As manifestações dos espíritos não poderiam ser assemelhadas às experiências de física e química.
Ainda assim, estão estas submetidas a regras fixas, fora das quais todo resultado é impossível. Nas comunicações espíritas, achamo-nos diante não mais de forças cegas, porém de seres inteligentes, dotados de vontade e de liberdade, que, não raro, leem em nós, discernem nossas intenções malévolas e, se são de ordem elevada, cuidam pouco de se prestarem às nossas fantasias.
O estudo do mundo invisível exige muita prudência e perseverança. Somente ao fim de muitos anos de reflexão e de observação é que se adquire o conhecimento da vida, é que se aprende a julgar os homens, a discernir o seu caráter, a resguardar-se dos embustes de que está semeado o mundo. Mais difícil ainda é o conhecimento da humanidade invisível que nos cerca e paira acima de nós. O espírito desencarnado acha-se, além da morte, tal como ele próprio se fez durante sua estada neste mundo. Nem melhor nem pior. Para domar uma paixão, corrigir uma falta, atenuar um vício é, algumas vezes, necessária mais de uma existência. Daí resulta que, na multidão dos espíritos, os caracteres sérios e refletidos estão, como na Terra, em minoria, e os espíritos levianos, amantes de coisas pueris e vãs, formam numerosas legiões. O mundo invisível é, pois, em mais vasta escala, a reprodução do mundo terrestre. Lá, como aqui, a verdade e a ciência não são partilha de todos. A superioridade intelectual e moral só se obtém por um trabalho lento e contínuo, pela acumulação de progressos realizados no curso de longa série de séculos.
Sabemos, entretanto, que esse mundo oculto reage constantemente sobre o mundo corpóreo. Os mortos influenciam os vivos, os guiam e inspiram à vontade. Os espíritos atraem-se em razão de suas afinidades. Os que despiram as vestes carnais assistem os que ainda estão com elas. Estimulam-nos no caminho do bem; porém, mais vezes ainda, nos impelem ao mal.
Do livro: Depois da Morte – León Denis – cap. XXV- perigos do espiritismo
Um comentário:
Uma mensagem sábia e um alerta, devemos saber separar o joio do trigo, mas realmente quando se trata de desencarnados fica difícil, no entanto se nos assegurarmos de uma boa conduta, de mantermos dentro de nós vivos os ensinamentos do Mestre, é mais fácil distinguir, pois tudo que contraria as leis do amor é errado, desta forma a estes espíritos que não tem luz não devemos julgar, pois seria um ato de desamor, mas sim tentar passar-lhes os ensinamentos através da exemplificação da Lei em nossos atos, como o Mestre o fez, beijos Luconi
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