A rigor, família é uma instituição social que compreende indivíduos ligados entre si por laços consangüíneos.
A formação do grupo familiar tem como finalidade a educação, implicando, porém, outros tantos fatores como amor, atenção, compreensão, coerência e, sobretudo, respeito à individualidade de cada componente do instituto doméstico.
Com o espiritismo, porém, esse conceito de família se alarga, porque os velhos padrões patriarcais, impositivos e machistas do passado, cedem lugar a um clã familiar de visão mais ampla de vivência coletiva, dentro das bases da reencarnação. Por admitir que os laços da parentela são preexistentes à jornada atual, os preconceitos de cor, de sangue, sociais e afetivos caem por terra, em face da possibilidade de as almas retornarem ao mesmo domicílio, ocupando roupagens físicas conforme as necessidades evolutivas.
As afeições reais do espírito sobrevivem à destruição do corpo e permanecem indissolúveis e eternas, nutrindo-se cada vez mais de mútuas afinidades, enquanto que as atrações materiais, cujo único objetivo são as ilusões passageiras e os interesses do orgulho, extinguem-se com a “causa que os fez nascer”.
Assim, vemos famílias que adotam a “eliminação quase total da vida particular”. A atenção é focalizada de forma exclusiva no grupo familiar, cujos integrantes vivem neuroticamente uns para os outros. Bloqueiam seus direitos à própria vida, à liberdade de agir e de pensar e ao processo de desenvolvimento espiritual, para se ocuparem de cuidados improdutivos e alienatórios entre si. Vivem uns para os outros numa “simbiose doentia”.
Os elementos que vivem presos a esse relacionamento de permuta egoísta afirmam para si mesmos: “Se eu me sacrifico pelo outro, exijo que ele se dedique a mim”. Não se trata de caridade, e sim de compromissos impostos entre dois ou mais indivíduos de juntos viverem, visando ao bem-estar familiar. Na verdade, não estão exercitando o discernimento necessário para enxergar a autêntica satisfação de cada um como pessoa.
Não nos referimos aqui ao companheirismo afetivo, tão reconfortante e vital à família, mas a uma postura obrigatória pela qual indivíduos se vigiam e se encarceram reciprocamente.
Encontramos também outras famílias que não se formaram por afeições sinceras; fazem comparações e observam características de outras famílias que invejam e que buscam copiar a qualquer custo: são as chamadas “alpinistas sociais”.
Procuraram formar o lar afeiçoadas a modelos de elegância e a peculiaridades obstinadas de afetação social, moldando o recinto doméstico ao que eles idealizam a seu bel-prazer como “chique”.
Vestem-se à imagem dos outros, comparam carros, móveis, gostos e comidas; negam a cada membro, de forma nociva, a verdadeira vocação, tentando sempre copiar modos de viver que não condizem com suas reais motivações.
Há ainda outras agremiações familiares denominadas “exibicionistas”, em que os membros do lar se associam para suprir a necessidade que nutrem de ser vistos, ouvidos, apreciados e admirados. Ajudam-se mutuamente, ressaltando uns a imagem dos outros e focalizando áreas que podem ser valorizadas pelo social, como,m por exemplo, a beleza física ou o recurso financeiro.
As pessoas vaidosas desse tipo familiar, quando bem sucedidas ou conceituadas, alimentam exibição sistemática diante dos outros, como forma de compensação ao orgulho de que estão revestidas.
Assim considerando, os laços de família formados em bases de fidelidade, amor, respeito e dedicação, perdurarão pela eternidade e serão cada vez mais fortalecidos. Os espíritos simpáticos envolvidos nessas uniões usufruem indizível felicidade por estar juntos trabalhando para o seu progresso espiritual. “Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra: a morte as separa sobre a Terra e no céu”, conforme nos certifica literalmente o texto de O Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo IV item 8.
Do livro: RENOVANDO ATITUDES
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed
8 comentários:
Oi querida!
Passando rapidinho pra saber como vc está e deixar beijo, beijo!
She
Olá!!
Muito bom o texto!Penso assim!
Beijos
Boa semana!
Os laços de família são, realmente, àqueles que já vêm de muito longe. Creio inclusive, que alguma amizade feita aqui neste universo dos blogs, faz parte desse contexto.
beijos.
OLA QUERIDA QUE ÓTIMO TEXTO,VALE COMO UMA AULA DE ESPIRITUALIDADE,NELE TEM MUITO A SER ESTUDADO,
E PENSADO COM MUITO CUIDADO UM ABRAÇO BJS MARLENE
Nossos familiares são almas conhecidas de muito tempo...
Amei seu texto!!!
Lindo Dia Abençoado!!!
Muita LUZ!!!
Oi, Denise
Seu texto é de uma contribuição valorosa. A família é a base de tudo. É ela que transborda amor para que sejam estruturadas bases sólidas nas relações entre os homens.
Belo post!
Em tempo, amiga, obrigada pelas suas visitas tão carinhosas e agregadoras nos meus blogs.
Beijo em seu coração, com muito carinho!
Doce Denise,
Maravilhoso e verdadeiro esse seu conceito de família!
Beijos Av3ssos,
Lígia
Denise querida,
Fantástica mensagem.
É uma alegria para o nosso espírito quando encontramos afinidades no nosso meio familiar, isto quer dizer que estamos num reencontro de Almas nesta dimensão.
E quando não encontramos a mesma simpatia e atração por algumas pessoas da nossa família, devemos abençoar esta situação.
Pois é uma nova oportunidade que estamos tendo para reparar alguns erros cometidos em encarnações anteriores.
Eu sei que esta é a parte mais difícil, não é fácil.
De primeiro momento não conseguimos nos controlar, mas cabe á cada um fazer uma boa reforma íntima e compreender que estamos aqui para nos transformar, crescer e evoluir.
Um grande beijo em seu coração!!!
Lú
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