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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

AUTO-CONHECIMENTO II

                A necessidade, portanto, do autodescobrimento, em uma panorâmica racional, torna-se inadiável, a fim de favorecer a recuperação, quando em estado de desarmonia, ou o crescimento , se portador de valores intrínsecos latentes. Enquanto não se conscientize das próprias possibilidades, o indivíduo aturde-se em conflitos de natureza destrutiva, ou foge espetacularmente para estados depressivos, mergulhando em psicoses de vária ordem, que o dominam e inviabilizam a sua evolução, pelo menos momentaneamente.
                A experiência do autodescobrimento faculta-lhe identificar os limites e as dependências, as aspirações verdadeiras e as falsas, os embustes do ego e as imposturas da ilusão.
                Remanesce-lhe no comportamento, como herança dos patamares já vencidos pela evolução, a dualidade do negativismo e do positivismo diante das decisões a tomar.
                Não identificado com os propósitos da finalidade superior da vida, quando convidado à libertação dos vícios e paixões perturbadodras, das aflições e tendências destrutivas, essa dualidade do negativo e do positivo desenha-se-lhe no pensamento, dificultando-lhe a decisão. É comum, então, o assalto mental pela dúvida: isto ou aquilo? A definição faz-se com insegurança e o investimento para a execução do propósito novo diminui ou desaparece em face das contínuas incertezas.
                Fazem-se imprescindíveis alguns requisitos para lograr-se o autodescobrimento com a finalidade de bem-estar e dos logros plenos, a saber: satisfação pelo que se é, ou se possui, ou como se encontra; desejo sincero de mudança; persistência no tentame; disposição para aceitar-se e vencer-se; capacidade para crescer emocionalmente.
                Porque se desconhece, vitimado por heranças ancestrais – de outras reencarnações -, de castrações domésticas, de fobias que prevalecem da infância, pela falta de amadurecimento psicológico e outros, o indivíduo permanece fragilizado, susceptível aos estímulos negativos, por falta da autoestima, do autorrespeito, dominado pelos complexos de inferioridade e pela timidez, refugiando-se na insegurança e padecendo aflições perfeitamente superáveis, que lhe cumpre ultrapassar mediante cuidadoso programa de discernimento dos objetivos da vida e pelo empenho em vivenciá-lo.
                Inadvertidamente ou por comodidade, a maioria das pessoas aceita e submete-se, e acreditando merecer o sofrimento e infelicidade com que se vê a braços, quando o propósito da Divindade para com as suas criaturas é a plenitude, é a perfeição.
                Dominado pela conduta infantil dos prêmios e dos castigos, o indivíduo não amadurece o eu profundo, continuando sob o jugo dos caprichos do ego, confundindo resignação com indiferença pela própria realização espiritual. A resignação deve ser um estado de aceitação da ocorrência – dor sem revolta, porém atuando para erradica-la.
                Liberando-se das imagens errôneas a respeito da vida, o ser deve assumir a realidade do processo da evolução e vencer-se, superando os fatores de perturbação e de destruição.

AUTODESCOBRIMENTO: UMA BUSCA INTERIOR
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

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