Começam a surgir-lhe a vergonha pelo estado em que se encontra, o constrangimento pela inutilidade existencial, dando início ao labor de renovação íntima e ao desejo de reconquistar a saúde, assim como o bem-estar sem mecanismos desculpistas ou perturbadores.
Surge as preliminares do equilíbrio emocional, o natural desejo pela recuperação, passando a ver a preguiça como algo enfadonho e monótono, irritante e sem sentido, causador de aflições desnecessárias, porquanto nada de útil dela pode ser retirado.
Esse processo proporciona estímulos para a mudança de comportamento, liberando grande quantidade de energia armazenada, que se encontrava impedida de funcionar em razão dos mecanismos de fugas da realidade.
O próximo passo é a destruição da identidade do preguiçoso, de doente ou inútil, experimentando a alegria que decorre do ato de servir, dos instrumentos ativos para a produção de tudo quanto signifique realização pessoal.
Não se trata de uma simples resolução com efeitos imediatos. É necessário que as leituras edificantes passem a influenciar os painéis mentais, e as velhas histórias de autocompaixão a que se estava acostumado, fazendo parte do cardápio existencial, cedam lugar aos estímulos da boa convivência social e afetiva, motivando aos avanços constantes.
A oração e a bionergia oferecem recursos inestimáveis, ao lado de uma psicoterapia baseada em labores bem direcionados, a fim de que o paciente volte ao mundo real com nova disposição, encontrando estímulos para prosseguir no próprio trabalho realizado.
A atividade bem dirigida constitui lubrificante eficaz nos mecanismos orgânicos e nos implementos mentais, estimulando as emoções agradáveis a conseguir a saúde integral.
Do Livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis
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