Desenvolvimento da Violência
O cinismo é uma característica do indivíduo violento, que surge no período infantil, prolongando-se pela adolescência, em que revela os pendores agressivos com mais intensidade, assim alcançando a idade adulta, sem uma adaptação equilibrada ao meio social.
Esse tipo de sociopatia faculta ao paciente uma existência egocêntrica, conduta teatral, superficial, sem controle da impulsividade, possuidor de muita leviandade, ausência de sentimentos fraternos em relação às demais pessoas, acreditando-se portador de valores que realmente não tem.
Não dispondo de um sentimento organizado, é insensível ao amor, embora exigente e insatisfeito, sempre demonstrando ressentimento contra as pessoas a quem não se afeiçoa. Invariavelmente é hábil na maneira de manipular aqueles com quem convive, mentindo desordenadamente, sem escrúpulos, duvidando da inteligência dos outros...
Quando desmascarado na conduta excêntrica e mentirosa que se permite, parece arrepender-se, a fim de cativar as suas vítimas, mantendo-se, porém, insensível a qualquer transformação moral para melhor.
Sabe dissimular o comportamento, tornando-se gentil e simpático. Mesmo que esse distúrbio seja exclusivamente moral, torna-se necessário a ajuda médica, a fim de corrigir perturbações nas sinapses neuroniais que geram o desconforto comportamental.
Revela-se na convivência doméstica, escolar, comunitária, na área de serviço quando o paciente trabalha regularmente, manifestando-se em conduta agressiva, culminando, quase sempre, em lutas com o usem armas.
Quando não se pode desforçar naqueles que considera como adversários, maltrata os animais, as planta, destrói objetos pertencentes aos que tem como desafetos, de forma que produza mal-estar, ou entrega-se a verdadeiros comportamentos de vandalismo, que podem levar a lamentáveis ações de terrorismo covarde, qual vem ocorrendo na atualidade...
Na juventude, sentindo-se frustrado, irrealizado, pode entregar-se a estupros, em face de conflitos a respeito da própria sexualidade desequilibrada.
O paciente, quando não dispõe de coragem para a agressão, na qual pode ser vítima da impulsividade, derrapa em furtos e roubos, rejubilando-se com os prejuízos que causa a outros indivíduos e à comunidade, que procura depredar na insânia que o devasta.
Alguns desses transtornos podem decorrer de desajustes do sistema nervoso central, perturbações profundas que geram alterações disrítmicas do sistema nervoso central, podendo ser consideradas como hiperatividade com déficit de atenção.
Desajustando-se, cada vez mais, o paciente pode tombar num transtorno psicótico com delírios, que o leva a ações criminosas hediondas, sem dar-se conta do total desequilíbrio que o devasta.
Esse tipo de delírio é de natureza persecutória – a mania de perseguição – em legítimas crises de paranóia, quando se sente acossado por pessoas ou grupos que se organizam com o fim de destruí-lo, por não o amare, em razão de ele estar programado para ações humanitárias e salvadoras da sociedade...
A agressividade e o crime são quase que inevitáveis.
Do livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis
2 comentários:
Oi,Denise!Obrigada pela visita,vivemos cada vez mais num mundo mais violento que as pessoas são capazes de qualquer coisa por dinheiro, chegamos no extremo do cinismo, da individualidade, do desamor e da falta de compaixão, as vezes me pergunto o que será de nós?
Beijos
denise adorei seu blog, que ótimo que tem alguem com força de vontade como você, seu blog só acrescenta na vida de um ser humano, parabéns, continue assim, seus posts são um melhor que o outro, bj e vou te link lá no meu blog
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