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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 18 de agosto de 2012

O HOMEM PSICOLÓGICO MADURO I


        O ser humano é o mais alto e nobre investimento da vida, momento grandioso do processo evolutivo que, para atingir a sua culminância, atravessa dife­rentes fases que lhe permitem a estruturação psico­lógico, seu amadurecimento, sua individuação, con­forme Jung.
Ao atingir a idade adulta deve estar em condi­ções de viver as suas responsabilidades e os desafi­os existenciais. É comum, no entanto, perceber-se que o desenvolvimento fisiológico raramente faz-se acom­panhar do seu correspondente emocional, o que se transforma em conflito, quando um aspecto não é identificado com o outro. Em tal caso, o período in­fantil alonga-se e predomina, fazendo-se caracterís­tica de uma personalidade instável, atormentada, in­segura, depressiva ou agressiva, ocultando-se sob vários mecanismos perturbadores.
O seu processo de amadurecimento psicológico, portanto, pode ser comparado a uma larga gestação, cujo parto doloroso propicia especial plenificação.
Procedente de atavismos agressivos, imantado ainda aos instintos, o ser cresce sob pressões que lhe despertam a necessidade de desabrochar os valores adormecidos, qual semente que se intumesce sob as cargas esmagadoras do solo, a fim de libertar o vege­tal embrionário, que se agigantará através do tempo.
Fatores compressivos e difíceis de liberados, pe­los processos castradores do ambiente, quase sem­pre contribuem para que se prolongue a sua imaturi­dade psicológica.
Do ponto de vista tradicional, apresentam-se os fatores hereditários, psicossociais, econômicos, que colaboram positiva ou negativamente para o desen­volvimento psicológico, quase sempre contribuindo para a preservação do estado de imaturidade.
Graças à sua constituição emocional e orgânica, na vida infantil o ser é egocêntrico, qual animal que não discerne, acreditando que tudo gira em torno do seu universo, tornando-se, em conseqüência, impie­doso, por ser destituído de afetividade ainda não de­senvolvida, que o propele à liberdade excessiva e aos estados caprichosos de comportamento.
Passado esse primeiro período, faz-se ególatra, acumulando tudo e apenas pensando em si, em fati­gante esforço de completar-se, isolando-se socialmen­te dos demais ou considerando as outras pessoas como descartáveis, cujo valor acaba quando desaparece a utilidade, de imediato ignorando-as, desprezando-as...
Em sucessão, apresenta-se introvertido, egoísta, possuindo sem repartir, detentor de coisas, não de paz pessoal.
A imaturidade expressa-se através da preserva­ção dos conflitos, graças aos quais muda de compor­tamento sem liberar-se da injunção causal, que são a frustração, o desconforto moral, a presença da infân­cia. E mesmo quando se apresenta completado, as suas reações prosseguem infantis, destituídas de sen­sibilidade, no tormento de metas sem significado.
Para ele, o sentido da vida permanece adstrito ao círculo estreito da aquisição de coisas e à sujeição de outras pessoas aos seus caprichos. Torna-se ditador impiedoso, sicário implacável, juiz cruel. Proporciona-lhe prazer mórbido a dependência das massas e dos indivíduos particularmente, fruindo, de maneira ma­soquista, do prazer na dor própria ou alheia, desen­volvendo a degenerescência afetiva até o naufrágio fatal...

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

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Um comentário:

Calu Barros disse...

Altamente esclarecedora toda esta conceituação dos caracteres sobre a imaturidade emocional, que é muito mais comum do que gostaríamos.
Obrigada pela partilha, Denise.
Bjos,
Calu