Desenvolvimentos Fóbicos
A fobia é uma perturbação de ansiedade relativamente comum, apresentando-se totalmente irracional.
Seu medo assume proporções graves, passando a estar presente em todos os momentos e aspectos da vida, em face da preocupação que desencadeia...
Não há uma lógica motivadora desse estado, pois o indivíduo poderia evitar os lugares, nos quais poderia sofrer o perigo de ser vítima daquilo que o aflige. Mesmo assim, permanece o pavor, que pode ser brando ou não.
As fobias podem ter como causa o condicionamento clássico, ou o medo de determinado fator, que desencadeia a resposta na ativação autonômica que tipificam o estado mórbido.
Estuda-se a teoria da prontidão das fobias, que seria resultado da herança dos nossos antepassados – os primatas – que foram vítimas de outros animais e insetos perigosos e, graças à seleção natural, desenvolveram o medo espontâneo a esses estímulos, havendo-os transmitido às futuras gerações. Surgem críticas à teoria, em face da impossibilidade de estabelecer-se correlacionamentos entre o estímulo original e o efeito representativo.
Existem fobias de natureza social, como ser vítima de circunstâncias ou ocorrências que o levem a um constrangimento público, a uma humilhação indesejada, assim evitando qualquer possibilidade de ocorrência, isolando-se quanto possível da convivência social afligindo-se demasiadamente sempre que se encontra exposto a esse perigo.
A vida, no entanto, é constituída por desafios que convidam o indivíduo ao amadurecimento psicológico, à vivência de experiências que o assinalam com sabedoria, fortalecendo-lhe os valores éticos e morais, as conquistas culturais e religiosas, a evolução espiritual.
Uma vida normal é rica de sucessos e insucessos. Quando sucedem os últimos, aprende-se a como não mais os repetir, adquirindo-se métodos eficazes para vivenciar as lutas de maneira equilibrada e enriquecedora.
Os fóbicos sociais, quando se sentem obrigados a comparecer a essas reuniões profissionais, culturais e sociais, que ao podem evitar de maneira alguma, buscam estímulos no álcool, amparo no cigarro ou nas drogas, por cujo uso perdem momentaneamente o medo, encontrando coragem para o enfrentamento.
Como conseqüência, tornam-se dependentes pela repetição, adicionando mais essa aflição à fobia de que são portadores.
Numa análise mais profunda do self, encontrar-se-ão registros de causas do transtorno em existências passadas, quando foi feito mau uso do comportamento ou se vivenciaram ações perturbadoras desagradáveis que deixaram registros nos tecidos sutis do perispírito, tão graves foram as ocorrências infelizes.
Sob outro aspecto, padeceram situações penosas e não puderam digeri-las, superando-as, o que se transformou em fobia toda vez que algum estímulo desencadeia a associação inconsciente.
Nem todas as formas fóbicas procedem de existências transatas.
Temos ainda as obsessões, em razão dos sentimentos hostis daqueles que forma prejudicados e não conseguiram superar a mágoa e o ódio, permanecendo ávidos de desforço e aproveitando-se das ocorrências naturais que são impostas aos infratores de uma para outra existência, ampliando-lhes os sofrimentos.
A princípio telepaticamente, enviando mensagens e sensações perturbadoras, mediante ressonância ou indução mental, ampliando o cerco à medida que o paciente aceita a imposição deletéria. Num conúbio emocional e psíquico mais estreito que lhe passa a sofrer a injunção penosa.
Os clichês mentais que perduraram através do tempo nos arquivos do inconsciente profundo ressuscitam o pavor, abrindo espaço para o acossamento do perseguidor inclemente que se compraz com a ocorrência perversa.
Quanto mais o paciente deixa-se atemorizar pelos estímulos que produzem os fenômenos fóbicos, mais esses ampliam a sua área, tornado-se insuportáveis, dando ensejo a novos temores que antes não existiam.
Do livro: CONFLITOS EXISTENCIAIS
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis
4 comentários:
Olá Denise, quero em primeiro lugar agradecer sua visita e suas palavras em meu Blog.
Gostei bastante do seu, acho que vou ter que vir sempre por aqui, para aprender, mais e mais.
abço
Mariza
Denise muito alegre com sua presença no Misturação, viu?
Olha, esse texto é muito curioso, interessante e vou reler.
Eu acho, ou pelo menos achava que tinha uma claustrofobia das piores, até quando fiquei presa no elevador com mais cinco pessoas, no último Natal.
Não vou dizer que não senti nada, mas fiquei aflita e já perto de sair do elevador eu fui desfalecendo aos poucos, até que finalmente a porta do elevador abriu e eu caí, consciente no sofá do hall.
Aff! Foi horrível, mas acho que me controlei razoavelmente bem. rs
Fiquei alguns dias com medo, mas estou indo bem nos elevadores. rsss As vezes dá um friozinho na barriga.
Mas enfim, acho que esses medos tem mesmo haver com nossos medos interiores e quanto mais achamos que temos, mais ficamos com medo.
Será que falei demais?
É que o assunto me interessa muito.
Xerosss
querida Denise deixo uma frase de minha autoria que escrevi no meu blog
A loucura é a desarmonia que não foi curada durante séculos.
bjs Marcos
estou te seguindo também
Denise, tudo bem com vc? Adorei o texto me fez recordar que eu estou trabalhando minhas fobias já a algum tempo e concordo que se não as enfrentarmos elas se avolumam de tal forma que se torna insuportável.
Abraços
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