Tudo são bênçãos em a natureza.
O espírito imortal, na sua saga formosa de desenvolvimento dos tesouros inabordáveis que lhe jazem em germe, etapa após etapa acumula experiências e conhecimentos que o levam a louvar, a agradecer e a pedir a Deus ajuda para melhor integrar-se na harmonia da Criação.
Penetrando, pouco a pouco, a sua sonda perquiridora do raciocício no organismo da vida exuberante, vai encontrando as respostas que o engrandecem e lhe facilitam o entendimento em torno dos objetivos essenciais da pequena existência terrena, ambicionando a grandeza estelar.
Observa a ordem em todas as coisas e o equilíbrio das leis universais e morais, sentindo-se compelido a contínuas alterações de entendimento, conforme os resultados obtidos no seu empenho de crescimento intelecto-moral.
É perfeitamente natural que, em cada época, conforme o desenvolvimento dos valores intelectivos, o ser humano, em sua ânsia de decifrar as incógnitas que encontrava em toda a parte, procurasse entender Deus r submetê-Lo ao crivo da sua dimensão ridícula.
O esforço redundou nas conceituações primárias em torno do Criador, limitando-O à sua capacidade de compreensão, estabelecendo normas que O diminuíssem aos limites das condições precárias da razão em desenvolvimento, facultando o surgimento dos deuses, como verdadeiros inevitáveis arquétipos defluentes do seu avanço pela escala evolutiva.
Do Deus bárbaro e vingativo, imprevidente e humanóide , lentamente passou com Jesus Cristo à condição de Sublime Pai, num conceito afetuoso e ainda humano, porém compatível com a humana capacidade de vivenciá-Lo no seu dia a dia.
Com o advento da ciência, com o desdobramento da filosofia, rompendo as barreiras do passado e facultando a libertação de conceitos que foram deixados porque portadores de rebeldia e de pessimismo, nova compreensão da Sua magnitude tomou lugar na esfera das reflexões e o materialismo surgiu como sendo a fórmula mágica para tranqüilizar as mentes incapazes de penetrar nas abstratas concepções em torno Dele.
Na atualidade, ainda vestido de mitos e de absurdos, dominado por paixões nacionais e políticas, crendices e ritualismos, permanece vitorioso em cultos externos que não resistem às profundas análises da lógica nem da razão, servindo de ópio para as massas, que o autoritarismo religiosos de algumas doutrinas ortodoxas ou ingênuas ainda submetem.
Essa Inteligência criadora que precede ao big bang permanecerá por tempo indeterminado não entendida em todos os seus aspectos, pois que, se o fosse, já não seria a Causalidade, cedendo seu lugar ao ainda mesquinho ser humano que ensaia os seus primeiros passos na compreensão da sua própria realidade.
Vivendo mais por automatismo e acreditando por condicionamentos como viver e melhor ser feliz, o ser humano em evolução não dispõe da capacidade de abarcar a Natureza da natureza, somente para satisfazer a sua ambição intelectual.
Desse modo, mesmo quando não entende Deus, sente a Realidade em tudo e percebe-se mergulhado nesse Oceano de harmonia que o comove e não lhe permite estabelecer se Deus está nele ou se apenas é...
Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
Um comentário:
Dando uma passadinha para agradecer a participação no nosso pequeno estudo dirigido...
Já estamos seguindo seu blog e, aos poucos, pretendemos também ir nos inteirando das postagens anteriores...
Que Deus a ilumine agora e sempre,
Muita paz.
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