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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 12 de junho de 2013

ORAR NÃO É COMO APERTAR UM BOTÃO

            
Orar bem implica movimentar energias interiores, irradiar o pensamento com o impulso da vontade e da fé sinceras; pede também concentração, apoiada no silêncio e no desligamento mental do exterior. Dessa forma, em alguns rápidos minutos, pode-se conversar com Deus, com simplicidade e eficiência. A oração virá do coração, mesmo que pobre de palavras, mas rica de idéias e sentimento.
                No entanto, a prece ansiosa, maquinalmente decorada, não refletida, carente de emoção, não atingirá seus objetivos; digamos, não chegará a quem se destina.
                A prece não muda os principais lances da vida do homem, não altera as provas por que tenha de passar, no entanto, pode abrandá-las; pode redobrar as forças interiores de resistência do indivíduo, fazendo-o encarar situações graves ou contrárias de forma mais equilibrada e racional. Além disso, o feliz hábito de orar metaboliza as energias da calma, da paciência e também da esperança.
                Embora ninguém fique sem auxílio, sem o amparo das leis divinas, a prece eventual não imuniza a pessoa das dificuldades do dia, como se apertasse um botão. Segundo o que ensina o espiritismo, a justiça de Deus leva em extrema conta a intenção e o mérito de quem pede, em oração. Os espíritos encarregados do cumprimento das Suas ordens, se chegarem a receber a solicitação, podem não atender ao que a pessoa  esteja pedindo no momento, mas não negam a análise instantânea da sua situação e possíveis medidas posteriores. Em muitas circunstâncias, determinadas experiências são necessárias para o seu aprendizado e os espíritos não julgam útil favorecê-la, a fim de não interferir no curso normal das provas que poderão beneficiá-la.
                Assim, a prece deve ser compreendida como uma busca, não de solução imediata para problemas e situações, mas de forças de renovação; um contato com energias superiores na procura de inspiração para a vida interior e de relação com o mundo.
                Quando se faz um pedido a Deus, o seu atendimento estará automaticamente ligado ao mérito e à necessidade de cada um. Deus sabe de que precisamos e atenderá sempre, com justiça, ao que for devido e imprescindível à criatura.

Cláudio Bueno da Silva


Extraído do Jornal Espiritismo Estudado – 05/2012 


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Um comentário:

tesco disse...

Engraçado isso, como os conceitos variam e terminam por se encontrar.
Clãudio fala em prece no conceito espírita, naturalmente, englobando todas as orações e modos de orar.
Já eu sempre faço distinção (teórica, claro), separando oração que o católico normalmente chama de 'reza', como "reza". Esta é a prece "ansiosa, maquinalmente decorada, não refletida, carente de emoção" a que o Cláudio se refere.
Por isso, pra mim (conceito íntimo), qualquer forma de prece é prece, como na música do Mílton: "Qualquer maneira de amor vale a pena".
Questão de palavras.
Beijos.