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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 13 de abril de 2013

FOBIA SOCIAL II


O homem é o único animal ético existente.
Para adquirir a condição de uma consciência ética é con­vidado a desafios contínuos, graças aos quais discerne o bem do mal, o belo do feio, o lógico do absurdo, imprimindo-se um comportamento que corresponda ao seu grau de compre­ensão existencial.
Aprofundando-se no exame dos valores, distingue-os. passando a viver conforme os padrões que estabelece como indispensáveis às metas que persegue, porqüanto pretende constituir-lhe a felicidade.
A fim de lograr o domínio desses legítimos valores, apli­ca outra das suas características essenciais, que é o de ser um animal biossocial.
A vida de relação com os demais indivíduos é-lhe essen­cial ao progresso ético.
Isolado, asselvaja-se ou entrega-se a uma submissão in­diferente, perniciosa.
As imposições do relacionamento social exterior, sem profundidade emocional, respondem por esta explosão fóbi­ca, face à ausência de segurança afetiva entre os indivíduos e à competição que grassa, desenfreada, fazendo que se veja sempre, no atual amigo, o potencial usurpador da sua função, o possível inimigo de amanhã.
Tal desconfiança arma as pessoas de suspeição, levando-as a uma conduta artificial, mediante a qual se devem apre­sentar como bem estruturadas emocionalmente, superiores às vicissitudes, capazes de enfrentar riscos, indiferentes às agressões do meio, porque seguras das suas reservas de for­ças morais.
Gerando instabilidade entre o que demonstram e aquilo que são realmente, surge o pavor de serem vencidas, deixa­das à margem, desconsideradas. O mecanismo de fuga da luta sem quartel apresenta-se-lhes como alternativa saudável, por poupar-lhes esforços que lhes parecem inúteis, desde que não se sentem inclinadas a usar dos mesmos métodos de que se crêem vítimas.
Simultaneamente, as atividades trepidantes e as festas ruidosas mais afastam os amigos, que dizem não dispor de tempo para o intercâmbio fraternal, a assistência cordial, re­ceosos, por sua vez, de igualmente tombarem, vitimados pelo mesmo mal que os ronda, implacável.
Nestas circunstâncias, mentes desencarnadas, deprimen­tes, se associam aos pacientes, complicando-lhes o quadro e empurrando-os para as psicoses profundas, irreversíveis.
A desumanização do homem, que se submete aos capri­chos do momento dourado das ilusões, conspira contra ele próprio e o seu próximo, tornando esta a geração do medo, a sociedade sem destino.

Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis


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Um comentário:

Maysa disse...

estamos lendo ....
forte abraço
elisa