Algumas vezes é natural que se equivoque, a fim de reiniciar o mecanismo auto-iluminativo sem qualquer trauma ou desconforto, desde que a meta é o bem-estar, a conquista da harmonia.
A incidência da raiva é normal, tornando-se grave a não capacidade de administra-la.
Sempre que invadido pelo desequilíbrio dessa natureza, o paciente deve adiar decisões, responder para esclarecer, discutir em nome da autodefesa, pois o ego ferido precipita-o em postura inadequada de que se arrependerá.
O silêncio diante de circunstância perturbadora, não se permitindo a invasão dos petardos mentais desferidos pelo opositor, constitui recurso imprescindível para evitar o tomo na irritação e seus conseqüentes danos.
Devemos considerar-nos pessoas portadoras de virtudes e de deficiências plausíveis de corrigenda, estando sujeito às variações do humor e de comportamento, susceptível de contrariedades, predispõe à vigilância. Se advertido, ouvir com atenção e avaliar a proposta apresentada, mesmo quando de maneira agressiva. Quando útil, incorpora-la, identificando sentimentos negativos por parte do outro, não lhe atribuir qualquer valor ou significado.
O exercício da paciência auxilia a aceitar a vulnerabilidade de que se é constituído, não ampliando a irrupção da raiva quando ocorrer.
Tornando-se contínua, como resultado de estresse e ansiedade, de insegurança e de medo mórbido, faz-se indispensável uma terapia psicológica, de modo a ser detectada a causa desencadeadora do fenômeno perturbador, que tende a agravar-se quando não cuidado de forma adequada.
A psicoterapia remontará a conflitos adormecidos no inconsciente, que tiveram origem no período infantil ou durante a adolescência, quando as circunstâncias induziam à aceitação de situações penosas, sem o direito de explicação ou de justificação. As pequenas contrariedades acumularam-se, e porque não diluídas conforme deveriam, explodem quando algo proporciona aumento de volume à carga existente, fazendo-a insuportável.
Ao mesmo tempo, a terapia da prece e da meditação constitui salutar recurso para o controle das emoções, reabastecimento de energias vigorosas que se encarregam de asserenar o sistema nervoso central, impedindo ou diminuindo a incidência da ira.
As boas leituras também funcionam como procedimento terapêutico de excelente qualidade, por enriquecerem a mente com idéias otimistas, substituindo muitos dos clichês psíquicos viciosos que induzem a comportamentos insanos.
A aplicação da bioenergia é de inadiável importância a esse tipo de paciente.
Por fim, o autocontrole que cada qual deve manter em relação às suas reações emocionais de qualquer natureza, disciplinando a vontade, educando os sentimentos e adaptando-se a novos hábitos saudáveis imprescindíveis a uma existência saudável.
Do Livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis
Um comentário:
Amiga querida
Que texto profundo!
Ótimo para que possamos refletir
Adorei!!!!!!!!
Fique com Deus e muita paz
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