O homem está escravizado pela insegurança perturbadora causando-lhe dores inconsoláveis e sentimentos de revolta, desamor e tristeza que nascem do reflexo cruel do personalismo viciado.
Nesse distanciamento do Pai nasceu o orgulho, como sendo saliente sentimento de superioridade que nos vimos obrigados a gestar para encenarmos a segurança que perdemos por desligarmos do Pai. Sentimento esse que nos transportou a todo tipo de arbitrariedades nos domínios da ilusão, ampliando mais e mais nossa frustração e desajuste consciencial.
A retomada desse processo exigirá o compromisso de operar nas faixas da renovação interior em favor de novos padrões de existir e de ser, tornando-nos merecedores dos júbilos da alma perante a vida.
Até agora o que compreendemos por felicidade, tem sido o resultado da Misericórdia Divina, que nunca nos desampara em nome do amor, oferecendo-nos recursos que não merecemos, a fim de que tenhamos as condições mínimas para palmilhar o caminho das conquistas interiores na busca da felicidade merecida, que ninguém poderá nos retirar do futuro glorioso que nos espera a todos.
Jesus adverte que o Reino de Deus não surgiria com aparências exteriores; e esse estado íntimo assinalado é o reinado da paz, decorrente das almas felizes que se fizeram escolhidas para o retorno à Casa Paternal.
Essa ensancha de optar e renovar os caminhos nessa direção está entregue a cada um de nós, recordando que o simples fato de renascer no corpo físico é indício certo de que Deus abriu seus braços para nós.
É preciso vencer as aparências e exterioridades, vigiar as decisões para não permitir o equívoco de procurar a felicidade nas questões efêmeras, repetindo velhas atitudes de religiosidade estéril em comportamentos moralistas e autoritários com os quais acredita-se possuir o reino dos céus.
Confirmemos, em nome da caridade que pede a sinceridade, que o joio da atitude pernóstica e arrogante tem rondado a sementeira do Cristo com ares de trigo vicejante.
Os túmulos caiados ressurgem nas fileiras da caridade espírita na condição daqueles que acreditam estar com suas questões espirituais resolvidas em razão de refazente sensação de paz nos movimentos abençoados das doações, que, se fortalecem a alma, não são suficientes para resolver seus problemas de consciência – única salvaguarda para a morte feliz.
Além de caridade e estudo é necessário aprender a cultivar ideais, a desenvolver projetos de vida, a ter metas existenciais afinadas com a Proposta Educacional de Jesus e a entender com mais acerto o que é a humildade, para não cedermos às injunções dolorosas da depressão e da desistência, tão comuns, mesmo nas tarefas doutrinárias. Sedimentemos uma esteira nova de motivações em todos os campos da vida.
Felicidade tem preço: o preço da renúncia e da abnegação de si mesmo em favor da efetiva implantação dos ideais renovadores no cérebro e no coração. A vitória sobre o nosso orgulho será o triunfo da paz nos rumos da humildade.
É necessário incutir no coração o sentimento de humildade no resgate da condição de filhos arrependidos em busca de melhora e recuperação.
A Proposta Educacional de Jesus utiliza-se da pedagogia do amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
Amor e renúncia da personalidade exigente são nossos caminhos de libertação e resgate para a aquisição da condição de Filhos de Deus.
Felicidade está vinculada ao merecimento, e merecimento é a Divina concessão da vida que responde aos nossos esforços no bem com maiores possibilidades para trabalhar e servir, aprender e amar, na conquista da harmonia interior que é o outro nome da felicidade.
Do livro: MEREÇA SER FELIZ – Superando as ilusões do orgulho
Wanderley S. de Oliveira – Espírito Ermance Dufaux
Um comentário:
Querida,
faço minhas, suas palavras:
"Felicidade tem preço: o preço da renúncia e da abnegação de si mesmo em favor da efetiva implantação dos ideais renovadores no cérebro e no coração."
Quanta verdade nos seus textos iluminados.
Desejo-lhe uma óptima 2ªfeira,
de harmonia e felicidade.
Beijo,
Rute
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