Sem a
claridade interior para enfrentar os desafios pessoais, o indivíduo
transfere-os de uma para outra circunstância, somando frustrações que se
convertem em traumas inconscientes a perturbarem a inteireza da personalidade.
A meditação, no caso em pauta, abre lugar à ação, sendo,
ela mesma, uma ação da vontade, a caminho da movimentação de recursos úteis
para quem a utiliza e, por extensão, para as demais pessoas.
O homem, que se autodescobre, faz-se indulgente e as suas
se tornam ações de benevolência, beneficência, amor. O seu espaço íntimo se
expande e alcança o próximo, que alberga na área do seu interesse, modificando
para melhor a convivência e a estrutura psicológica do seu grupo social.
A ação consolida as disposições comportamentais do indivíduo,
ora impregnado pelo idealismo de crescimento emocional, sem perturbações, e
social, sem conflitos de relacionamento.
Em razão da sua identidade transparente, passa a compreender
os dilemas e dificuldades dos outros, cooperando a benefício geral e
fazendo-se mola propulsionadora do progresso comum.
A ação é o coroamento das disposições íntimas, a materialização
do pensamento nas expressões da forma. Aquela que resulta da meditação é proba,
e tem como objetivos imediatos a transformação do ambiente e do homem,
ensejando-lhes recursos que facultam a evolução e a paz.
Assim, o ato de meditar deve ser sucedido pela
experiência do viver-agir, porqüanto será inútil a mais excelente terapia
teórica ao paciente que se recusa, ou não se resolve aplicá-la na sua
enfermidade.
Tal procedimento, a ação bem vivenciada, faz que o homem
se sinta satisfeito consigo mesmo, o que lhe faculta espontânea alegria de
viver, conhecendo-se e amadurecendo psicologicamente para a existência.
Caracterizam a conduta de um homem que medita e age, uma
mente bondosa e um coração afável. Vencendo as suas más inclinações adquire
sabedoria para a bondade, evitando as paixões consumidoras. Assim, faz-se
pacífico e produtivo, não se aborrecendo, nem brigando, antes harmonizando
tudo e todos ao seu redor.
Essa transformação processa-se lentamente, e ele se dá
conta só após vencidas as etapas da incerteza e do treinamento.
A ação gentil coroa-lhe o esforço, nunca lhe permitindo a
presença da amargura, do ódio, do ressentimento e dos seus sequazes...
Uma das diferenças entre quem medita e aquele que o não
faz, é a atitude mental mediante a qual cada um enfrenta os problemas. O
primeiro age com paciência ante a dificuldade e o segundo reage com
desesperação.
Assim, o importante e essencial é dominar a mente, adquirindo
o hábito de ser bom.
Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: almanaquemistico.blogspot.com
2 comentários:
Depois de váriadas meditações, chega o momento de agir.
Meditar, meditar, e meditar, sem nada concretizar, é fazer nada!
A meditação é análise e planejamento.
Com boas diretrizes, como o Espiritismo ensina, só podem originar-se bons planos e, consequentemente, boas ações.
Meditemos e ajamos!
Beijos.
Aproveito para divulgar meu site sobre espiritismo e meditação: https://sites.google.com/site/meditacaonoespiritismo
Grande abraço.
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