O sofrimento, em si mesmo, é fonte
motivadora para as lutas de crescimento emocional e amadurecimento da personalidade,
que passa a compreender a existência de maneira menos sonhadora e mais
condizente com a sua realidade. Os jogos e ilusões da idade infantil,
superados, dão ensejo a uma integração consciente do indivíduo no grupo social
no qual se encontra, fomentando o esforço pelo bem dos demais, por saber-se
membro valioso e entender, por experiência pessoal, os gravames que a dor
proporciona. Inobstante esta experiência lúcida, sabe que o esforço a envidar
para liberar-se dos sofrimentos é, por sua vez, conquista da inteligência e do
sentimento postos a serviço da sua realização pessoal e comunitária.
Na maior parte dos métodos, a vontade do paciente prevalece
como fator de alta importância.
Excetuando-se os referidos sofrimentos, e mesmo em grande parte deles, a reflexão bem
direcionada gera uma psicosfera de paz, renovadora, que o envolve e alimenta,
levando à liberação deles.
Relacionemos algumas fases da
terapia liberativa:
a) Considerar todos
os indivíduos como dignos de ser amados e tomar por modelo alguém que o ama e
se lhe dedica, por isto mesmo, credor de receber todo o afeto.
Este sentimento, sem apego nem interesse gerador de
emoções perturbadoras, desarma o indivíduo de suspeitas, de ansiedades e medos,
ao mesmo tempo dirimindo as incompreensões de outrem e desarticulando
quaisquer planos infelizes.
Uma visão favorável sobre alguém dilui as nuvens densas
que lhe obscurecem a personalidade, facultando um relacionamento positivo. A
não-reação à agressividade do outro desmantela-lhe a couraça de prepotência, na
qual se oculta. Se a resposta é otimista e sem azedume, conquista-o para um
intercâmbio útil, ampliando-lhe o círculo de expressões afetivas. Logo, este
sentimento contribui para anular os efeitos do sofrimento moral e dissipar
algumas, senão todas as suas causas perturbadoras.
O ato de ver bem as demais pessoas, torna-se um hábito
terapêutico preventivo, em relação às agressões do meio ambiente, dos
companheiros, constituindo um encorajamento para a luta libertadora.
O cultivo, a expansão de idéias e conceitos edificantes
apagam o incêndio ateado pelo pessimismo da maledicência, da inveja, da
calúnia, tornando respirável a atmosfera social do grupo onde o homem se
localiza.
(continua)
Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: coracaonapalavra.wordpress.com
Um comentário:
Olá.
Para você, os meus sentimentos de carinho.
Meus desejos de um tempo de harmonia e contentamentos.
Abraços.
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