ERRADICAÇÃO DO MEDO
A coragem de manter contado com os próprios medos é recurso terapêutico valioso para sua erradicação.
Graças aos medos aprende-se como fazer-se algo, o que se deseja fazer e para que se quer realizar.
Enquanto não se apresenta como transtorno patológico, muitos recursos encontram-se ao alcance de quem os deseje para libertar-se dos medos.
A consciência de que se é portador do medo e se está disposto a enfrentar-lhe as nuanças e manifestações, apresenta-se como um passo inicial de excelentes resultados. O prosseguimento da atitude de confiança em favor da liberação auxilia na conquista de espaço mental, substituindo-o por novos cometimentos e aspirações edificantes que se lhe opõem.
A vitória sobre qualquer conflito resulta de esforços inteligentes e contínuos que o indivíduo se propõe com decisão e coragem.
Mesmo quando superado o medo, não significa sua eliminação, novas situações podem exigir precaução e vigilância que se apresentarão em forma de temor.
Alicerçadas nos bons resultados já conseguidos, as novas tentativas serão mais fáceis.
A grande terapia para todos os tipos de medo é o amor. Amor a si mesmo, ao seu próximo e a Deus.
A si mesmo, de forma respeitosa e racional, considerando a utilidade da existência e o que a vida espera de cada um, desde que todos somente esperam da vida a sua contribuição. Quando diminuam as doações que a vida oferece, chega o momento da retribuição, no qual é preciso que se lhe dê sustentação, harmonia para que o melhor mossa acontecer em relação aos demais.
Assim expressa-se o amor ao próximo, mediante o qual a vida adquire sentido e o relacionamento se vitaliza, porque centrado no interesse pelo bem-estar do outro, irradia-se bondade e ternura em seu benefício, sem o propósito negocista de receber-se compensação.
Esse intercâmbio que une as criaturas umas às outras, leva-as à afeição pela natureza e por todas as formas vivas ou não, alcançando o amor a Deus, no esforço de preservação de tudo.
Quando ama, o ser enriquece-se de coragem, embora não possa evitar os enfrentamentos em face dos impulsos edificantes que do amor emanam.
Assim, a solidariedade abre os braços fraternos em favor do próximo, experimentando-se valiosa fortuna de amar-se, desmascarando-se a artimanha do medo que o distanciava dessa emoção.
Mantendo-se o sentimento de amor no imo, torna-se fácil converter desilusão em nova esperança e insucesso em experiência positiva.
A escolha é de cada um: o medo ou o amor, já que os dois não convivem no mesmo espaço emocional.
É comum ouvir-se alguém em queixa a respeito da própria capacidade de conhecimento, das possibilidades de realização pessoal em face do medo de insucesso e de erro.
Muito pior é não tentar, não saber com segurança a respeito de si mesmo, preferindo a dúvida mesquinha.
Quando não se consegue êxito, adquire-se o exato conhecimento de onde se encontra a falha ou a carência, podendo-se e devendo-se voltar aos tentames com novas cargas de que não se dispunha antes.
Quando os medos são inspirados por adversários desencarnados, a oração-terapia gera um clima psíquico tão elevado que o opositor perde contato com a vítima. Haurem-se resistência e vitalidade para vencer-se os limites e vitalizar-se de forças.
Ao equivocar-se, ao invés de uma reação de raiva pelo erro, permita-se compaixão, considerando-se o estágio de humanidade em que se encontra e age.
Do Livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis
Um comentário:
O caminho para Deus é para dentro de nós mesmos. Ir de encontro ao deus interno é conhecer-se a nós mesmos, nos aceitando e nos valorizando. daí um passo para o auto-amor. Afinal, como dizer que ama as pessoas se ainda não nos amamos?
Anjo, um doce beijo no coração!!!
Postar um comentário