A curiosidade pelo desconhecido, a
tendência de investigar os fenômenos novos são atrações para a mente perquiridora,
que encontra recursos hábeis para os cometimentos.
A intuição da vida, o instinto de preservação da existência,
as experiências psíquicas do passado e para-psicológicas do presente atestam
que a morte é um veículo de
transferência do ser energético pensante, de uma fase ou estágio vibratório
para outro, sem expressiva alteração estrutural da sua psicologia. Assim,
morre-se como se vive, com os mesmos conteúdos psicológicos que são os
alicerces (inconsciência) do eu racional (consciência.)
Nesta panorâmica da vida (no corpo) e da morte (do corpo)
ressalta um fator decisivo no comportamento humano: o apego à matéria, com as
conseqüentes emoções perturbadoras e extratos do comportamento contaminados,
jacentes na personalidade.
Sob um ponto de vista, a manifestação do instinto de conservação é valiosa,
por limitar os tresvarios do homem que, diante de qualquer vicissitude,
apelaria para o suicídio, qual acontece com certos psicopatas. De certo modo,
frenado, inconscientemente, enfrenta os problemas e supera-os com a ação
eficiente do seu esforço dirigido corretamente.
Por outro lado, os esclarecimentos religiosos, embora a
multiplicidade dos seus enfoques, demonstrando que a morte é período de
transição entre duas fases da vida, contribuem para demitizar o pavor do
aniquilamento.
Definitivamente, as experiências psíquicas, parapsicológicas
e mediúnicas, provocadas ou naturais, têm trazido importante contribuição para
eqüacionar o problema da morte, dando sentido à existência.
Conscientizando-se, o homem, da continuidade do ser pensante
após as transformações do corpo através da morte da forma, alteram-se-lhe,
totalmente, os conceitos sobre a vida e a sua conduta no transcurso da
experiência orgânica.
De qualquer forma, reservar espaços mentais para o desapego
das coisas, das pessoas e das posições, analisando a inevitabilidade da morte,
que obriga o indivíduo a tudo deixar, é uma terapia saudável e necessária para
um trânsito feliz pelo mundo objetivo.
Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: amigosespiritasonline.blogspot.com
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