Os
índices de corrupção no mundo são assustadores. Isso tem suscitado muitos
questionamentos sobre as razões desse comportamento do homem.
Como
o Cristianismo ensina um comportamento diametralmente oposto, o índice de
corrupção deveria ser muito pequeno nos países cristãos.
O
apóstolo Pedro, em sua segunda carta aos cristãos, aborda dois aspectos desse
comportamento. Num deles, coloca a corrupção como vencedora e o que a pratica
como vencido por ela, consequentemente seu escravo. No outro, aborda a
responsabilidade do cristão que não resiste à sedução dos interesses materiais.
Envolve-se em ato de corrupção e fica numa situação pior, devido à consciência
de estar agindo em desacordo com os ensinamentos evangélicos e, portanto,
contrariamente às leis de Deus.
O
Espiritismo nos apresenta uma explicação lógica para esse comportamento humano
inadequado. Sem dúvida, a prática da corrupção é uma das consequências do
egoísmo, tema que é estudado nas questões 913 até 917 de O Livro dos Espíritos.
Ensinam-nos
os Espíritos que todos os males decorrem do egoísmo, imperfeição moral que não
diminui com o desenvolvimento intelectual. Ao contrário, pode até
fortalecer-se, porque o homem vislumbra a possibilidade de usar a sua
inteligência, conhecimentos e habilidades para atender aos seus interesses
pessoais, portanto, de satisfazer ao egoísmo.
Como
pode a Doutrina Espírita colaborar na erradicação da corrupção?
O
conhecimento espírita desperta no homem a consciência de que reencarna para
progredir, principalmente no campo moral. Ele compreende que não progredirá se
não combater as imperfeições, os defeitos morais, sobretudo o egoísmo. Enquanto
o egoísmo exercer forte influência sobre as ações do ser humano, dificilmente a
corrupção deixará de existir.
No
futuro, quando a Humanidade conhecer os ensinamentos de Jesus e praticá-los, a
corrupção desaparecerá e a justiça social deixará de ser um sonho, uma esperança,
para se transformar em realidade.
Umberto Ferreira
Fonte: Reformador –
março/2006
imagem: google
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