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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 28 de junho de 2013

A EVOLUÇÃO E FINALIDADE DA ALMA


A lei do progresso não se aplica unicamente ao homem. Ela é universal. Há, em todos os reinos da natureza, uma evolução que foi reconhecida pelos pensadores de todos os tempos. Desde a célula verde, desde o embrião flutuando nas águas, a cadeia das espécies, no decurso de séries variadas, tem-se desenrolado até nós.
Nessa cadeia, cada elo representa uma forma de existência que conduz a uma forma superior, a um organismo mais rico, mais bem adaptado às necessidades, às manifestações crescentes  da vida. Mas, na escala da evolução, o pensamento, a consciência, a liberdade aparecem apenas depois de muitos degraus. Na planta, a inteligência fica adormecida; no animal, ela sonha; apenas no homem ela acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente. A partir daí o progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da natureza, só pode realizar-se pelo acordo da vontade humana com as leis eternas.
Assim, o estudo das leis de evolução, em vez de anular a espiritualidade do homem, vem, pelo contrário, dar-lhe uma nova confirmação. Ele nos ensina como nosso corpo pode derivar de uma forma inferior pela seleção natural, mas também nos mostra que possuímos faculdades intelectuais e morais de uma origem diferente, e encontramos essa origem no universo invisível, no mundo sublime do espírito.
O mundo oculto intervém, em certas épocas, no desenvolvimento físico da humanidade, assim como intervém no domínio intelectual e moral pela revelação mediúnica. Quando uma raça que chegou ao apogeu é seguida de uma nova raça,
é racional acreditar que uma família superior de alma encarne entre os representantes da raça exausta para fazê-la subir um degrau, renovando-a e moldando-a à sua imagem. É o eterno himeneu entre o céu e a Terra, a íntima penetração da matéria pelo espírito, a efusão crescente da vida psíquica na forma em evolução.
A aparição dos homens na escala dos seres pode ser explicada dessa maneira. A embriogenia mostra que o homem é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola no decorrer dos tempos. Porém, isso é apenas o aspecto exterior do problema das origens; o aspecto interior é, por sua vez, amplo e imponente. Da mesma forma que cada nascimento se explica pela descida de uma alma vinda da espiritualidade à carne, também se explica a primeira aparição do homem no planeta, que deve ser atribuída a uma intervenção das potências invisíveis que geram a vida. A essência psíquica vem comunicar às formas animais em evolução o sopro de uma nova vida. Ela vai criar, para a manifestação da inteligência, um órgão até então desconhecido: a palavra. Elemento poderoso de toda a vida social, o verbo apareceu e, ao mesmo tempo, por meio do seu envoltório fluídico, a alma encarnada conservará a possibilidade de entrar em relações com o meio de onde saiu.
Emergir grau a grau do abismo da vida para se tornar espírito, gênio superior, e isso por seus próprios méritos e esforços; conquistar seu futuro hora a hora; libertar-se um pouco mais todos os dias do domínio das paixões, libertar-se das sugestões do egoísmo, da preguiça, do desânimo; resgatar-se pouco a pouco de suas fraquezas, de sua ignorância, ajudando seus semelhantes a se resgatarem por sua vez, arrastando todo o meio humano para um estado mais elevado: eis o papel destinado a cada alma. E ela tem, para desempenhar esse papel, toda a série de existências inumeráveis na escala magnífica dos mundos.
Tal é o caráter complexo do ser humano – espírito, energia e matéria – em que se resumem todos os elementos constitutivos, todas as potências do universo. Tudo o que está em nós está no universo, e tudo o que está no universo se encontra em nós. Pelo seu corpo fluídico e pelo seu corpo material o homem encontra-se ligado à imensa teia da vida universal e, pela sua alma, a todos os mundos invisíveis e divinos.
Temos em nós os instintos animais, mais ou menos comprimidos pelo longo
trabalho e pelas provas das existências passadas, e temos também a crisálida do anjo, do ser radioso e puro, em que podemos nos tornar pela impulsão moral, pelas aspirações do coração e pelo sacrifício constante do “eu”.

Fonte: O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR

LÉON DENIS


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