conectarmos com Deus que está em nós.
Agradeco a sua visita e ja´estou te seguindo.
Um carinhoso abraco e votos de um lindo final de semana!
Vera disse...
È verdade, temos que sair da teoria, e partir pra prática da verdeira caridade.
Adorei sua visita.
Um abraço
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