Podemos pensar que o espírito, o ser humano, é algo incognoscível em si, porém quando ele se expressa ele é e será sempre algo de si mesmo e do meio no qual se apresenta. Em suas manifestações externas ele sempre revela aspectos de sua essência mesclados a outros do meio no qual se apresenta. Sempre que se expresse será individual e coletivo ao mesmo tempo.
Sua identidade estará condicionada ao momento, ao resultante do acúmulo de suas experiências reencarnatórias e à sua singularidade. Os espíritos são distintos não só pelas diferentes experiências ao longo da evolução como também pela singularidade que o Criador imprimiu em cada um, no ato da criação. Naquele momento, o Criador, sem estabelecer hierarquia ou injustiça, estabeleceu a unidade de cada ser.
O espírito logicamente é único em si. Não é possível haver duas coisas iguais, pois a unidade é o fundamento do universo. A diversidade de unidades constitui uma Unidade.
Nossa identidade se faz não apenas pelas aparências ou pelas características intelectuais, emocionais ou sociais adquiridas ao longo da evolução, mas principalmente pelo sentido pessoal de existir. Cada um é o que lhe constitui o mundo íntimo, construído por sobre a base da singularidade gerada pelo Criador. Buscar reconhecer em si a própria individualidade, isto é, aquilo que em nós difere dos outros, é fundamental para o crescimento espiritual.
O que distinguiu um espírito de outro no ato da criação? A resposta não deverá contradizer o princípio da igualdade em Deus. Ele não nos fez em série ou em duplas. Somos singularidades divinas a serviço do próprio processo de auto-iluminação.
A personalidade é a maneira singular pela qual o indivíduo responde ao meio. A personalidade não se resume em atos comportamentais, pois é também e principalmente a estrutura que os modela e que decide sobre as respostas a serem dadas. Alguns atributos do espírito antes de reencarnar serão privilegiados em face das provas a que ele se submeterá. O conhecimento prévio das provas e o meio em que encarnará permitirá que tais atributos sejam discriminados.
O comportamento não define nem resume a personalidade humana. Ele é tão somente um de seus componentes, visto que boa parte do que se pensa e sente não se expressa nas atitudes. Não se pode desprezar a necessidade de estabelecer um conceito dinâmico para a personalidade. Não só pela condição essencial do espírito como elemento oriundo da força criadora divina, como pela necessidade de entendermos como resultante também da dinâmica da relação com um outro. Por si só o espírito não se define, visto que sua existência está atrelada à de Deus, e sua personalidade está à de outro ser.
O desenvolvimento da personalidade, a partir da infância, refere-se à retomada do ego, ou melhor, à formação de um novo ego. É comum se confundir personalidade com ego. A estruturação ou consolidação do ego se dá por uma integração contínua de fatores motivacionais, emocionais e cognitivos internos. As características do ego não englobam os aspectos pertencentes à personalidade. A formação dela transcende os limites de uma existência e nela estão inclusos os conteúdos inconscientes. O ego é apenas uma forma dinâmica e funcional da personalidade se manifestar.
O que chamamos de personalidade não é o espírito em si, visto que ele não apresenta a gama de sensações, emoções, pensamentos, idéias e sentimentos existentes na totalidade que engloba também o corpo e o perispírito.
Muitas são as possibilidades da personalidade encarnada. Em si, o ser contém as potencialidades divinas e a capacidade de desenvolvê-las. Por conta da cultura e da sociedade nos privamos de manifestar tudo de bom que encerramos em nós mesmos. Acostumamos a projetar nossas melhores qualidades e potenciais em figuras que as apresentaram, acreditando, por vezes, que só elas as possuem. O que o outro possui existe potencialmente em nós. É dever de todo ser humano ir à busca do que realmente é. A individualidade é o próprio espírito com suas aquisições das leis de Deus. Ela independe do corpo físico e do perispírito, pois é o rótulo de Deus na natureza.
Do livro: PSICOLOGIA DO ESPÍRITO
Adenáuer Novaes
4 comentários:
EI tudo bem
Todas as pessoas que encontramos nesta vida,
com certeza não são por acaso...
Algumas nos provocam diferentes tipos de
sentimentos...
Experimentamos amor, paixão, raiva, alegrias...
De repente alguém surge em nossa vida, e por
afinidade ou algo inexplicável, adquirimos por
essa pessoa um sentimento carinhoso... único.
São amizades eternas... amigos são preciosidades!
São laços que criamos e que devemos sempre
cultivar... Nos dão forças pra continuar!
Que maravilha este nosso mundo!!!
Não importa se virtual ou real...
Sentir, experimentar emoções e ao mesmo tempo
Amar, pois todos os sentimentos nada mais são do
que AMOR!
BJOS
Olá Denise!!Vim agradecer sua visita e dizer do prazer de encontrar mais um companheiro da doutrina.Sigo-a com alegria!!
Penso que gostará de conhecer meu blog espírita;espero-a lá!!!
http://rumoslibertadores.blogspot.com
Oi amada tudo bem ? tem selinho pra você no blog CLARIDADE E AMOR.Beijos
Olá amiga!
Para os espíritas,sincero e crente,mais do que sua fé na Doutrina,hoje,vale a consolidação da certeza da vida eterna amanhã.E essa não se impõe,mas sim,adiquire-se.
Beijossssssss
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