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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 27 de abril de 2013

ÓDIO E SUICÍDIO I


Liberar-se do forte cipoal das paixões animalizantes para os logros da razão é o grande desafio que tem pela frente.
Onde quer que vá, encontra-se consigo mesmo.
Os mitos de todos os povos, na história das artes, das filo­sofias e das religiões, apresentam a luta contínua do ser liber­tando-se da argamassa celular, arrebentando algemas para fir­mar-se na liberdade que passa a usar, agressivamente, no co­meço, até converter-se em um estado de consciência ética plenificador, carregado de paz.
Em cada mito do passado surge o homem em luta contra forças soberanas que o punem, o esmagam, o dominam.
Gerado o conceito da desobediência, o reflexo da puni­ção assoma dominador, reduzindo o calceta a uma posição ínfima, contra a qual não se pode levantar, sequer justificar a fragilidade.
Essa incapacidade de enfrentar o imponderável — as for­ças desgovernadas e prepotentes — mais tarde se apresenta camuflada em forma de rebelião inconsciente contra a exis­tência física, contra a vida em si mesma.
Obrigado mais a temer esses opressores, do que a os amar, compelido a negociar a felicidade mediante oferendas e cul­tos, extravagantes ou não, sente-se coibido na sua liberdade de ser, então rebelando-se e passando a uma atitude formal em prejuízo da real, a um comportamento social e religioso conveniente ao invés de ideal, vivendo fenômenos neuróti­cos que o deprimem ou o exaltam, como efeitos naturais de sua rebelião íntima.
Ao mesmo tempo, procurando deter os instintos agressi­vos nele jacentes, sem os saber canalizar, sofre reações psi­cológicas que lhe perturbam o sistema emocional.
O ressentimento — que é uma manifestação da impotência agressiva não exteriorizada — converte-se em travo de amar­gura, a tornar insuportável a convivência com aqueles contra os quais se volta.
Antegozando o desforço — que é a realização íntima da fraqueza, da covardia moral — dá guarida ao ódio que o com­bure, tornando a sua existência como a do outro em um ver­dadeiro inferno.
O ódio é o filho predileto da selvageria que permanece em a natureza humana. Irracional, ele trabalha pela destrui­ção de seu oponente, real ou imaginário, não cessando, mes­mo após a derrota daquele.
Quando não pode descarregar as energias em descontrole contra o opositor, volta-se contra si mesmo articulando me­canismos de autodestruição, graças aos quais se vinga da so­ciedade que nele vige.
Os danos que o ódio proporciona ao psiquismo, por des­trambelhar a delicada maquinaria que exterioriza o pensa­mento e mantém a harmonia do ser, tornam-se de difícil cata­logação.
Simultaneamente, advêm reações orgânicas que se refletem nas funções hepáticas, digestivas, circulatórias, dando origem a futuros processos cancerígenos, cardíacos, cere­brais...
A irradiação do ódio é portadora de carga destrutiva que, não raro, corrói as engrenagens do emissor como alcança aquele contra quem vai direcionada, caso este sintonize em faixa de equivalência vibratória.
Lixo do inconsciente, o ódio extravasa todo o conteúdo de paixões mesquinhas, representativas do primarismo evo­lutivo e cultural.
Algumas escolas, na área da psicologia, preconizam como terapia, a liberação da agressividade, do ódio, dos recalques e castrações, mediante a permissão do vocabulário chulo, das diatribes nas sessões de grupo, das acusações recíprocas, pre­tendendo o enfraquecimento das tensões, ao mesmo tempo a conquista da auto-realização, da segurança pessoal.

(continua)

Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis

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2 comentários:

Anônimo disse...

esse é um texto para se pensar muito,Denise.Ainda bem que vai continuar.

O ódio provoca doenças fícas(está provado!) e sofre mais quem odeia do que quem é odiado.

É um tipo de sentimento que se deve abolir da alma.

Muitas vezes chega quando se é atacado por espíritos infeiores.

Por isso,o "Orai e Vigiai" é tão importante.



Lindo fim de semana de Paz Profunda,amiga.


Bjs

Donetzka

Irmãos de luz disse...

não deixe este lindo Blog, continue irmã!
: )