Um dia,
dois homens subiram as escadarias do Templo de Salomão para fazer suas preces.
Um deles era um fariseu e outro era
um publicano.
Antes de contar a história desses
dois homens, explicaremos alguma coisa a você.
Os fariseus eram homens religiosos,
que viviam no tempo de Jesus. Eram muito orgulhosos e se consideravam
perfeitos por cumprirem as determinações da sua religião. Gostavam de discutir
sobre assuntos espirituais. Consideravam suas interpretações como as únicas
certas. Eram vaidosos pela antigüidade de sua seita religiosa. Tratavam os
partidários das outras crenças com ódio e desprezo. Achavam que “religião” era
somente a prática de cerimônias nas suas igrejas (que eram chamadas sinagogas; templo só havia um, o de
Salomão, em Jerusalém). Eram, quase sempre, cheios de vícios e erros, mas,
fingiam por palavras e atitudes que eram corretos e santos.
Os publicanos eram os cobradores de
impostos. No tempo de Jesus, a Palestina pertencia ao Império Romano. Por isso,
os judeus pagavam impostos ao Imperador. Os publicanos eram, em geral, judeus
que exerciam essa profissão: cobravam impostos de seus compatriotas em favor do
Império de Roma. Aproveitavam-se, muitas vezes, da sua função para impor multas
desonestas, roubando o povo. Por isso, eram geralmente odiados e tidos como
ladrões.
(Lucas, capítulo 18º,
versículos 9 a
14)
*
Voltemos, agora, à nossa história.
Um fariseu e um publicano subiram ao
Templo para orar.
O fariseu fazia sua oração, dizendo:
— Ó meu Deus, eu Te agradeço muito,
porque não sou semelhante aos outros homens, que são ladrões e injustos.
Agradeço-te porque não sou como este publicano indigno que está ali adiante...
Ó Senhor, todas as segundas e quintas-feiras eu jejuo, recordando a subida de
Moisés ao Monte Sinai e sua descida com as Tábulas da Lei. Dou o dizimo de tudo
quanto ganho nos meus negócios...
O publicano estava a alguma
distância do fariseu. Não tinha coragem nem de levantar os olhos ao Céu, pois
estava profundamente arrependido dos furtos que cometia ao cobrar os impostos.
Também orava, mas, sua prece era muito diferente da oração do fariseu
orgulhoso.
Dizia o publicano na sua prece: — Ó
Deus, tem misericórdia de mim, que sou um miserável pecador!
*
Que foi que aconteceu depois dessas
duas orações?
Deus ouve todas as preces que nós
Lhe fazemos. Mas, nem a todas Ele responde. A prece do, fariseu era uma
declaração de orgulho; nem merecia ser chamada prece. Deus não atende aos orgulhosos.
A oração do publicano é o grito de
uma alma arrependida de seus pecados. E é justamente isso que Deus deseja: que
nós reconheçamos nossos erros e nos emendemos, buscando o caminho do bem. Por
isso, Deus atendeu à oração do publicano e o justificou, isto é, deu-lhe novas
forças para que ele se corrigisse e caminhasse honestamente na vida.
O fariseu não teve sua oração atendida
por Deus por causa do orgulho e dureza de coração. Em lugar de suplicar as
benções de Deus para sua alma, ele, cheio de orgulho, desprezou os outros,
considerando-se muito digno. Demonstrou ignorar a Sabedoria de Deus, pois
apresentou ao Pai Celestial uma lista das coisas que fazia, como se Deus não
soubesse de tudo que acontece.
O publicano, ao contrário, foi
humilde e sincero. Reconheceu, diante de Deus, que era um pecador e pediu
perdão de suas faltas e culpas. Por isso, foi ouvido por Deus, que Lhe deu
novas forças espirituais.
Do livro: HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
CLÓVIS TAVARES
Um comentário:
Que linda parábola,Denise!
Todas sempre nos reportam a uma grande lição de vida.
Temos que saber orar ,nos arrepender sinceramente e,sempre,agradecer e não somente pedir.
Beijos e linda semana.
Donetzka
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