Quem julga as pessoas e o mundo como responsáveis pela sua infelicidade é infantil e inexperiente.
Quem assume seus erros e se responsabiliza por tudo o que está vivendo interior e exteriormente, traz consigo a maturidade da criatura sábia e sensata, que aprendeu a enxergar a vida com os olhos do discernimento.
A espiritualidade não nos aprecia ou julga com o cetro da perfeição; ao contrário, leva em conta as limitações de nossa condição evolutiva. Ela procura sempre estabelecer o equilíbrio da justiça, pedindo a quem muito sabe e pouco exigindo daquele que quase nada conhece.
São denominados cuidadores ou salvacionistas os indivíduos que dispensam exagerada atenção e excessivo cuidado à vida das pessoas. Inconscientemente, se sentem responsáveis por problemas, escolhas, atos, sentimentos, bem-estar e destino de outrem. Esse comportamento, desprovido de maturidade psicológica, manifesta desrespeito à individualidade e invasão dos limites alheios.
Essa mentalidade salvacionista pode ter origem na atitude de superproteção cultivada pelos pais na educação dos filhos. Os adultos alegam que as crianças são ainda incapazes e indefesas e, assim, impedem-lhes o exercício diário do desenvolvimento de seu potencial – conjunto de qualidades de todo ser humano ou sua capacidade de realização.
Quem tenta, obsessivamente, cuidar dos outros e controla-los, sob a alegação de amor ou caridade, na realidade está apenas dificultando e retardando o despertar das habilidades inatas deles.
O procedimento mais benéfico que podemos adotar para facilitar nosso amadurecimento espiritual, é exercitar o auto-julgamento e assumir total responsabilidade por tudo aquilo que sentimos, pensamos e fazemos, deixando que os outros aprendam também a se autojulgar e auto-responsabilizar-se através das próprias experiências.
A Divina Providência não nos apresenta um problema sem que tenhamos a capacidade de resolve-lo.
O que estamos vivendo hoje é produto de nossas escolhas, decisões e, portanto, é responsabilidade só nossa. Quando aceitarmos plenamente essa afirmação, teremos condições de discernir com maior clareza os limites das verdadeiras necessidades, nossas e dos outros.
Do livro: UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
3 comentários:
hammed vai fundo no psiquismo humano com linguagem muito acessível. adoro seus textos.
Obrigada pelo carinho lá no blog, beijos
Olá querida, passando para desejar uma feliz Páscoa para vc e família! Bjo, bjo!
She
Olá amiga!
Perfeito esse texto que nos alerta para que a cura de nossos males está em nós mesmos e não nos nos outros.
Não temos o direito de reclamar de ninguém,a não ser de nós mesmos,da nossa incapacidade de entender e praticar a mensagem cristã.
Beijossssssssss
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