Psicogênese da Neurastenia
A neurastenia é uma enfermidade de adaptação, apresentando alterações no mecanismo normal de adaptabilidade do indivíduo. Cientistas constataram um aumento de secreção da adrenalina sobre a atividade muscular, avolumando a combustão do glicogênio e produzindo a diminuição do nível da glicose no sangue, afetando o sistema neurovegetativo.
É uma espécie de fuga da realidade, como escusa inconsciente do paciente em relação aos fracassos pessoais, às realidades de natureza perturbadora. Ocorre uma perda de interesse pelos acontecimentos e desmotivação para realizações enobrecedoras por ausência de auto-estima e de coragem para ultrapassar os limites exigíveis.
O cansaço demasiado desempenha um papel fundamental na eclosão do processo neurastênico, por produzir a fatigabilidade que poderia ser transitória, não fossem a sua continuidade e permanência, tornando-se patológico esse esgotamento nervoso, decorrente da estafa, desde que o repouso não logra restabelecer o equilíbrio somático.
É nesse estágio que se apresentam a irritabilidade, o mau humor, o pessimismo, caracterizando a presença da neurastenia.
Não se trata somente do excesso de atividade em si mesmo, mas da forma como o trabalho é desenvolvido, das motivações que o promovem, das compensações que faculta. Noutras vezes é a falta de auto-confiança em relação ao seu êxito, ou da imposição exibicionista de aparecer, como também da timidez que necessita de proteção mesmo que inconsciente.
Quando o móvel do trabalho é idealista e plenificador, os estímulos emocionais diluem a estafa ou facilitam a renovação de forças, sem que o cansaço desarticule os equipamentos do sistema de forças, sem que o cansaço desarticule os equipamentos do sistema vago-vegetativo.
Na nosologia da neurastenia, a ansiedade é responsável pela incompletude do paciente que trabalhe com afã e, mesmo quando em repouso permanece em agitação, acreditando-se defraudador do tempo e de conduta irresponsável.
A adrenalina secretada pelas glândulas supra-renais é desencadeadora de distúrbios glicêmicos, que poderiam apresentar-se em síndrome neurastênica.
Incontestavelmente é o espírito o responsável pelo distúrbio, em face da culpa decorrente da ociosidade e da extorsão de outras vidas em existências pretéritas, agora gerando os processos de recuperação através da recuperação dolorosa.
A instabilidade emocional em forma de labilidade impele-o ao trabalho descontrolado que o atormenta, quando deveria ser-lhe terapêutico.
Do livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis
2 comentários:
Amei seu blog,
muito esclarecedor!!!
Muita Luz!!!
Muito legal ter uma visão patológica sobre o assunto.
Um dos maiores flagelos da humanidade é o sentimento de culpa e de remorso, quando isso for erradicado completamente a maioria das doenças desaparecerão.
Vim lhe desejar um Natal abençoado e um Ano Novo cheio de realizações
Beijos no coração!
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