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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A VIRTUDE DOS FORTES

                A frase “sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possuis, como se trouxésseis um vestuário para ocultar as deformidades do vosso corpo”, (ese, cap. VII, item XI), chama a atenção.
                Afinal, o progresso moral do ser demanda, como é cediço, muito tempo e muito esforço, através dos quais o homem vai amealhando novas experiências, conhecimentos e virtudes, que, por extensão, fazem nele emergir as forças interiores da alma. Contudo, à medida que o homem dá mais importância aos bens terrenais do que aos espirituais – os únicos que lhe podem assegurar a verdadeira felicidade – apega-se ao exterior, tira Deus do centro e coloca-se no lugar d’Ele.
                Há, neste sentido, uma interessante frase do Espírito Paulo de Tarso, inserta na quarta parte, cap. II, pergunta 1009 de O Livro dos Espíritos: “Gravitar para a unidade divina, esse é o objetivo da humanidade”. Gravitar, em sentido estrito, significa girar em torno. Nesta perspectiva, a bem de nosso progresso, devemos deixar Deus no centro. Para isso, porém, é necessário que sejamos humildes.
                Quando o orgulho sobressai em nossas atitudes, ficamos presos às nossas próprias limitações e incapazes, portanto, de avançar para as conquistas superiores. Na sociedade terrena atual viceja, de modo geral, o culto ao materialismo, disso resultando numa completa inversão de valores. Neste diapasão, adverte Joanna de Ângelis que:
                “Há uma confusão muito grande entre os valores éticos que alçam os indivíduos aos patamares da grandeza moral e aqueles que degradam, que vendem sensações soezes, como se a existência humana devesse estar sempre num circo, dando prosseguimento indefinido ao burlesco, ao cínico, ao despudor.” (Jesus e Vida)
                Em assim sendo, a falta de resistências morais dá azo a que permaneçamos, não raramente, adstritos a comportamentos impostos por indivíduos que se consideram heróis da atualidade. Ante isso, cumpre-nos citar novamente o pensamento da Benfeitora Espiritual acima mencionada:
                “O heroísmo não se expressa através da vilania, da deformidade, do grotesco, mas sim, em decorrência a coragem e da envergadura que caracterizam os espíritos fortes, humanos e dignificadores da sociedade”.
                “Todo e qualquer investimento aplicado na transformação dos recursos espirituais para melhor e do esforço contínuo em favor da promoção da sociedade, constitui ato de heroísmo. Não apenas aqueles que tornam os seus realizadores conhecidos e comentados pelo grupo social, mas especialmente quando passam ignorados, constituindo admirável empreendimento interior em benefício da harmonia”. (Jesus e Vida)
                Desta forma inferimos que é ato de coragem lutar contra toda essa onda de materialismo e insensatez que grassam em nosso planeta nestes turbulentos dias. Para tal, é preciso ter coragem para fazer diferente. E ser humilde é fazer diferente, pois a humildade é panaceia contra os males originados pelas suscetibilidades do amor –próprio. Eis porque consideramos a humildade como sendo a virtude dos fortes.

Andres Gustavo Arruda


Fonte: Jornal Tribuna do Espiritismo – nov./2015
imagem: google

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