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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

AMOR


                Os sentimentos são conquistas do processo da evolução do ser. Desenvolvendo-se dos instintos, libertam-se dos atavismos fisiológicos automatistas para se transformarem em emoções que alcançam a beleza, a estesia, a essência das coisas e da vida, quando superiores, ou as expressões remanescentes do período primário como a cólera, o ciúme, as paixões perturbadoras.
                Na fase inicial do desenvolvimento, o ser possui as sensações em predomínio no comportamento, que o vinculam ao primitivismo, exteriorizando-se na forma de dor e prazer, de satisfação e de desgosto... As manifestações psicológicas somente a pouco e pouco se expressam, rompendo a cadeia das necessidades físicas para se apresentarem como emoções.
                Nesse processo, o ser é prisioneiro dos desejos imediatos e grosseiros da sobrevivência, com insight de percepção da harmonia, do equilíbrio, das alegrias que não decorrem do estômago ou do sexo. Lentamente, à medida que supera o egocentrismo do seu estágio infantil, desabrocham-lhe os sentimentos de valores morais, de conquistas intelectuais, culturais, artísticas, idealísticas.
                O largo trânsito pelos imp0ulsos do instinto deixa condicionamentos que devem ser reprogramados, a fim de que as emoções superem as cargas dos desejos e do utilitarismo ancestrais.
                O primeiro, e certamente mais importante, sentimento a romper o presídio dos instintos, é o amor. De começo, mediante a vinculação atávica com os genitores, os familiares, o grupo social que o protege, as pessoas que lhe propiciam o atendimento das necessidades fisiológicas.
                Logo depois, embora o desenvolvimento se faça inevitável, apresenta-se egoístico, retributivo, ainda vinculado aos interesses em jogo.
                Somente quando canalizado pela mente e pelo conhecimento, agiganta-se, constituindo-se objetivo do mecanismo existencial, capaz de se libertar dos efeitos rigorosos dos instintos.
                Face à própria historiografia, externa-se como desejo de posse, na ambição pessoal para a eleição do parceiro sexual, fraternal, amigo.
                Em razão disso, confundo-se, ainda hoje, o amor com os jogos do sexo, em tormentosos conúbios, nos quais sobressaem as sensações que os entorpecem e exaurem com facilidade.
                O amor é o alicerce mais vigoroso para a construção de uma personalidade sadia, por ser gerador de um comportamento equilibrado, por propiciar a satisfação estética das aspirações e porque emula ao desenvolvimento das faculdades de engrandecimento espiritual que dormem nos tecidos sutis do eu profundo.
                Se desperta paixões subalternas como o ciúme, o azedume, a inveja, a ira, a insegurança que fomenta o medo, ainda se encontra no primarismo dos instintos em prevalência.
                Somente quando é capaz de embelezar a existência, proporcionando  vida psíquica e emocional enriquecedora, é que se faz legítimo, com os recursos que o libertam do ego. Predominando na fase da transição – do instinto para o sentimento – o ego é o ditador que comanda as aspirações, que se convertem em conflitos, por direcionamento inadequado das forças íntimas.
                Sendo um dínamo gerador de energia criativa e reparadora, o amor-desejo pode tornar-se, pela potencialidade que possui, instrumento sórdido de escravidão, de transtornos emocionais, de compromissos perturbadores.
                A necessidade de controlá-lo, educando as emoções, é o passo decisivo para alcançar-lhe a meta felicitadora.
                Toda vez que gera tormento de qualquer natureza, insatisfação e posse, prejudica aquele que o experimenta.
                Para libertar-se dessa constrição faz-se imprescindível racionalizá-lo, descondicionando o subconsciente, retirando os estratos nele armazenados e substituindo-os por idéias otimistas, aspirações éticas.
                Gerar pensamentos de autoconfiança e gravá-los pela repetição; estabelecer programas de engrandecimento moral e fixá-los; corrigir os hábitos viciosos de utilizar as pessoas como coisas, tendo-as como descartáveis; valorizar a experiência a vivenciar, evitando a autocompaixão, a subestima pessoal, que escondem um mecanismo de inveja em referência às pessoas felizes, constituem técnicas valiosas para chegar ao patamar das emoções gratificantes.
                O amor é o grande bem a conquistar, em cujos empenho todos devem aplicar os mais valiosos recursos e esforços. Não obstante, a larga transição no instinto pode transformá-lo em adversário, pelos prejuízos que se originam quando se apresenta em desorganizada manifestação.
                Possuidor de uma pluralidade de interesses, expande-se em relação à natureza, ao próximo, a si mesmo e ao Poder Criador, abrangendo o Cosmo.
                Quando alcança a plenitude, irradia-se em forma co-criadora, em intercâmbio com as energias divinas que mantêm o equilíbrio universal: o sentimento de amor cresce e sutiliza-se de tal forma que o espírito se identifica plenamente com a vida, fruindo a paz e a integração nela.

Do livro: AUTODESCOBRIMENTO UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis                                      

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3 comentários:

Flora Maria disse...

Oi, Denise:

Só agora coloquei minha postagem da Teia Ambiental e estou visitando os blogs que normalmente participam.

Beijo

Marites Rehermann disse...

O amor...ah, o amor...razão da nossa existência, sem ele, somos apenas objetos, perdidos na imensidão do universo...Linda mensagem, amiga!
Beijos
Mari

Élys disse...

Aos poucos vamos sublimando os nossos sentimentos.

Se eu não estou enganado, hoje é o dia do seu aniversário.
Desejo-lhe muitas felicidades e alegrias em sua vida.
Beijos.