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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

SOFRIMENTO III

                É a sensibilidade emocional que filtra a dor e a exterioriza. Com ela reduzida, as agressões de toda ordem recebem resposta de violência e agressividade.
                Nas faixas mais primitivas da evolução, os fenômenos dor, desgaste, envelhecimento e morte, porque quase destituídos os seres de raciocínio e emotividade, que ainda se lhes encontram em germe, seguem uma linha direcional automatista, na qual as exceções atestam o trânsito da essência psíquica para estágios mais elevados.
                Decorre disso que o sofrimento é maior nas áreas moral e emocional, que somente se encontram nos portadores de mais alto grau de evolução, de sensibilidade, de amor, capazes de ultrapassar tais condições, sobrepondo-se-lhes mediante o controle de que se fazem possuidores, diluindo na esperança, na ternura e na certeza da vitória as injunções aflitivas.
                Fugir, escamotear, anestesiar o sofrimento são métodos ineficazes, mecanismos de alienação que postergam a realidade, somando-se sempre com a sobrecarga das complicações decorrentes do tempo perdido. Pelo contrário, uma atitude corajosa de examiná-lo e enfrentá-lo representa valioso recurso de lucidez, com efeito terapêutico propiciador de paz.
                As reações de ira, violência e rebeldia ao sofrimento mais o ampliam, pelo desencadear de novas desarmonias em áreas antes não afetadas.
                A resignação dinâmica, isto é, a aceitação do problema com uma atitude corajosa de o enfrentar e remover-lhe a causa, representa avançado passo para a sua solução.
                É de insuspeitável significação positiva o equilíbrio mental e moral diante do sofrimento, o que se consegue através do treinamento pela meditação, pela oração, que defluem do conhecimento que ilumina a consciência, orientando-a corretamente.
                Conhecer-se, na condição de espírito imortal em processo evolutivo através das experiências reencarnatórias, representa para o homem alta aquisição de valores para compreender, considerar e vencer o sofrimento, que faz parte do modus operandi de todos os seres.
                Muitas pessoas advogam que o sofrimento é a única certeza da vida, sem compreenderem que ele está na razão direta da conduta remota ou próxima mantida para cada qual.
                Pode-se dizer, portanto, que a sua presença resulta do distanciamento do amor, que lhe é o grande e eficaz antídoto.
                Interdependentes, o sofrimento e o amor são mecanismos da evolução. Quando um se afasta, o outro se apresenta. Às vezes, coroando a luta, na etapa final, ei-los que surgem simultaneamente, sem os danos que normalmente desencadeiam.
                A história dos mártires atesta-nos a legitimidade do conceito.
                Acima de todos eles, porém, destaca-se o exemplo de Jesus, lecionando, pelo amor, a vitória sobre o sofrimento durante toda a Sua vida, principalmente nos momentos culminantes do Getsémani ao Gólgota, e daí à ressurreição.

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

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